Moda

Helô Rocha está de volta? Saiba em entrevista exclusiva a L’Officiel

Helô Rocha está de volta? De certa forma, sim, e em entrevista exclusiva a L’Officiel a nova dupla fala um pouco dessa nova fase

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Foto: Ethel Braga.

Helô Rocha está de volta? De certa forma, sim, mesmo que nunca tenha desaparecido do radar. Pelo contrário, passou os últimos anos em voos baixos, ainda que pouco silenciosos. Com quase vinte anos de mercado — primeiro com a Têca, depois com a marca que leva seu nome —, Helô saiu das passarelas em 2017, quando foi absorvida pelo grupo Restoque para tocar o Ateliê Le Lis. Águas passadas na pré-pandemia, a criadora tem desde então se dedicado 100% ao seu próprio ateliê; com um olho em um efervescente mercado de noivas pouco clássicas, o outro idealizando roupas sob demanda para amigos famosos, figurinos especiais e clientes estrondosas. A última, mais marcante, foi Janja Lula da Silva. A primeira-dama apareceu com um terno com tingimento natural e bordados em palha feita no Seridó, Rio Grande do Norte, terra da estilista. Um look extremamente brasileiro mas também extremamente Helô Rocha, que veio construindo uma imagem de moda interessante, nordestina e cada vez mais focada nas manualidades. O ápice aconteceu em novembro, no último SPFW, quando a marca quebrou a discrição do ateliê e voltou a se apresentar na passarela. Batizado de O sertão vai virar mar, o desfile-show potencializou toda a expertise coletiva que a estilista potiguar representa. Inclusive com a partner de criação, braço direito de anos e agora sócia, Camila Pedroza. A dupla comandou uma apresentação em nível que há muito tempo não se via, altamente teatral e extremamente ligada em trabalhos manuais e experimentações e possibilidades de materiais. Um grande retorno, sem dúvida. No meio do Carnaval, entre um camarote e outro, L’OFFICIEL conversou com a dupla para decifrar um pouco dessa nova fase.

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Foto: Ethel Braga.

L’OFFICIEL Vamos começar pelo básico. Em que momento aconteceu esse match, essa sociedade? Porque vocês trabalham juntas já há muito tempo, não? 

HELÔ ROCHA É curioso, pois somos as duas de Natal, temos amigos em comum, sabíamos uma da outra, mas não nos conhecíamos pessoalmente. Cami foi morar fora do Brasil muito cedo e acabamos nos encontrando apenas em São Paulo. Todo mundo sempre falava que seria um match instantâneo. Eu tenho a marca desde 2005 — antes da Helô Rocha, era a Têca. Cami começou a trabalhar comigo em 2012 e desde então viramos uma dupla, logo no primeiro momento. CAMILA PEDROZA Foi minha primeira experiência de trabalho em São Paulo. Estava no segundo ano de faculdade, nos encontramos quando a Têca voltou a loja para a Alameda Franca. Comecei a estagiar e nunca mais nos largamos.

 

L’O Essa sociedade foi meio natural que acontecesse, então. 

CP Foi muito orgânica. Trabalhamos esse tempo todo juntas, daí teve a fase Restoque [hoje Veste, grupo dono da Le Lis], depois os anos de pandemia. Quando retornamos, foi já com ateliê na Consolação e esse boom de noivas e de festas. Então conversamos e resolvemos, vamos arrasar. HR E temos coisas muito similares no jeito de trabalhar. No olhar para texturas, para artesanias, é algo que nos une. Começamos a criação pela textura, antes de qualquer coisa. Pensamos na modelagem, mas é essa mistura de texturas, de bordados que nos guia. É tudo muito manual. Por isso é algo que não conseguimos levar para a produção em escala. Então fazemos coisas artesanais e únicas. E isso vem da gente, o repertório nos une — por sermos da mesma cidade, por termos as mesmas referências de vida. Chegamos nesse lugar que é de fazer o que sabemos mais, dessas peças únicas; seja para noivas, seja para figurinos.

 

L’O E essa vontade de voltar a fazer desfile, qual foi a faísca? Vocês pegaram pesado nessa apresentação! 

HR É… para voltar, tinha que ser em grande estilo! Como vínhamos fazendo esse trabalho de ateliê há um tempo, queríamos dar uma refrescada no nosso acervo. O que fazemos é realmente slow. É algo que não é descartável. Sempre falo que é a nossa maneira de ser sustentável, pois dispensamos a coisa cíclica da moda, o movimento de descartar para criar o novo. E sentíamos essa necessidade… por mais que, no ateliê, estamos sempre produzindo, havia uma falta por fazer coisas autorais, que fossem totalmente nossas. Porque quando você faz algo para outra pessoa, tem a mão dela junto — ela vai dizendo o que gosta, o que quer ou não quer. E aí chega uma hora que precisamos, como artistas, criar para poder colocar filhos novos no mundo. Inclusive para as clientes enxergarem novas possibilidades de repertório. Tudo o que mostramos no desfile fica de sample, de peças piloto, para exibir esse repertório. O desfile veio a partir desse desejo, de experimentar vontades de muito tempo, de misturar outras coisas, de usar látex. Vontade de colocar coisas para fora.

 

L’O Acham que, com todo esse tempo entre desfiles, mudaram muito? Senti que estavam bem mais livres nessa passarela. Vocês amadureceram ou foi o mercado? 

CP As duas coisas. Acho que obviamente tem essa vontade das duas, em fases muito individuais, mas com vontades novas. E tem isso, a Helô Rocha, na verdade, sempre existiu. HR As pessoas falam como se tivéssemos parado a marca e voltado, mas essa pausa nunca aconteceu. Nesses últimos anos, trabalhamos bastante, mas tudo que fizemos era para alguém. Então essa volta para desfilar no SPFW é também para que fizéssemos uma coleção inteira, colocar energia para criar uma história que tem início, meio e fim. E acho que o mercado pedia, também. Sentíamos essa necessidade de produzir novidades para mostrar para as clientes. CP Sim, super. Esse movimento de se renovar. E teve o lance de acontecer no Teatro Oficina, que foi realmente importante. Foi mesmo um momento de celebração da marca, de reconhecer todo mundo que sempre trabalhou conosco. As meninas de Timbaúba, no sertão do Rio Grande do Norte, com quem sempre trabalhamos, também participam integralmente desse desfile. Fizemos novos experimentos, novas texturas, foi um compilado de muitas coisas que gostaríamos de fazer. HR Achávamos que faríamos 10, 12 looks. Daí passou para 20, acabou que fizemos 32. E ainda tinha roupa! No final das contas, deixamos coisas para fora.

 

L’O E essa cliente do ateliê, que imagino que muitas vezes nem seja tão inserida na moda, consegue traduzir a loucura do desfile para entender o que quer? 

HR Eu acho que elas entendem. Temos clientes bem variadas, de fato. Tem a noiva que tem a ideia fixa naquele vestido que já está se desfazendo no acervo de referências, mesmo depois do desfile. E tem a que deseja o diferente. Porque a nossa cliente não é a noiva tradicional, não é a clássica que quer aquele vestido de bolo de noiva. Ela quer um toque de ousadia — isso fora as artistas e os figurinos que desenvolvemos. Essas noivas conseguem assumir esse desejo pelo diferente. E há aquela que vê uma peça de desfile superespecial, mas que tem um bordado específico que será aplicado no vestido que ela idealiza. No final das contas, fazemos um Frankenstein no ateliê, tirando um pedaço de cada peça, um pouquinho de cada lado. É só o ponto de partida. 

“ME POSICIONAR É ALGO inquestionável, A QUESTÃO DO feminismo, DA MINHA sensualidade. TUDO ISSO faz parte DO QUE sou, NÃO TEM COMO DEIXAR À PARTE. E O QUE FAZEMOS É MODA, moda é arte, ENTÃO DENTRO DESSE universo de criação… NÃO HÁ COMO FICAR DE CANTO.” 

Helô Rocha 

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Foto: Ethel Braga.

L’O Vocês sentiram uma abertura maior, em comparação com o último desfile? Pois estamos em um momento de celebração de moda nordestina e moda artesanal, dois assuntos que a Helô Rocha exercita desde sempre. 

HR Podemos dizer que sim, mas como é um movimento que fazemos parte de forma muito natural… acaba sendo uma afirmação de que estamos no caminho certo, de que sabemos o que estamos fazendo. CP O bordado é uma coisa muito inerente para a marca. Até pelo fato de ambas sermos de Natal, na nossa família já tínhamos esse contato — a minha avó, a da Helô. Essa coisa de fazer com as mãos é algo cultural nosso, é de verdade. Então é natural que tiremos essa artesania do lugar-comum, dando protagonismo a ela até durante o processo com as meninas que produzem. As clientes esperam coisas novas. Ficam muito encantadas com as possibilidades, com os resultados. É um produto muito especial, então acabamos preenchendo uma fatia de mercado que não existe — dessa noiva mais descontraída, mais fresh, que não busca o tradicional. Para nós, acaba sendo um processo bem mais gostoso, desde o croqui da apresentação. HR É sempre muito surpreendente. Nós que estamos no ateliê todos os dias, já nos acostumamos com aquelas artesanias todas. E daí gostamos de complicar para ir além. Toda roupa que fazemos, o que puder complicar, fazemos o mais complicado. E é o oposto do que todo o mercado enxerga né, ainda naquele fast-fashion que se vê, da produção em escala. Fazemos o oposto, vamos misturando, complicando. E a cliente fica realmente surpresa, de um jeito bom.

 

L’O Mas a partir do momento que uma parte do mercado, entre várias aspas, está todo trabalhando com artesanias, com bordados, com alguma comunidade de algum lugar, coisa que vocês sempre fizeram… como se diferenciar nesse momento? 

HR Diria que é esse desejo mesmo de experimentar, fazer novas formas, novas texturas. Talvez esse seja o nosso diferencial. Estamos sempre tentando inovar dentro do que já fazemos, então acho que o segredo é não deixar morrer essa vontade. Se podemos explicar o nosso diferencial de alguma maneira, é essa paixão pelo fazer manual — e diferente. Vamos experimentar o fio tal com a maquete tal e ver no que dá. Esses dias estávamos lembrando de uma experimentação que fizemos, um bordado que acabou nem indo para a frente, com chips e peças eletrônicas. Agora vimos a Schiaparelli lotada de coisas tecnológicas [no desfile de alta-costura verão 2024, desenhado por Daniel Roseberry]. E nós, em 2017, estávamos testando essas coisas. Mas moramos no Brasil, né? Então temos que tirar leite de pedra. Mas lembro da gente na Santa Ifigênia, comprando parafernálias, juntando um monte de coisa. Estávamos na Restoque, ainda. Temos essas maquetes, uma ideia que ninguém comprou muito — chegamos a oferecer para algumas pessoas, mas acabou que não aconteceu.

 

L’O Vocês têm uma coisa muito própria, desde sempre, de dar nome a todo mundo que ajuda a produzir uma coleção — especialmente em desfiles e nesse último, no Oficina, foi igual. Em que momento percebeu-se que era assim que devia ser? 

HR Acho que nunca foi uma questão, de verdade. 

CP A nossa equipe, o nosso processo, tudo sempre foi muito colaborativo. 

HR Se for falar sobre diferencial, é esse também: protagonizar essas pessoas que fazem é algo que tentamos desde sempre garantir que seja assim. Porque muitas marcas se utilizam dessa arte e dessas artesãs, mas escondem. Não querem que ninguém saiba quem faz porque trata como segredo de fornecedor, porque o concorrente vai atrás. Isso é algo que não temos medo, pelo contrário. Queremos mais é que todas elas, como as meninas de Timbaúba, trabalhem muito para um monte de gente, que elas façam mil coisas. Ficaremos felizes com isso. É porque também, no nosso caso, nós garantimos em testar coisas novas e diferentes com outras pessoas. Queremos dar força para todos os envolvidos, é também para isso que fazemos esse trabalho. O que pudermos fazer para contribuir, no sentido de colocar essas pessoas que produzem no mapa, nós fazemos. Porque ninguém cria nada sozinho. Atrás de uma roupa dessas, tem milhões de etapas, muita gente envolvida. E todo mundo tem voz. Encaramos como uma criação realmente coletiva. É de todo mundo. Cada um tem algo para contribuir. As meninas de Timbaúba, elas criam junto. Nós meio que damos um norte, o que estamos pensando em fazer. Mas quando vê, uma faz um bordado tal, outra faz um risco, e o caminho muda. É uma junção de cabeças criativas.

 

L’O O trabalho artesanal tem isso, essa cocriação inevitável. 

HR Sim. E por isso mesmo o jeito que se imagina no começo nunca vai ser exatamente o trabalho final — às vezes fica muito melhor. Essa mudança de rota acontece sempre. Uma coisa é você imaginar algo que está testando, outra é a realidade quando se coloca a mão na massa. Isso acontece muito com as clientes, também. Nós vendemos o produto no croqui, vende-se uma ideia. E para nós é muito natural enxergar a roupa pronta só com uma descrição. Mas a cliente, muitas vezes, não consegue abstrair essa idealização tão facilmente. Então há esse croqui que tem que ser quase uma foto do que estamos propondo. E o que acontece, às vezes, é que elas se apegam 100% nesse desenho. E nós temos essa regra, não dá para se apegar, pois a criação é orgânica. Claro que muitas vezes trabalhamos com texturas que já estamos acostumadas, já sabemos o resultado; e também é um esforço de superar expectativas. Afinal, muitas vezes, é o vestido mais importante da vida daquela mulher, do casamento ou de alguma ocasião muito especial. Então o mínimo que temos que fazer é superar. Mas mesmo assim, o trabalho manual pode levar a criação para um resultado que não está naquele croqui, ou mesmo a modelagem, é uma caixinha de surpresa para cada peça. Esses experimentos vão existir, é inevitável. 

 

L’O Acontece muito de chegar no final do processo e a cliente falar que não esperava nada daquilo? 

HR Muito raro. Mas é isso, no final vamos deixá-la satisfeita. Nem que precisemos fazer um vestido da noite para o dia. Ele tem que se adequar às vontades dela, não só às nossas. 

CP Mesmo sobre as expectativas… Recentemente fizemos um look para uma influencer no camarote do Carnaval. Apresentamos o croqui, que tinha muito prateado. Foram se passando as semanas, bordando, usando renda francesa, franja, cristal, material de pesca; tem tudo, assim. Às vezes, a princípio, é mesmo difícil de entender. Entregamos e depois ela mandou um áudio encantadíssima, dizendo que o camarote todo estava só de prata ou dourado e ela estava com essa cor que era meio holográfica, com esses bordados, uma joia. Então é isso, o croqui é um ponto de partida e na maioria das vezes a história se transforma em algo muito mais interessante.

 

L’O O mercado da Helô Rocha, hoje, é maioritariamente noivas? 

HR Sim, a maior parte é de noivas. Há essa fase de Carnaval, com muito figurino. Mas agora, começando o ano pós-festas, o foco é totalmente casamento nesses próximos meses.

L’O Conseguem delinear um perfil dessa mulher que chega querendo vestir Helô Rocha?

HR Diria que a característica principal é uma certa ousadia. Mesmo a noiva, ela é mais ousada, não quer o clássico. Tem a vontade do artesanal, da transparência. Quer o brasileiro, enxerga esse valor. E há uma sensualidade também, é uma noiva um pouco diferente das tradicionais. Esse é realmente o perfil das que visitam o ateliê. E hoje já conseguimos perceber, na primeira conversa, quando ela vai fechar a criação conosco ou não. São poucas as que chegam já fixas numa ideia tradicional, do vestido fechado, sem decote, com um tecido mais pesado, que não tem a ver com o nosso trabalho. E tudo bem, né? É o vestido dela, precisa ser feliz. 

 

L’O Quero falar um pouco sobre política. Helô, você é uma figura pública que sempre se posicionou politicamente, mesmo que de forma um pouco sutil. Mas sempre estava lá com posições feministas, de esquerda, progressista. Como encara esse intercâmbio entre política na sua vida pessoal e no seu trabalho? 

HR Entendo que somos todos corpos políticos. Então é muito natural, para mim, esse posicionamento. Ainda mais no mundo em que vivemos, seria contra os meus princípios não falar nada. Me posicionar é algo inquestionável, a questão do feminismo, da minha sexualidade. Tudo isso faz parte do que sou, não tem como deixar à parte. E o que fazemos é moda, moda é arte, então dentro desse universo de criação… não há como ficar de canto. Talvez isso me prejudique de alguma forma? Financeiramente, talvez, de alguma cliente que não chegue até mim por conta disso? Talvez até possa acontecer, mas não consigo ficar em cima do muro.

L’O Acham que a moda da Helô Rocha tem uma pegada política clara? 

HR Se você pensar no produto, criamos para todo mundo. Mas se a gente se colocar no mundo e se posicionar politicamente, talvez. Talvez seja uma transgressão em algum momento, a forma que apresentamos a sensualidade. Talvez no empoderamento feminino. Acho que isso acontece, sim, mas de maneira muito natural. Então tomara que seja uma moda política.

 

L’O Quando vestiram a primeira-dama Janja Lula na cerimônia de posse, houve alguma reação externa extrema? 

HR Não houve tanta, foi até surpreendente. Claro que há um certo receio, nesse cenário atual — conversamos sobre isso. Pois já tínhamos feito, antes, o vestido de noiva da Janja. Aquilo foi um pré. Mas foi algo pontual: era um casamento fechado, a divulgação foi interna deles, tudo muito controlado. E já foi maravilhosa a reação. Na posse, era outra história: não tínhamos como controlar essa imagem. É uma coisa gigantesca, filmada pelo mundo inteiro, milhões de pessoas. De modo geral, o feedback foi infinitamente mais positivo do que negativo. Sempre se recebe uma mensagem ou outra de alguém, mas, se houve uma reação muito ruim, não chegou até nós. Claro que, obviamente, em algum lugar, pode ter alguma cliente que gostaria de fazer roupa com a Helô Rocha e desistiu por conta disso. Mas, quase sempre, acho que estamos numa bolha feliz de gente que sabe separar posições políticas do trabalho. Pelo menos quem chega até nós. É óbvio que não vestimos só pessoas de esquerda. Temos clientes que pensam diferente e ainda assim conseguem se identificar com o nosso trabalho. Não têm a mesma visão política, mas compartilham o gosto pela artesania, pelo bordado.

 

L’O E para 2024, quais os planos? Pretendem seguir desfilando? 

HR É um ano focado em trabalho, muito trabalho. Ainda não decidimos sobre desfiles. Faremos uma campanha agora, desdobrando a apresentação do Oficina, que pretendemos produzir no Rio Grande do Norte. Outro desfile talvez aconteça, sim. Mas não enxergamos necessariamente como uma obrigação cíclica. O que fazemos é muito slow, tem que fazer sentido. Vamos sentir. Talvez, se fizermos, seja algo para o segundo semestre em MO algum formato diferente. Já temos algumas vontades latentes.

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Foto: Ethel Braga.

MODELOS: Mariana Hasushi e Duina (ATTO).

BELEZA: Bruno Cardoso.

ASSISTENTE DE FOTOGRAFIA: Nicole Riotto.

PRODUÇÃO EXECUTIVA: Anna Guirro.

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