Moda & Política: como as primeiras-damas se expressam através do estilo
A moda é um instrumento político e ninguém melhor para provar isso do que as grandes primeiras-damas que tivemos na história recente do mundo. Em cada peça estudada, uma mensagem - seja certeira ou, por vezes, equivocada.
Do icônico estilo de Jackie Kennedy às mensagens subliminares de Melania Trump, passando por Brigitte Macron e Michelle Obama, relembramos como a moda e o estilo das primeiras-damas também são um instrumento de política no passado e no presente.
Michelle Obama
A influência da ex-primeira-dama Michelle Obama foi extraordinária. Através de suas roupas, que iam desde opções acessíveis de J.Crew a criações de estilistas emergentes como Jason Wu e Thakoon, Michelle se mostrava uma figura próxima e defensora de jovens talentos. Além disso, ela gerava um impacto econômico muito positivo, fazendo com que as marcas faturassem, em média, U$ 14 milhões quando ela aparecia com suas peças.
Melania Trump
Por outro lado, as escolhas de Melania Trump também influenciam muito os compradores de roupas, como o famoso vestido de Delpozo que se esgotou instantaneamente. No entanto, a sua imagem é muito diferente, com ostentações e exibições luxuosas, tendendo mais para os estilistas europeus do que americanos. E esta paixão pelo luxo faz com que ela tenha uma imagem mais distante das pessoas e, muitas vezes, fora da realidade.
Enquanto Michelle foi criticada em 2009 por ir a um evento de arrecadação de alimentos em Washington usando um tênis Lanvin de U$ 540, vimos no ano passado que Melania não teve problemas ao exibir o seu casaco Dolce & Gabbana de US $ 51.500 em uma viagem à Sicília. Além disso, Melania parece tomar decisões descuidadas em viagens internacionais, que muitas vezes refletem perfeitamente o desprezo do marido pela diplomacia. Por exemplo, quando ela optou por usar um chapéu salacot, apontado como símbolo da supremacia branca dos colonizadores em África, em um safari no Quênia; ou até mesmo ao desprezar o uso de véu na Arábia Saudita, mas usar no Vaticano.
Brigitte Macron
Cada vez mais acertando, a primeira-dama da França tem sido elogiada por looks ousados que desafiam as convenções (e a idade), com jaquetas de ombros armados, saltos vertiginosos e minivestidos com um ar dos anos 60 que a separam da imagem muito mais recatada de algumas de suas antecessoras, como Carla Bruni.
Peng Liyuan
A ex-cantora de música folclórica é hoje esposa do presidente chinês. Peng Liyuan tem chamado a atenção pelos seus casacos de cores ousadas, cortes sóbrios e o pelas peças que exaltam o trabalho de designers chineses, incluindo Ma Ke. No seu caso, suas escolhas provocam uma discussão sem fim sobre luxo, elegância e imagem pública.
Letizia Ortiz e Rania da Jordânia
A rainha Letizia da Espanha e a rainha Rania da Jordânia entram regularmente nas listas mais bem vestidas, ambas aderindo a um glamour muito profissional de calças feitas sob medida e vestidos elegantes. A segunda apresenta características particularmente interessantes como uma figura pública, já que com quase 5 milhões de seguidores no Instagram, seu traje não está longe de qualquer influencer e sua ampla presença pública a levou a aparecer no programa da Oprah.
Jackie Kennedy
Ícone eterno de estilo, Jacqueline Kennedy Onassis era ambiciosa, amava cultura e, claro, era fã da moda. Seus estilistas favoritos eram Oleg Cassini e Givenchy entre eles) e inaugurou uma era em que os olhos das pessoas se voltam primeiro para a figura ao lado de um político antes dele mesmo.