Nicole Kidman revela o elogio que mais 'odeia' receber

Nicole Kidman já recebeu inúmeros elogios ao longo de sua carreira, mas há um termo em especial que a atriz prefere evitar: "supermulher". Em entrevista à revista "Time", que a incluiu na lista das mulheres mais influentes do ano, a vencedora do Oscar revelou seu desconforto com a palavra e compartilhou reflexões sobre os desafios que enfrentou dentro e fora das telas.

"Quando me chamam de supermulher, eu detesto", afirmou. "Isso apaga o que realmente vivi. Houve momentos em que nada interessante aparecia para mim, em que fui criticada duramente, em que minha autoestima estava no chão. Houve perdas que me fizeram querer ficar na cama e desaparecer."

2024 foi um ano de contrastes para Kidman. No cinema, ela brilhou como protagonista de "Babygirl", thriller erótico dirigido por Halina Reijn, que trouxe um olhar ousado sobre o romance entre uma mulher madura e um jovem em ascensão. O filme percorreu festivais internacionais e rendeu à atriz uma indicação ao Globo de Ouro, além de rumores sobre uma possível vaga no Oscar. No entanto, a maior reviravolta veio fora dos holofotes: no mesmo dia em que foi premiada no Festival de Veneza, Kidman recebeu a notícia do falecimento de sua mãe, Janelle.

A maternidade também foi um dos temas abordados na entrevista. A atriz é mãe de quatro filhos: Bella, 32, e Connor, 30, adotados durante seu casamento com Tom Cruise, e Sunday Rose, 16, e Faith Margaret, 14, de sua relação com Keith Urban. Kidman relembrou um dos momentos mais angustiantes de sua vida, quando percebeu que não conseguia amamentar.

"Fiquei apavorada. Eu perguntava: 'O que está acontecendo? Onde está o meu leite?'. Lembro de estar completamente vulnerável no chuveiro, enquanto minha irmã tentava me acalmar. Ela já tinha passado por isso e foi minha rocha naquele momento. Mais tarde, ela teria mais cinco filhos e se tornaria minha maior referência como mãe."

Mesmo após décadas como uma das atrizes mais respeitadas de Hollywood, Kidman continua desafiando padrões e se reinventando. Mas, ao contrário do que muitos dizem, ela não quer ser vista como alguém infalível. "O que quero é contar boas histórias e seguir em frente, sem essa ideia de que sou sobre-humana. Eu sou uma mulher comum, tentando fazer o meu melhor."