Viagem

Maldivas: o destino é um dos mais desejados dos brasileiros

Confira a parte 1 dessa experiência em Maldivas, o paraíso liberado para brasileiros - com PCR negativo.
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Demorou para cair a ficha — o próximo destino seria as Maldivas! O voo longo, equivalente a duas viagens internacionais, saiu de Guarulhos e contou com parada no imponente (e relativamente novo) Ataturk Airport, inaugurado oficialmente em abril de 2019 no lado europeu da interessantíssima Istambul. O atraso de dez dias para a volta ao Brasil, permitiu uma exploração única a jato na maior cidade turca. Mesmo com todos os predicados possíveis, porém, o lugar foi mero coadjuvante diante do que nos esperava entre as longitudes 72ºE e 74ºE do Oceano Índico.

O show tem início a cerca de 4.000 metros de altura, quando o avião começa o processo de aterrissagem e as pinceladas divinas se aproximam, tornando-se o único assunto possível entre passageiros de todas as idades (primeira constatação: Maldivas não é exclusividade de jovens casais em lua de mel). O mar transformado em uma espécie de obra surrealista com todas as tonalidades possíveis de azul, sendo a turquesa o mais impressionante — é ele que delimita a maioria das 1.190 ilhas pertencentes ao país — faz os olhos brilharem.

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O primeiro e breve contato é com a capital Malé, também conhecida como ilha do Rei (sim, o lugar já foi uma dinastia). É onde fica o desembarque internacional. A maioria das outras ilhas são propriedades particulares de grandes e luxuosos resorts como o Anantara Veli , que nos recebeu com excelência por três noites. Para desfrutar da impecável propriedade há a obrigatoriedade de seguir diretamente ao lugar com teste de PCR negativo. A explicação é sensata: vetar a entrada de hóspedes de hotéis vizinhos aumenta a prevenção ao temido coronavírus.

Foi amor à primeira vista pelo bangalô flutuante número 182. Fácil e rápido de chegar via speed boat (o barco fica estacionado logo na saída do aeroporto e o transfer dura pouco mais de meia hora), recepção calorosa do staff com direito a música nativa embalada por palmas e tambor, mordomo brasileiro à disposição durante toda a estadia, piscina particular em dobro — uma artificial e outra, ainda mais deslumbrante, natural, calma, morna, rasa e em tonalidades mutantes, quase neon (segunda constatação: o mar maldivo é ainda mais impressionante do que as tentativas de registro que vemos na internet). Check-in feito, malas no quarto e a missão número um, antes mesmo do banho de chuveiro? Mergulho no quintal de casa.

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É mais fácil ficar dentro do que fora da água durante a visita às Maldivas: 90% dos 90 mil km² de território é composto por água. E não é apenas a cor que impressiona. A vida aquática é riquíssima: peixes de todas as cores e tamanhos, arraias, tartarugas, tubarões, golfinhos e mais de mil outras espécies de animais marinhos podem ser avistados a olho nu. Melhor mesmo é garantir o snorkel e a nadadeira logo na chegada ao hotel e se juntar à turma marítima sempre que der vontade. Ítens de segurança como colete salva-vidas também estão à disposição, mas mesmo quem não tem muita desenvoltura para nadar percebe que o mar por ali é descomplicado e que o alto nível de salinidade da água faz a gente boiar facinho, facinho.

No Aquafanatics, espaço do Veli dedicado a esportes aquáticos, é possível programar atividades das mais elaboradas como mergulho com golfinhos e tubarões, parasailing (paraquedas puxado por uma lancha) e seabob (espécie de mini jet ski utilizado como máquina para mergulho) às mais conhecidas como stand up paddle e jet ski original, em tamanho real.

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Dos restaurantes, é o japonês Origami que se destaca com pratos frescos e um corner exclusivo para degustação de teppanyaki direto do balcão. O de lagosta é o melhor, de preferência acompanhado por salada de couve com um molho especial delicioso e legumes grelhados na chapa logo à frente (o chef dá um show à parte a cada preparação). O tailandês Baan Huraa também agradou muito; deu a sensação de estar na própria Tailândia. Só não se esqueça de deixar claro caso não seja muito fã de pimenta.

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Os tratamentos do spa do Anantara (premiado em plena pandemia como Melhor Marca de Spa de Hotel do Mundo, vejam só!) são feitos por terapeutas indianos, balineses e tailandeses, e servem como um belo plus a nada difícil tarefa de relaxamento profundo almejada pelos exigentes hóspedes. No menu, terapias tradicionais se misturam à milenar ayurveda, nascida na vizinha Índia há cerca de cinco mil anos. Abhyanga é a nossa escolha sem erros — abusa de óleo morno da cabeça aos pés e promete circulação de fluidos vitais, eliminação de toxinas e nutrição completa.

 

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Visita liberada para brasileiros

 

Desde julho do ano passado, as Maldivas permitem a entrada de viajantes de qualquer país, inclusive do Brasil. Como muitos outros destinos que dependem demais do turismo (a atividade corresponde a 28% da economia nacional), o país foi duramente atingido pela pandemia — o habitual 1,7 milhão de visitantes caiu em menos de um terço durante 2020! A abertura estratégica e a extrema segurança proveniente das medidas rígidas de saúde e do distanciamento natural não só evitaram uma queda maior como atraiu turistas conscientes e dispostos a longas temporadas nas ilhas. Optamos por dez dias, mas seria moleza continuar no lugar mais alguns meses.

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