Fertilização in vitro: desvendamos 5 mitos sobre o procedimento
Com o avanço da tecnologia e a disseminação da informação, a reprodução assistida tem se tornado uma opção cada vez mais sedutora para famílias que desejam realizar o sonho de se tornarem pais. - como o cantor John Legend e Chrissy Teigen, que tem dois filhos frutos do procedimento. Entretanto, ainda que seja tudo embasado cientificamente e possua uma grande taxa de sucesso, ainda há uma série de mitos que rondam a reprodução assistida e, muitas vezes, podem assustar.
Abaixo, listamos os 5 principais mitos sobre a fertilização in vitro e desvendamos os fatos reais com base na experiência da Clínica de Reprodução, Nilo Frantz.
1- Inseminação artificial e fertilização in vitro são a mesma coisa
Ainda que muitos acreditem que os dois sejam o mesmo procedimento, na verdade eles são bem diferentes. A fertilização in vitro consiste na extração dos óvulos e na coleta dos espermatozoides, a fim de realizar o processo de fecundação em laboratório. Após a formação do embrião, ele é transferido para o útero materno.
Já a inseminação artificial é a transferência direta de espermatozóides para o útero da mulher, após estímulo ovariano. Desta forma, a fecundação ocorre de forma natural no organismo da paciente.
2- O paciente escolhe quantos embriões quer transferir ao útero
É natural que muitos pacientes desejem ter esse poder de escolha, entretanto existem regras claras para este procedimento. O Código de Ética do Conselho Federal de Medicina estabeleceu 4 embriões como o número máximo que pode ser transferido ao útero de uma mulher, entretanto a depender da idade da paciente essa quantidade pode ser menor.
Mulheres de até 35 anos devem receber no máximo dois embriões; mulheres entre 36 e 39 anos, com limite de três embriões e mulheres com 40 anos ou mais, até quatro embriões. Este limite visa prevenir e evitar casos de gravidez múltipla.
3- É possível escolher o sexo do bebê
Nós sabemos a ansiedade para descobrir e escolher o sexo do bebê, entretanto isso é proibido pelo Código de Ética do Conselho Federal de Medicina. Entretanto, há uma única exceção, que está ligada com casos de doenças genéticas ligadas ao gênero do bebê.
4- Os bebês vindos da fertilização in vitro possuem uma saúde frágil
Há quem acredite que a saúde do bebê pode ficar comprometida por conta da forma de sua concepção, entretanto isso é um mito. O feto se desenvolve da mesma maneira que uma criança concebida naturalmente.
5- A fertilização é 100% eficaz
A fertilização in vitro possui uma alta taxa de sucesso, é verdade, entretanto assim como qualquer outro procedimento médico ele pode falhar. As condições vão variar conforme o caso, como a qualidade dos óvulos ou dos espermatozóides utilizados e o tratamento do embrião.