Rejuvenescimento das pálpebras: quais tratamentos são eficazes?
Especialista explica quais tratamentos são mais seguros e ajudam a manter a pele da pálpebra saudável
Existem alguns sinais do envelhecimento que podem ser incômodos, mesmo quando sua pele está bem tratada e a toxina botulínica está em dia. Um deles é a queda e o excesso de pele (ou gordura) da pálpebra.
De acordo com o cirurgião plástico Dr. Felipe de Bacco, coordenador do núcleo de cirurgia plástica em face da BAPS (Brazilian Association of Plastic Surgeons), o local é um dos primeiros a apresentar sinais de envelhecimento.
"Essa área, que tem pele muito fina, também costuma trazer os primeiros sinais de envelhecimento da face. É exatamente por isso que cresce no mundo a busca pela blefaroplastia, a cirurgia para flacidez de pálpebra – e também por procedimentos não-invasivos para essa região. Mas nem sempre os tratamentos vistos nas redes sociais são confiáveis”, conta.
Um estudo recente publicado no World Journal of Clinical Cases analisou 40 cassos para destacar o que realmente funciona para rejuvenencer a região dos olhos.
"O estudo evidencia que para resultados mais sólidos e duradouros, o mais indicado é a cirurgia plástica de blefaroplastia. Mas muitas vezes o médico pode associar técnicas”, acrescenta o coordenador da BAPS.
A blefaroplastia é a cirurgia que trata a forma e o volume das pálpebras superiores e/ou inferiores.
“Esses procedimentos são realizados para amenizar os sinais de envelhecimento que ocorrem nessa região e realçar a estética das pálpebras. O procedimento normalmente envolve o tratamento do excesso de pele palpebral, flacidez palpebral, ptose, septo orbital e gordura orbital. Blefaroplastias envolvem uma combinação de técnicas, aplicadas conforme a necessidade de cada paciente: remoção de pele e gordura, remodelamento (transposição) da gordura periorbirtária, reposicionamento de tecidos e enxertos de gordura”, diz o cirurgião plástico.
A cirurgia pode ser realizada por razões estéticas e/ou reconstrutivas em momentos diferentes ou, às vezes, durante a mesma operação. A revisão também avaliou o poder dos lasers (e tecnologias), do plasma e de injetáveis para tratar a região dos olhos. Confira o resultado abaixo:
Laser
Excesso de pele e perda de elasticidade são dois problemas simultâneos que ocorrem com o envelhecimento da pele. O estudo afirma que o tratamento a laser é uma opção interessante para lidar com essas alterações das pálpebras.
“O objetivo do tratamento a laser é garantir uma contração da pele, o que pode dar origem a uma aparência mais lisa e tonificada”, diz o trabalho.
Os tratamentos a laser também podem ser usados para completar e aprimorar os procedimentos cirúrgicos de blefaroplastia, segundo a BAPS.
“O o laser pode melhorar a qualidade da pele e ajudar a estimular proteínas de sustentação, como o colágeno”, diz o coordenador da BAPS.
No entanto, esse procedimento tem resultados limitados segundo a revisão, podendo ser usado em casos leves e moderados de flacidez de pele da região palpebral.
Plasma
Essa é uma modalidade recente, que foi até apelidada de “blefaroplasma”.
“Consiste em uma ponteira que produz energia ionizada e causa aquecimento superficial dos tecidos sem contato direto. Um dano térmico controlado e limitado transforma o tecido induzindo uma coagulação leve, resultando em aumento da produção de colágeno e contração da pele”, diz o Dr. Felipe.
Segundo a revisão, a tecnologia de plasma é considerada uma opção não cirúrgica segura e eficiente. A tecnologia é indicada, também, para casos leves e moderados, com bons resultados, de acordo com o trabalho científico.
Injetáveis
Um dos tratamentos que o estudo analisou é o famoso preenchimento com ácido hialurônico, indicado para o rejuvenescimento da área periorbital – e também nas olheiras profundas.