Vik Muniz assina linha exclusiva de produtos para a Portobello
Vik Muniz faz colaboração para uma coleção de revestimentos que une arte, design e exclusividade para os ambientes da casa contemporânea
O artista brasileiro Vik Muniz acaba de assinar uma linha exclusiva de revestimentos para a Portobello. São produtos pensados para trazer toda a experiência sensorial da arte e do design em acabamentos primorosos para o ambiente da casa.
Dessa vez, na coleção Haptic, o artista se inspirou na gramatura do papel e na percepção visual da luz e cor; para Aquarelle, ele interpreta as clássicas paletas de aquarela e; em Cobogó Aquarelle, é possível transformar ambientes em uma experiência cromática única. A colaboração faz parte da primeira coleção global da marca intitulada Bossa on the Road - Feels like home.
Em conversa com o artista brasileiro, não é difícil perceber o desejo de extrapolar as convencionalidades da Arte. “Sempre me interessou desenvolver um tipo de revestimento que fosse um verdadeiro encontro entre minha linguagem artística e a expertise técnica da Portobello”, disse Vik Muniz à L’Officiel Brasil. “Quando visitei a empresa, pela primeira vez, percebi que essa parceria poderia ir além de uma simples aplicação de imagem em porcelanato. Poderíamos criar algo mais sutil, mais instigante, um produto que convidasse ao toque e ao olhar de maneira única”, explicou o artista sobre a linha que desafia os limites do design e que traduz suas concepções para o ambiente da casa, como a textura do papel e percepção da cor e da luz.
A parceria é fruto do desejo da Portobello grupo em levar ao seu público – atento ao mercado de arte – o que o mundo está vivendo. “Vivemos uma necessidade de nos aproximarmos da arte contemporânea. Nesse contexto, cruzar com o Vik [Muniz] era inevitável. Encontramos nele um artista curioso, com propósitos semelhantes aos nossos e extremamente disposto a criar junto”, explicou Eduardo Scoz, gerente de Inovação do Portobello Grupo.
Unindo forças, a presença de Vik Muniz no portfólio de uma marca referência no mercado de revestimentos também agrada ao público duplamente, uma vez que arte e design caminham juntos. “É fácil perceber que arquitetos e designers usam a arte para compor os espaços que desenham. Também é importante dizer que os movimentos contemporâneos da arte influenciam profundamente o estilo e o traço destes profissionais. Afinal, a cultura e a arte são intimamente conectadas com a arquitetura”, completou Scoz sobre a nova coleção que promete ser um dos destaques na Expo Revestir 2025, importante feira de design que acontece de 10 a 14 de março, em São Paulo.
Vik Muniz também acredita na união de dois universos tão semelhantes e complementares. “Arte e design de interiores se conectam profundamente porque ambos trabalham com a experiência sensorial – o toque, a visão, a interação com o espaço”, afirmou ele. O artista também acredita que a Arte deve ser acessível a todos e a parceria com a Portobello sublinha esse propósito. “Criamos superfícies que trazem uma materialidade instigante, despertam curiosidade e aproximam a arte do cotidiano das pessoas”, completou o artista brasileiro.
Para a coleção que leva a sua assinatura, Vik Muniz traduziu uma linguagem já bastante conhecida de seu público. As obras do brasileiro são famosas pelo uso inusitado de materiais que geram, consequentemente, experiências visuais surpreendentes. “Minha pesquisa começou com a ideia do papel, um material que, apesar de simples, tem uma riqueza tátil incrível. O desafio foi traduzir essa textura e essa sensação para o porcelanato. O resultado é um produto que desafia as expectativas. Ele parece ter a suavidade e a porosidade do papel, mas mantém a resistência e funcionalidade do revestimento cerâmico”, explicou o artista sobre o resultado visual de sua nova coleção.
Em se tratando de processos de fabricação, a sustentabilidade é uma das preocupações do mundo contemporâneo e a Portobello também incorpora conceitos importantes para o mercado. Ao longo de seus 45 anos, a empresa sempre atendeu aos critérios socioambientais que se tornaram diretrizes de trabalho, iniciando com a matéria-prima: a cerâmica. Segundo Scoz, gerente de Inovação do Portobello grupo, “a cerâmica é um produto sustentável por natureza, mas a sustentabilidade passou a ser uma estratégia de negócio. Por isso, temos o Plano ESG como uma prioridade”, disse ele. Neste contexto, ele também explica como a Portobello se posiciona nesses critérios. “Ser sustentável para o Grupo é estar comprometido com toda a cadeia de produção e distribuição, além de transformar e impactar positivamente as comunidades onde estamos inseridos. O Plano ESG orienta as principais práticas junto às quatro unidades do Grupo, de acordo com os pilares +Ecoeficiente, +Gente e +Governança”, explicou Scoz sobre a dinâmica.
Vik Muniz também revela como o seu trabalho se relaciona ao importante pilar contemporâneo. “A sustentabilidade não está apenas na reutilização de materiais, mas também na maneira como projetamos e produzimos os objetos que nos cercam. No design de interiores, é essencial criar espaços que tenham longevidade, que não sejam descartáveis. Nesta coleção, buscamos uma abordagem que valoriza a matéria-prima e os processos industriais para gerar um impacto visual forte, mas de maneira consciente e duradoura”, explicou o artista sobre o aspecto sustentável de sua nova linha de produtos para a Portobello.
Um dos objetivos centrais da colaboração entre o artista brasileiro e a marca de design é contribuir para o ambiente que mais marca os seres humanos ao longo da vida: a casa. Para Vik Muniz, ela tem características próprias e sua importância vai além do que podemos ver e tocar. “O ambiente em que vivemos molda nossas experiências diárias. A casa é um espaço de interação constante, onde o toque, a luz e os materiais influenciam a forma como nos sentimos”, disse Muniz. O artista ainda refletiu sobre como esses conceitos se aplicam à nova colaboração com a empresa. “Esse projeto nasceu da vontade de trazer essa experiência sensorial para dentro dos lares – criar superfícies que não apenas revestem, mas que também convidam à interação, à percepção tátil e visual”, explicou ele.
Aliando tecnologia e inovação, o design faz parte de nossas vidas em níveis diferentes de experiências e resultados. Atento aos caminhos que podem ser percorridos, Vik Muniz esclarece o que espera nos próximos tempos. “Acredito que o design do futuro vai caminhar para uma reconexão com os sentidos e com a experiência humana. Com tanta tecnologia e virtualidade, há uma necessidade crescente de resgatar a materialidade, a textura, o toque. O design precisa ser instigante, convidativo, sem perder sua funcionalidade. E, mais do que nunca, deve se integrar ao cotidiano das pessoas de maneira fluida e natural”, explicou o artista que mira o futuro com olhos na essência e na experiência humana.