Beleza

"Eu não lembrava como era meu cabelo natural", diz Tais Araújo

Um rápido papo com a atriz sobre diversidade, Saia Justa e transição capilar.
Tais Araújo
Tais Araújo

No ar como Michele na série 'Mister Brau', da TV Globo, Tais Araújo está em turnê pelo Brasil com a peça 'O Topo da Montanha' e estreou há pouco em um terceiro posto: o de apresentadora do 'Saia Justa', no GNT. 

A atriz, que acaba de ser nomeada pela ONU Mulheres Brasil como Defensora dos Direitos das Mulheres Negras, é hoje no meio artístico uma porta-voz da diversidade. Em seu Instagram, por exemplo, ela publica capas e editoriais de moda com mulheres negras. "Sou a favor da pluralidade, e acho que ela tem que se apresentar em todos os setores da sociedade. Antigamente, as ruas se baseavam no que saía dos ateliês. Hoje, a moda reflete cada vez mais os desejos das ruas, expressando o que a rua tem a dizer. Acho essa troca linda", disse em entrevista à L'Officiel. 

Mas, para Tais, é importante que todos os lados ganhem quando uma marca se inspira em determinada cultura na hora de criar. "O problema é quando vemos alguém fazendo dinheiro com a cultura do outro, enquanto esse outro está em situação de vulnerabilidade. Acho que uma troca honesta pode ser feita,  no sentido de que se você está pegando essa cultura, o outro lado também deve ganhar de alguma maneira", afirma. 

Tais Araújo

No 'Saia Justa', temas como o racismo e o feminismo tem pautado cada vez mais as discussões, que enfrentam o desafio do tempo curto: "Meu maior desafio é conseguir ser sucinta em um programa ao vivo, com pouquíssimo tempo para falar sobre assuntos muito complexos. Lá eu descobri que não tenho opinião sobre muitas coisas, e acho isso importante, porque a gente não precisa ter opinião sobre tudo".

No fim do ano passado, a atriz completou o longo processo de transição capilar, assumindo seus cabelos naturais, que alisou durante 13 anos. "Eu nem lembrava como era meu cabelo. Não tive a chance de saber se gostava ou não, porque eu passei a mudar a estrutura dele muito cedo. Foi uma experiência importante poder olhar, reconhecer e achá-lo legal desse jeito", finaliza. 

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