Ferragamo: confira a nova coleção de inverno 2023/24

Maximilian Davis estreou como diretor criativo da Ferragamo, na última temporada, dando um belo e bem-vindo refresh na imagem da casa. Saído da turma dos jovens nomes conhecidos pelos insiders, o inglês fez da Ferragamo um clássico tornado cult; bem a tempo da mudança da moda, que precisa de menos extravagância e mais confiança nos produtos. Hoje, enfrentou o desafio de fogo com sua segunda apresentação — agradar de primeira pode até ser fácil, mas manter a estrela no topo requer mais talento do que carisma. Davis, pelo visto, tem os dois. Por mais que fosse óbvio que ele mergulhasse no heritage de Salvatore Ferragamo para seguir esse revamp, ninguém esperava que o rapaz (que nem chegou aos 30 anos) logo entrasse de cabeça na década de 1950 e a Hollywood clássica que faz link com seu patrono. Fa nova coleoi por aquelas épocas que o fundador da marca se fez, criando sapatos para um batalhão de estrelas e conquistando, uma a uma, como clientes e amigas — incluindo Marilyn Monroe na lista. Mas o viés de Maximilian é bem longe do clássico, ainda que muito infusionado por uma elegância contemporânea. Ao estudar a silhueta e os elementos da época, mesclando símbolos tanto masculinos quanto femininos para alfaiataria esportiva que camisa pelos dois gêneros equalitariamente — seja na cintura marcada, seja no abortamento minimalista e quase rígido; ou nos momentos mais relax, de pulls confortáveis seguidos por drapeados quase românticos. O tom de vermelho, que têm trabalhado como registro-ícone, aparece muito em recortes, forros de bolsos abertos como na faca e acessórios bold — iluminados especialmente nos broches arredondados. Ainda tateando seu papel na Ferragamo (e no spotlight), Davis vem amadurecendo paralelamente à nova encarnação da marca. Ambos os lados estão dando-se tempo ao tempo, claramente.