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Nos limites entre masculino e feminino, Dior apresenta coleção de Verão da Alta Costura

Maria Grazia Chiuri explora através desta coleção a beleza misteriosa e pluralista do tarô em uma série de modelagens com construções virtuosas.
Dior
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As cartas do tarô sempre encantaram Monsieur Dior. Supersticioso, ele mantinha o hábito de ter suas cartas lidas antes de apresentar uma coleção. Seguindo o costume do criador da marca, Maria Grazia Chiuri convidou uma tarôloga para ler a sua sorte e da equipe do ateliê. Aliás, desde que assumiu a Dior, Maria Grazia buscou inspiração algumas vezes nesse universo mágico, que tem tudo a ver com a marca francesa, para inspirar suas criações.

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Fotos: Divulgação

Para a alta-costura Verão 2021 virou o tema central, com cada look representando um dos arcanos do tarô. Jacquards, bordados e lamês de seda surgem em looks preciosos. Em meio a referências ao visual da aristocracia europeia em séculos passados, a diretora criativa trabalhou os códigos da Maison, como a icônica jaqueta Bar, que veio com curvas revisitadas e confeccionada em veludo na cor preta. É, principalmente, através dela que a coleção desafia os limites entre masculino e feminino. No filme, dá o tom ao lindo romance dirigido pelo italiano Matteo Garrone, batizado de Le Château du Tarot. 

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Fotos: Divulgação

Provando que a costura continua sendo o território final de experimentação e possibilidade, uma série de vestidos de noite extraordinários são apresentados em construções abstratas, algumas com verdadeiros corpetes vazados em baixo-relevo pontuados com ilustrações de Pietro Ruffo. Com esse espírito, o artista romano criou um baralho singular no qual os personagens revelam a energia gráfica dos símbolos.

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Em sua encenação dessas criações de alta costura, Matteo Garrone, um dos diretores mais renomados da Itália, baseia-se na iconografia narrativa com base na força visual do tarô Visconti-Sforza. Decorado pelo iluminador Bonifacio Bembo para o Duque de Milão no século 15, este baralho de tarô ilustra o conto maravilhoso desta coleção. Cartas embelezadas em ouro, entrelaçamento vegetal e geométrico têm uma presença solene e enigmática, revelando uma viagem interior, como uma aventura de autodescoberta. Uma viagem ao coração de um castelo habitado por personagens que personificam os arcanos maiores que questionam e desorientam, convidando o espectador a olhar o mundo de uma nova perspectiva. Na interpretação do diretor, essa busca ultrapassa as fronteiras de gênero, apresentando uma síntese de masculino e feminino em uma nova mitologia heráldica que evoca os mundos encantados que Matteo Garrone ama.
 

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Um clarividente pede para tirar uma carta de um baralho concebido como um catálogo de possibilidades, um dicionário enigmático do mundo. A Alta Sacerdotisa, a Imperatriz, a Justiça e o Louco são sublimados pela excelência do savoir-faire celebrando a arte da tecelagem: renda é incrustada com enfeites pintados à mão, veludo dourado é animado com os signos do zodíaco e preciosos jacquards são salpicados de estrelas, enquanto uma capa em penas multicoloridas mostra volumes 3D.

Nessa história, o insider sempre precisa do complemento feminino e vice-versa, pois só essa fusão permite abordar um caminho formativo que leva à autoconsciência. Como aponta Ítalo Calvino em O Castelo dos Destinos Cruzados: “O mundo tem que ser lido de cabeça para baixo”.

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Dior Haute Couture Spring-Summer 2021 Collection

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