SPFW N59: Lino Villaventura leva atmosfera distópica para a passarela
Para a SPFW N59, Lino criou uma atmosfera de distopia ao acrescentar looks lembrando filmes apocalíticos, com peças dispostas em camadas. Veja todos os detalhes!
Veterano no line-up do SPFW, Lino Villaventura trouxe para a coleção, desfilada no início desta noite, novos materiais. Com eles, seu característico trabalho com micro nervuras e bordados se mostraram, estruturalmente, diferentes. Às sedas, ele acrescentou algodão rústico, tramas abertas como as das redes nordestinas e palha. O náilon e a malha voltaram ao catálogo, enquanto o couro ganhou ranhuras lembrando o efeito visual das nervuras. Pele de cobra vintage de várias cores foi ressignificada em patchwork em um dos vestidos exuberantes do final do desfile.
Com telões de nuvens anunciando tempestade no cenário, Lino criou uma atmosfera de distopia ao acrescentar looks lembrando filmes apocalíticos, com peças dispostas em camadas desde a polaina sobre o calçado até agasalhos estruturais para eles e vestidos arquitetônicos para elas. Nas últimas coleções, o estilista vem ampliando o percentual de criações casuais que transitam livremente por agendas diversas, deixando para o final do desfile as versões festivas que são, de fato, dignas de tapete vermelho.
Artista-artesão, Lino dedica grande parte de seu tempo à montagem em moulage de suas peças, que ganham vida como em um quebra-cabeça repleto de pedaços de tecido completamente transformados pelas mãos de artesãs talentosas que estão há décadas em sua equipe. É primoroso!
