SPFW N59: Normando fala sobre Dalcídio Jurandir em nova coleção

Não é fácil ser delicado, apresentar boas ideias, amarrar inspirações e ainda fazer um desfile coeso. Essa é a grande vantagem da Normando, que abriu a manhã de desfiles em SP. Imbuídos na sua missão particular de apresentar e fazer brilhar a cultura do Norte do país, especialmente a paraense, Marco Normando e Emidio Contente sabem fazer moda maiúscula com essa vontade - desta vez falando sobre Dalcídio Jurandir, romancista do Pará que, nos anos 1940, conseguiu publicar sue primeiro livro, escrito uma década antes. Descrever o desfile daria outro livro, dada a quantidade de imagens e caminhos que se amarram - mas está lá a camisaria, especialidade da casa, ao lado da alfaiataria urbana (que vem se modernizando) e pitadas de espetáculo no uso das palhas e do látex produzido na Amazônia que já haviam apresentado no último desfile, agora em versão finíssima e delicada. Tudo isso amarrado com porções políticas, como as estampas com a nossa floresta em chamas. É coleção para parar e examinar com tempo.