Bel Coelho renova sua trajetória!
A chef brasileira Bel Coelho renova sua trajetória com Clandestina, um projeto que celebra a biodiversidade nacional e transforma ingredientes nativos em experiências gastronômicas compartilhadas, repletas de sabor e brasilidade.
Há mais de 25 anos, Bel Coelho entrelaça suas convicções e paixões com a arte de cozinhar, criando uma culinária que reverbera suas causas e seus ideais. Sua jornada, tão rica em histórias quanto em sabores, é marcada por um profundo respeito à terra e um compromisso inabalável com o que acredita. Nascida em São Paulo, de ascendência portuguesa e italiana, a chef lapidou seu talento em alguns dos maiores templos gastronômicos do mundo, como o renomado Culinary Institute of America, nos Estados Unidos, e os prestigiados El Celler de Can Roca, na Espanha, e D.O.M., de Alex Atala, no Brasil. No entanto, é em seu país natal que Bel encontra a verdadeira alma de sua cozinha. Os ingredientes brasileiros vibram como protagonistas em cada uma de suas criações, conectando o regional ao contemporâneo. Desde 2021, ela comanda o Cuia, um restaurante acolhedor e vibrante, situado dentro da livraria Megafauna, no icônico edifício Copan, em São Paulo. Esse espaço singular permite a fusão entre a gastronomia e a cultura, quando os livros e os pratos compartilham uma narrativa: a valorização do Brasil em suas múltiplas facetas. A inquietude criativa de Bel, entretanto, não se limita a um único projeto. Com o relançamento do emblemático Clandestino, agora repaginado como Clandestina (Rua Girassol, 833, Vila Madalena, em São Paulo), ela apresenta uma evolução ousada e poderosa de sua proposta original. Instalado no mesmo imóvel onde funcionou por anos o restaurante da renomada chef Vivi, o novo Clandestina se ergue como um tributo à rica biodiversidade brasileira e convida os comensais a uma experiência de partilha e reconexão com a terra.
No Clandestina, a cozinha de Bel é uma celebração da brasilidade. Aqui, um tempo plausível de permanência à mesa é respeitado, em consonância com as principais capitais gastronômicas do mundo. Em dois turnos noturnos, os clientes são recebidos para desfrutar um menu pensado para ser compartilhado e para oferecer uma jornada sensorial que vai além do paladar – é um resgate emocional e cultural, com sabores que remetem às tradições e aos biomas brasileiros. O cardápio é um verdadeiro tributo à terra e aos pequenos produtores locais. Bel exalta a biodiversidade do Brasil com pratos cuidadosamente preparados, utilizando ingredientes que respeitam a sazonalidade. O pão artesanal da casa, acompanhado de manteiga de puxuri e azeite brasileiro, dá o tom da experiência, seguido pela tábua de queijos, que reúne pequenos produtores premiados, e outras entradas que surpreendem. O guioza de pato com tucupi e azeite de pimentas brasileiras é um exemplo da integração entre o global e o local, enquanto o tiradito de melancia com ponzu de tucupi e ervas frescas desafia as expectativas. Outras entradas, como o crudo de carne angus com cogumelo yanomami e picles de melão, e a salada de Pancs com cítricos, queijo de ovelha maturado e baru, reforçam o compromisso da chef com a inovação e a sustentabilidade.
Nos pratos principais, a brasilidade é celebrada com intensidade. O tortelli de queijo Quina, com caldo de cebola caramelizada e cogumelos, traz conforto em cada garfada, enquanto a barriga de porco glaceada com tucupi preto, feijão manteiguinha e maxixe e o arroz de costela de gado curraleiro com jiló e farinha de milho evocam a profundidade dos sabores da nossa terra. Para encerrar a refeição de forma sublime, a torta de queijo brûlée com baunilha do cerrado e calda de jabuticaba é o epílogo perfeito de uma experiência única, em que o doce e o ácido se encontram para criar um final memorável. No Clandestina, a experiência gastronômica vai além do simples ato de se alimentar – é uma viagem pelos sabores e pelas tradições do Brasil, conduzida pela sensibilidade e técnica impecável de Bel Coelho. Cada refeição é um abraço à brasilidade, no qual a partilha à mesa se torna um ritual de celebração e reconexão com a terra, a cultura e as histórias que formam o mosaico da nossa identidade. Sob o comando dessa chef visionária, o restaurante é um refúgio para quem busca não apenas uma refeição, mas uma imersão profunda no que há de mais autêntico na gastronomia brasileira.