Clubes de leitura: veja 8 best-sellers atemporais que fogem do óbvio
Para evitar os modismos, fomos na contramão das publicações óbvias e elegemos oito best-sellers atemporais dos clubes de leitura
Os clubes de leitura estão em alta – e com eles surgem as listas de imperdíveis da temporada. Para evitar os modismos, fomos na contramão das publicações óbvias e elegemos oito best-sellers atemporais.
Leitura é exercício para o cérebro. Mas como convencer os mais jovens a deixarem de lado as telas dos smartphones e os aplicativos de vídeos rápidos para curtirem um tempo nostálgico, folheando as páginas de um livro? Parece missão impossível, entretanto, com as escolhas certas, é bem provável que se consiga converter um nativo digital em alguém adepto da cultura retrô.
Começando por uma obra que reúne “fúria populista, fratura ideológica, impactos econômicos e tecnológicos” ao investigar os movimentos que moldaram o mundo contemporâneo. Em “Era das Revoluções” (ed. Intrínseca), Fareed Zakaria entrega histórias, curiosidades e paradigmas que estimulam reflexões sobre os caminhos da humanidade.
“Nagomi” (ed. Büzz), de Ken Mogi, tem narrativa central que resgata a filosofia japonesa com o objetivo de aceitar as próprias imperfeições e a olhar ao redor com leveza, sem a pretensão de autoajuda.
Intrigante e profundamente reflexivo, “A Metamorfose” (ed. Melhoramentos), de Franz Kafka, apresenta o caixeiro-viajante Gregor Samsa em plena mutação, com escrita realista, que mistura o inesperado ao senso de humor trágico, cruel e grotesco.
Publicado originalmente em 1921, “Amarelo-Cromo” (ed. Biblioteca Azul), de Aldous Huxley, mantém-se atual com sua crítica à alta sociedade, suas extravagâncias, ócio produtivo e interesses vazios.
Da leva de clássicos não poderia faltar “Dom Casmurro” (ed. Melhoramentos), de Machado de Assis. O enredo é protagonizado por Bentinho, que conta as suas vivências entre o amor por Capitu e o ciúme por um eventual romance com o seu melhor amigo, Ezequiel.
Lançado recentemente, “América Latina Lado B” (Globo Livros), de Ariel Palacios, expõe os absurdos, os abusos e os atos descabidos de monarcas, ditadores, presidentes e líderes religiosos que mandaram ver abaixo da linha do Equador.
Conectado ao perfil dos “zês e dos alphas”, “Geração Ansiosa” (Cia. das Letras), de Jonathan Haidt, toca num assunto delicado, que veio à tona depois da desistência da ginasta norte-americana Simone Biles nas Olimpíadas de Tóquio (2020). No roteiro, o autor fala sobre o colapso da saúde mental entre os jovens e oferece um plano para traçar os passos de uma infância saudável e mais desconectada.
Fecha a lista desta edição “Fim de Caso” (Biblioteca Azul), do britânico Graham Greene, que descreve as escolhas intrigantes de Maurice Bendrix para reconquistar ou destruir a sua amada Sarah Miles. Um ótimo exemplo de como a humanidade é guiada por sentimentalidades.