“No Rancho Fundo”: Elenco bate-papo exclusivo com a L’Officiel Hommes
A novela No Rancho Fundo, da TV Globo, conquista a audiência graças ao enredo conectado aos dias atuais e ao elenco potente
Sucesso na faixa das seis horas, a novela No Rancho Fundo, da TV Globo, conquista a audiência graças ao enredo conectado aos dias atuais e ao elenco potente.
Criada e escrita por Mario Teixeira, com direção artística de Allan Fiterman, “No Rancho Fundo” é uma comédia romântica contemporânea, que narra a trajetória da família Leonel Limoeiro, conduzida pelo braço forte da matriarca Zefa Leonel (Andrea Beltrão).
“Trata-se de um microcosmo brasileiro. A história não lida com estereótipos, mas, sim, com arquétipos, a cidade pequena e as coisas que a compõem. Ao mesmo tempo é uma novela atual, então as pessoas usam celular, computador e carros. Os personagens são movidos pelo sentimento de querer melhorar as coisas, são nostálgicos em relação ao passado e à vida que eles levavam em comum”, diz Mario Teixeira.
A trama – centésima a ocupar o horário das seis horas –, traz as belezas, as riquezas e os contrastes entre o sertão e a cidade. “A referência da novela é enfatizar a posição da mulher na sociedade e, mesmo sendo uma narrativa com protagonistas que são pessoas simples, eles têm o poder de mudar o seu destino”, pontua o autor.
Com audiência recorde e atuações memoráveis, a L’Officiel Hommes convidou alguns integrantes do elenco – assim como o autor Mario Teixeira e o diretor Allan Fiterman – a participar da edição que acaba de chegar às bancas. Divididos em duas capas, os atores Alexandre Nero, Eduardo Moscovis, Guth Sotero, Igor Fortunato, Igor Jansen, José Loreto, Juzé, Lukete, Nanego Lira,Thardelly Lima e Túlio Starling foram fotografados por Gustavo Zylbersztajn, com direção criativa e styling de Luis Fiod, e beleza de Helder Rodrigues. Para completar o ensaio, conversamos com eles sobre carreira, planos futuros e, claro, sobre “No Rancho Fundo”.
Alexandre Nero
L’OFFICIEL HOMMES Pode nos contar como foi a sua estreia na dramaturgia?
ALEXANDRE NERO Foi no teatro, há 30 anos. Foi um musical, pois venho da música, mas foi uma migração lenta. Antes de me entender ator, eu já era músico profissional.
LOFF Quando se percebeu artista? E como foi a sua jornada até o momento?
AN O desejo de me expressar artisticamente veio na infância, mesmo não tendo a menor consciência do que aquilo significava. Acredito que todas as crianças tenham predisposições artísticas e, aos poucos, conforme crescemos, vamos perdendo isso. Um fragmento de ser artista é de uma certa forma tentar manter internamente uma criança vívida. A jornada foi, é e sei que será de muito trabalho. Não acredito na arte “inspiração”. Sou da transpiração. Venho da arte da sobrevivência. É um nascer e um morrer diários. Cada trabalho é um recomeço.
LOFF Ao longo da carreira, quais são os seus principais personagens?
AN Cada um tem o seu aprendizado. Do sucesso ao fracasso. Do protagonista à figuração. Fiz de tudo; tevê, cinema, teatro de rua... Dos personagens mais populares que fiz, sem dúvida, é o comendador José Alfredo da novela “Império”.
LOFF Com quem ainda gostaria de dividir a cena?
AN Ah, há uma infinidade de atores que admiro e que inclusive já consegui concretizar.
LOFF Fale sobre a sua atuação na novela “No Rancho Fundo”.
AN Um personagem de uma delicadeza rara, que passeia entre lirismo e palhaçaria, de graça melancólica, de brasilidade profunda em suas qualidades e carências. Em uma novela que flerta com a fábula.
LOFF Pode nos dizer quais são os seus projetos pós-novela?
AN Adoraria, pois estou animado, mas infelizmente não posso, pois ainda é segredo de estado (risos!).
Edu Moscovis
L’OFFICIEL HOMMES Pode nos contar como foi a sua estreia na dramaturgia?
EDUARDO MOSCOVIS Foi no teatro. Cursava Administração e trabalhava com o meu pai. Tranquei a faculdade sem saber o que fazer e um tempo depois encontrei uma amiga na rua que estava indo para a aula de um curso livre de teatro. Ela perguntou se eu não queria assistir, e lá fui eu. Adorei. Comecei a frequentar o curso e o professor era o Damião, conhecido pupilo de Maria Clara Machado, e famoso por trabalhar com elencos jovens. Ele ia remontar o espetáculo infanto juvenil “Os Doze Trabalhos de Hércules”. Fiz os testes e passei. Isso foi em 1989, no teatro Ginástico, no Rio de Janeiro.
LOFF Quando se percebeu artista? E como foi a sua jornada até o momento?
EM As duas primeiras peças que participei me jogaram para um lugar, ao mesmo tempo de deslumbre e de envolvimento. Foram duas peças com elencos grandes. Lembro da primeira vez que vi uma máquina de fog lançando fumaça da coxia para o palco. Nunca me esqueci do barulho do motor da máquina, uma máquina manual mesmo, pequena, e o cheiro daquela fumaça. O segundo era um espetáculo comemorativo dos 200 anos da revolução francesa, e habitávamos a Fundição Progresso, no centro do Rio, ainda inacabada. Atores como Paulo José, Maria Silvia, Betina Viany, Claudio Gaya, Sebastião Lemos e tantos outros participaram. Quando “tomávamos a Bastilha”, conduzíamos o público para o segundo andar onde a Intrépida Trupe esperava para uma apoteose circense.
LOFF Ao longo da carreira, quais são os seus principais personagens?
EM São poucos os personagens que não trazem importância nas nossas vidas. O saudoso Pedro Paulo Rangel, ator que admiro demais, dizia que “todo personagem é ou pode vir a ser um rascunho para um próximo trabalho”. Um personagem feito anos atrás pode ter sido um esboço para algum que está por vir. Acho que, por retorno do público, o Petruchio, de “O Cravo e a Rosa”, e o Rafael, de “Alma Gêmea”, são os personagens que mais se destacaram em novelas. Em série, o Brandão de “Bom Dia Verônica”, no teatro guardo alguns trabalhos no coração como “Um Bonde Chamado Desejo”, “O Livro” (meu único espetáculo solo), “Por Uma Vida Um Pouco Menos Ordinária”, “Norma e o Menino Que Vendia Palavras”, um espetáculo infantil lindo.
LOFF Com quem ainda gostaria de dividir a cena?
EM Não me sinto à vontade para falar sobre com quem ainda gostaria de dividir cena. Seria injusto porque muitos nomes me vêm à cabeça e mesmo assim estaria esquecendo de outros tantos.
LOFF Fale sobre a sua atuação na novela “No Rancho Fundo”.
EM No Rancho Fundo é um daqueles trabalhos – quase – unânimes. A novela é bem escrita, tem personagens bem desenhados, é leve e com fotografia, além de cenários e de figurinos, lindos. O elenco, na sua maioria, é composto por artistas vindos do Nordeste e do Norte do País, todos talentosíssimos e com muita alegria de estar contando essa história. A direção, alinhada com a produção, tornam a novela gostosa de ser feita. Amo dar vida ao Ariosto, meu personagem. Um cara sofrido, amargurado, árido, seco… E a delícia que é contracenar com Andrea Beltrão e Debora Bloch.
LOFF Pode nos dizer quais são os seus projetos pós-novela?
EM Quando a novela terminar, sigo em cartaz no teatro com a comédia “Duetos”, onde contraceno com a parceira Patricya Travassos, e vou esperar o lançamento da série em áudio “Ninguém com esse Nome”, com direção do João Jardim, e os filmes “Cyclone”, de Flávia Castro, “O Mundo que eu Conheço lá Não Existe Mais”, de Thiago Luciano, e “Querido Mundo”, do Miguel Falabella.
Guth Sotero
L’OFFICIEL HOMMES Pode nos contar como foi a sua estreia na dramaturgia?
GUTH SOTERO Fiz uma pequena participação em “Amor de Mãe”, o que seria um esquenta para o projeto “Malhação”, que eu faria em 2020, e parou por conta da pandemia. Porém, o meu primeiro contato diário, aprendizado e tudo o mais foi em “Vai na Fé”, onde dei vida ao Vini, um personagem muito marcante na minha vida.
LOFF Quando se percebeu artista? E como foi a sua jornada até o momento?
GS Comecei a escrever poesias em 2016, mas como sempre fui tímido, não conseguia mostrar para ninguém ou expor nas redes esse meu lado mais sensível. Em 2019, estava pilhado com trabalho, na época estava no último ano do ensino médio e tinha que pensar no pré-vestibular, e no ENEM. A minha cabeça estava uma loucura. Então decidi correr atrás do meu sonho – e na primeira batalha de slam, perdi na final e duas pessoas da plateia vieram me parabenizar pelo texto, mas ressaltaram que eu precisava me soltar mais no palco, já que o slam é muito sobre performance. Agradeci o conselho e fui atrás das aulas de teatro na Maré. Desde que isso aconteceu, sigo engatando projetos: já fiz três peças, duas novelas, um longa-metragem, duas temporadas da série “Tudo Igual... Sqn” (Disney+) e a série “Veronika”, que estreia em 2025 (Globoplay).
LOFF Ao longo da carreira, quais são os seus principais personagens?
GS Acredito que o Vini (“Vai na Fé”). Nos bastidores já me conheciam, mas a grande massa não e esse personagem foi fundamental para que eu pudesse colocar novos projetos em andamento. Também tenho muito apego ao Nastácio (“No Rancho Fundo”), pois ele me tirou 100% da zona de conforto.
LOFF Com quem ainda gostaria de dividir a cena?
GS São muitas pessoas, muitas referências, mas sendo breve, sem dúvida alguma, com o Lázaro Ramos.
LOFF Fale sobre a sua atuação na novela “No Rancho Fundo”.
GS Eu me cobro muito! No bloco que está no ar e os próximos que estão por vir, o meu personagem ganha uma nova trama e isso demandou ainda mais de mim. Gostei do meu desempenho no set, porém não assisti nada ainda, então estou esperando ansiosamente igual ao telespectador. Essa novela tem sido um deleite para mim, tanto pelo desafio como pelo aprendizado.
LOFF Pode nos dizer quais são os seus projetos pós-novela?
GS Quero focar um pouco mais na música, vou lançar um single em outubro. Não consigo conciliar os dois lados, preciso me doar 100%. Mas estou aberto para novas oportunidades, então “alô produtores de elenco: Podem mandar testes para a minha agência!”.
Igor Fortunato
L’OFFICIEL HOMMES Pode nos contar como foi a sua estreia na dramaturgia?
IGOR FORTUNATO Comecei nas Artes Cênicas aos 14 anos. Mesmo com uma carreira que já tem certo tempo e experiência, ainda tenho a felicidade de viver novas estreias. “No Rancho Fundo” marcou a minha estreia na teledramaturgia, o que me deixou extremamente feliz. É gratificante, mesmo após tanto tempo como ator, ainda poder estrear em novos projetos e alcançar lugares que antes não havia explorado.
LOFF Quando se percebeu artista? E como foi a sua jornada até o momento?
IF Por volta dos 14 ou 15 anos, quando tive o meu primeiro contato com o teatro. Foi algo que me arrebatou de forma intensa e poderosa. Apesar de todas as dificuldades, como ser um menino pobre, nordestino, de uma cidade do interior do Rio Grande do Norte, que é Mossoró, e com todas as impossibilidades que o horizonte parecia me mostrar, eu senti que precisava arriscar. A minha trajetória foi marcada pela insistência, e diria que foi a teimosia que me trouxe até aqui. A cada dia afirmava para mim mesmo que podia fazer isso, que era o que eu queria, que eu merecia estar nos espaços que sonhava conquistar. Sabemos que, para quem enfrenta tantas barreiras – pobreza, distância dos grandes centros, questões de sotaque, raça –, esses desafios muitas vezes nos colocam em posições limitantes, criando até crenças que nos fazem duvidar de nós mesmos.
LOFF Ao longo da carreira, quais são os seus principais personagens?
IF É difícil eleger quais foram os meus principais personagens. Como ator, acredito que cada papel que interpretei me preparou para o próximo. Quando olho para trás, sempre penso: “Poderia ter feito isso melhor”. Vejo a minha trajetória como uma escada, onde cada personagem me eleva a um novo patamar. Por isso, não consigo destacar um personagem específico.
LOFF Com quem ainda gostaria de dividir a cena?
IF Nossa, tem tanta gente com quem gostaria de trabalhar! Por exemplo, adoraria fazer uma peça de teatro com o Duda Rios, com quem já divido cenas na novela, mas que também é incrível no teatro. Também gostaria de ter mais vivências teatrais com o Du Moscovis. Além disso, tenho vontade de trabalhar com a Dira Paes, a Mirella Façanha e a Virginia Cavendish. Fazer um filme com a Virginia, por exemplo, seria um sonho. Na verdade, admiro muitos dos nossos atores e atrizes.
LOFF Fale sobre a sua atuação na novela “No Rancho Fundo”.
IF Interpretar o Zé Beltino foi um presente. Ele é um personagem bonito, cheio de oposições e contrastes – ao mesmo tempo que é valente, forte e bruto, também é delicado, poético e sonhador. A maior dificuldade que enfrentei foi como trazer esse cara, que poderia facilmente cair em um arquétipo, de maneira crível e natural. Queria que o público olhasse e dissesse: “Reconheço meu primo que é da roça, meu irmão sertanejo, alguém da minha família”. E acho que consegui. Hoje, com o tempo de novela que tivemos, posso dizer que estou muito feliz com o resultado. Também tive a sorte de contar com grandes parceiros ao longo dessa jornada. A parceria com Luisa Arraes e Nina Tomsic foi fundamental, e estar ao lado de Alexandre Nero, Andrea Beltrão, Larissa Boccino, Dandara Queiroz, Heloisa Honein, Igor Jansen, Guthierry Sotero, Tomás de França – meus irmãos na novela – me ajudou muito na construção do Zé Beltino.
LOFF Pode nos dizer quais são os seus projetos pós-novela?
IF Vou me juntar à Titina Medeiros para realizar uma circulação da nossa peça, “Sinapse Darwin”, pelo Nordeste. Vamos passar por várias cidades. Além disso, estou prestes a lançar um EP com a minha banda – sou músico também. Então, assim que a novela terminar, já estaremos na estrada com o espetáculo e com o EP novo chegando por aí.
Igor Jansen
L’OFFICIEL HOMMES Pode nos contar como foi a sua estreia na dramaturgia?
IGOR JANSEN Aos 11 anos passei em um teste para fazer o filme “O Shaolin do Sertão”, do diretor Halder Gomes. Até então participava de comerciais para tevê em Fortaleza, e também trabalhava como modelo para marcas locais. Foi um processo muito natural, sem muitas expectativas, pois não fazia parte dos meus sonhos entrar para esse mundo. Até então o objetivo era ser jogador de futebol. Por isso mesmo hoje vou em todos os jogos que me convidam (risos!).
LOFF Quando se percebeu artista? E como foi a sua jornada até o momento?
IJ Os diretores dos comerciais sempre diziam que eu era muito bom em representar exatamente como eles “dirigiam”. Por isso fui sendo mais requisitado e adquirindo experiência. Quando chegou o convite para os testes do filme eu já conversava bem com a câmera, desenrolava fácil e já sabia fazer as caras e bocas. O sucesso do longa me apresentou para o Brasil, fazendo que o pessoal do SBT, que estava à procura de um perfil específico para a novela, me achasse. Na emissora atuei em duas novelas seguidas que me fizeram ficar no ar por quase quatro anos. Após as novelas gravei, em 2023, três filmes para cinema e streaming. Entre as novelas e os filmes também tive a oportunidade de atuar em um musical Broadway aqui no Brasil, em São Paulo. No ano de 2024 mudei-me para o Rio de Janeiro para integrar o elenco da novela “No Rancho Fundo”.
LOFF Ao longo da carreira, quais são os seus principais personagens?
IJ Em ordem cronológica: Piolho, João, Evan Goldman, Arthur Magno, Aldenor.
LOFF Com quem ainda gostaria de dividir a cena?
IJ Um passo de cada vez. Hoje estou curtindo desfrutar tudo ao meu redor e poder dividir a cena com esses mestres da atuação já está sendo uma realização!
LOFF Fale sobre a sua atuação na novela “No Rancho Fundo”.
IJ Está sendo especial interpretar o Aldenor, um personagem com muitas camadas, principalmente por conta da origem dele e pra onde eles vão depois da mudança de situação financeira. Também preciso ressaltar todo o elenco, técnicos e o padrão globo de qualidade. Com atrizes e atores renomados cada cena é uma aula de interpretação, cada fala um primor de texto, nossa direção tão acessível e competente ao mesmo tempo, uma obra-prima, literalmente!
LOFF Pode nos dizer quais são os seus projetos pós-novela?
IJ Preciso dedicar mais tempo para as minhas músicas, tanto para o EP que lancei agora em julho (de 2024) quanto aos próximos lançamentos que vou fazer para o verão. Gravação de filmes para cinema e streaming também estão na fila de execução para o último trimestre deste ano e primeiro trimestre de 2025.
JOSÉ LORETO
L’OFFICIEL HOMMES Pode nos contar como foi a sua estreia na dramaturgia?
JOSÉ LORETO Aconteceu na escola, no terceiro ano do segundo grau, em esquetes e peças que os alunos encenavam para os pais e amigos, no teatro Abel. Foi ali que entrei em cena – e, literalmente, tomei o palco para mim. Fiz apresentação atrás de apresentação e até fiquei responsável pelas propagandas dos apoiadores nos intervalos.
LOFF Quando se percebeu artista? E como foi a sua jornada até o momento?
JL Artista eu me descobri no colégio e desde o dia em que pisei num palco, não saí mais dele. São 20 anos de carreira – com estreia em “Malhação” (2005 e 2006). Mas a vida do ator é feita de altos e baixos. Tenho diversos trabalhos importantes, porém nem todos tiveram grande repercussão (financeira, por exemplo).
LOFF Ao longo da carreira, quais são os seus principais personagens?
JL A minha primeira novela foi em 2012. No tempo entre Malhação e a atuação em “Avenida Brasil”, formei-me em Cinema e em Teatro, além de fazer um tanto de participações em obras de ficção. O Darkson foi muito marcante. Deveria ser um papel pequeno, mas teve enorme aceite do público e o personagem cresceu. Na sequência, rolou “Flor do Caribe”, onde fiz o Candinho e isso foi crucial para que os diretores notassem a minha diversidade em cena. Então, fui escalado para viver o protagonista da cinebiografia “Aldo – Mais Forte que o Mundo”, que depois virou série no Globoplay. Participei também do remake de Pantanal, com o Tadeu, e atuei em “Vai na Fé”, com o divertido Lui Lorenzo.
LOFF Com quem ainda gostaria de dividir a cena?
JL Tanta gente!! Fernanda Montenegro, Tony Ramos, Vera Holtz e com todos aqueles com que já tenho contracenado, caso da Rosamaria Murtinho. Costumo dizer que sou um artista de sorte.
LOFF Fale sobre a sua atuação na novela “No Rancho Fundo”.
JL Eu vinha de trabalhos emendados e estava pronto para tirar férias. Mas então apareceu o papel do Marcelo Gouveia, um antagonista que soou desafiador. Ele é malandro, esperto, carismático e sedutor. Eu queria confundir o público, e acredito que deu certo. Estou ansioso para saber como termina a novela.
LOFF Pode nos dizer quais são os seus projetos pós-novela?
JL Então, sabe aquelas férias? Não vou conseguir tirá-las! Estou com um projeto muito legal para participar de um filme incrível, mas que não posso revelar ainda.
JUZÉ
L’OFFICIEL HOMMES Pode nos contar como foi a sua estreia na dramaturgia?
JUZÉ A minha estreia, por mais doido que pareça, foi na novela “Mar do Sertão”. Embora tenha feito teatro na escola como uma das primeiras artes, e participado de musicais na infância, considero como estreia real a novela. Foi uma experiência única e desafiadora, pois tive que enfrentar medos e inseguranças de não estar num ambiente de conforto artístico. Isso foi muito engrandecedor, parecia que estava pulando de um abismo todos os dias. Mas consegui bater asas e voar na liberdade da poesia e do universo brincante, tudo isso carregando uma mochila com muito trabalho, suor e vontade de realizar.
LOFF Quando se percebeu artista? E como foi a sua jornada até o momento?
J Só percebi quando pessoas que admiro e tenho como referência me sinalizaram que eu era um artista. Embora eu sentisse a coisa da arte, não tinha coragem de me afirmar. Já produzia eventos desde os 14 anos, com a escola que me criou no Bloco Muriçocas do Miramar. Maior festa da minha cidade, e que eu tive a sorte de nascer nesse ninho. De grandes artistas, produtores e movimentadores culturais da Paraíba. Depois trabalhei com Lucy Alves, Os Gonzagas, e produzi muitos eventos, shows e espetáculos, chegando até a levar um circo para a minha cidade, ao passo que me apresentava em bares e teatros com canções e poemas. Tudo isso me deu estudo e bagagem de palco e produção cultural. Minha jornada vem levada pela música e pela poesia até os dias de hoje.
LOFF Ao longo da carreira, quais são os seus principais personagens?
J O meu principal personagem é “Totonho”, de “Mar do Sertão” e de “No Rancho Fundo”. E ultimamente o personagem “Paulo”, no curta “Habeas Pinho”, que ainda não estreou, e vem com uma carga dramática muito forte.
LOFF Com quem ainda gostaria de dividir a cena?
J Tive a sorte de já estar em palco e cantar junto com os meus maiores ídolos na música, como Alceu Valença, Elba Ramalho, Cátia de França, Mestre Fúba. Na dramaturgia, seria sonhar demais talvez, olhar nos olhos de Lima Duarte, Fernando Teixeira, Marcélia Cartaxo, Ary Fontoura, Alice Carvalho, Debora Bloch, Irandhir Santos, Tony Ramos, Nanego Lira e mais alguns guardados na caixa do peito.
LOFF Fale sobre a sua atuação na novela “No Rancho Fundo”.
J Retorno ao ofício com Totonho. Meu querido palhaço das calçadas do sertão. Cheio de leseira e riso. De música e poesia. Um brincante que me acaricia todos os dias, em cada palavra e assobio. Feliz pela oportunidade que a arte me revela. Falar com as pessoas através da contação de histórias. O trovadorismo secular tendo espaço na televisão e a alegria de compartilhar disso com o Lukete, meu amigo e parceiro de criação.
LOFF Pode nos dizer quais são os seus projetos pós-novela?
J Recebi convites para dois filmes e estou ansioso pra realizá-los. Pois identifico-me com a história de ambos e elas já estão rondando no meu inconsciente. Musicalmente, venho preparando um EP para ser lançado ainda em setembro deste ano, e uma turnê pelo SESC, no projeto “PULSAR”. E venho costurando um álbum para o final do ano, com dez canções escolhidas a dedo e cheio de participações especiais.
Lukette
L’OFFICIEL HOMMES Pode nos contar como foi a sua estreia na dramaturgia?
LUKETTE Estreei no teatro aos 12 anos, em 2002, nos movimentos jovens da igreja católica. Eu fazia o avô já falecido da família, presente em um quadro que ficava na sala. Era um quadro vivo, foi bem legal (risos!). E na tevê foi em 2018, quando fiz participação em “Malhação”. Foi a primeira vez que vi uma câmera. Marcante!
LOFF Quando se percebeu artista? E como foi a sua jornada até o momento?
L Dentro dos movimentos da igreja, onde estava sempre atuando, dirigindo, roteirizando, compondo, cantando e preparando elenco. Cheguei a fazer 12 peças no mesmo ano. As pessoas diziam: “Por que você não vive disso? Você ama!” Escutei os conselhos e o meu coração. Tenho ele como guia, em tudo o ponho e em tudo o escuto. O coração conduz!
LOFF Ao longo da carreira, quais são os seus principais personagens?
L Em “Mar do Sertão” pude fazer dois personagens simultaneamente: Casimiro e Jr. Palmito. Irei elencá-los! Vivê-los ao mesmo tempo, com todos os contrapontos entre eles, foi especial e desafiador.
LOFF Com quem ainda gostaria de dividir a cena?
L Estar numa obra com Nanego, Thardelly, Suzy, Tomás, Juzé, todos paraibanos… É muito especial! Gostaria de ver constância nisso! De lá veio essa remessa de talentos. De lá tem muito mais. E isso significa muito!
LOFF Fale sobre a sua atuação na novela “No Rancho Fundo”.
L Pude reviver Jr. Palmito, o pandeirista, ao lado de seu parceiro Totonho, interpretado pelo Juzé. Ali mantenho o meu estudo no pandeiro, que nunca tinha tocado, foi de fato um presente de personagem, e continuar no jogo de quebrar a “quarta parede” é muito especial! Amo olhar para a câmera e entrar na sala dos outros sem pedir licença (risos!).
LOFF Pode nos dizer quais são os seus projetos pós-novela?
L No dia 10 de outubro, data do meu aniversário, lançarei o primeiro álbum autoral: “LUKETE ME”, com nove faixas. Daí é cair na pista com a minha banda “Lukete e seus Renatos” e fazer o meu show de poesia “A RIMA ME DEU RUMO”, além de buscar testes e testes, pois quero muito ter outros personagens. Raspar a cabeça, pintar o cabelo de roxo, sabe? Radicalizar! Dar vida a outras personas e passar mensagem através disso. Quero demais!
Nanego Lira
L’OFFICIEL HOMMES Pode nos contar como foi a sua estreia na dramaturgia?
NANEGO LIRA Começo no teatro ainda criança, com amigas e amigos que moravam na mesma rua, na minha cidade natal, Cajazeiras, no sertão da Paraíba (Marcélia Cartaxo era uma delas). Da brincadeira para a profissionalização, foi um processo orgânico que me formou, não só como ator, mas como pessoa.
LOFF Quando se percebeu artista? E como foi a sua jornada até o momento?
NL Não me recordo do momento exato em que eu poderia dizer: “Pronto, sou um artista, sou um ator”. As coisas foram acontecendo de tal maneira que não refleti sobre o que queria ser, fui deixando fluir, a intuição acabou me guiando pelas entranhas da interpretação e aqui estou. Sou ator e amo que a vida, desde muito cedo, tenha me colocado nesse caminho.
LOFF Ao longo da carreira, quais são os seus principais personagens?
NL Todos os personagens que representei tiveram algo de muito especial para mim, mas creio que o Primo Argemiro, do espetáculo “Vau da Sarapalha”, do Grupo Piollin, trouxe um aprofundamento importante em minha trajetória, talvez por ter ficado 20 anos em cartaz, tempo suficiente para fermentar coisas profundas em mim...
LOFF Com quem ainda gostaria de dividir a cena?
NL Já fiz teatro, cinema e televisão com tantos artistas que admiro e acompanho que não saberia dizer. Nunca pensei exatamente em uma pessoa, penso mais nos projetos de um modo geral. Acho que isso me possibilitou excelentes encontros e uma vasta experiência.
LOFF Fale sobre a sua atuação na novela “No Rancho Fundo”.
NL Estou adorando fazer essa novela e ter a oportunidade de trazer de volta o Padre Zezo. Ele chega em “No Rancho Fundo”, após ter sido pároco na cidade de Canta Pedra, em “Mar do Sertão”. Ou seja, já com um passado e com histórias que têm o público como testemunha. Isso é muito bacana! Tem sido maravilhoso, também, contracenar com novos companheiros e companheiras, assim como reencontrar amigos e personagens da bem-sucedida experiência anterior como foi a novela “Mar do Sertão”.
LOFF Pode nos dizer quais são os seus projetos pós-novela?
NL Sei que continuarei atuando, essa é minha história, meu prazer e minha forma de ganhar a vida. Mas, de maneira concreta, estarei em dois longas: “Amores 1.500”, de Grace Passô, e “Revanche”, de Marcel Vieira, ambos com estreia para 2025. No primeiro semestre, estarei no filme de Odécio Antônio, “Chofre”, que será rodado na Paraíba. Uma história sobre a vida dos povos ciganos Calon, radicados naquele estado, em um reencontro de afeto em meio às disputas internas de família no interior da Paraíba. Estarei, ainda, em um outro longa no estado do Ceará, mas como o projeto encontra-se em fase inicial de tratativas, não tenho como adiantar informações sobre o mesmo.
Thardelly Lima
L’OFFICIEL HOMMES Pode nos contar como foi a sua estreia na dramaturgia?
THARDELLY LIMA A minha estreia foi em 1999, no festival nacional de teatro de Areia, na Paraíba, na frente do Teatro Minerva. Como o local era muito pequeno e tinha gente demais, minutos antes de começar, o diretor do espetáculo sugeriu que a gente levasse o cenário para a rua e fizéssemos a apresentação na frente do teatro! Foi inesquecível!
LOFF Quando se percebeu artista? E como foi a sua jornada até o momento?
TL Quando estava “matando” aula para ajudar a montar o cenário de uma “Paixão de Cristo”, em 1999. Ali eu já sentia que não tinha mais volta! A jornada começou quando saí da minha cidade natal, Cajazeiras, interior da Paraíba, e fui morar na capital João Pessoa para estudar teatro na Universidade Federal da Paraíba. Ingressei no grupo de Teatro Piollin, grupo Graxa, Osfodidario e atualmente estou no grupo Ser Tão Teatro, que comemora 17 anos de estrada. Participei de nove filmes nacionais, destaque para “Bacurau”, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles. O longa levou o prêmio do júri no Festival de Cannes, em 2019. Na televisão, estreei em 2021, com o Odailson, em “Quanto Mais Vida Melhor”, e, em 2022, dei vida ao agiota Vespertino em “Mar do Sertão”. Em 2023 gravei dois sitcom, “Ponto Final” pela Netflix e “No Corre” pelo Multishow.
LOFF Ao longo da carreira, quais são os seus principais personagens?
TL Considero o Tony Jr., prefeito de “Bacurau”, um dos meus grandes personagens, já que foi ele que me lançou nacionalmente no audiovisual.
LOFF Com quem ainda gostaria de dividir a cena?
TL Não tenho desejos nesse sentido, eu gosto de trabalhar e gosto com quem quer que seja! Eu sou do jogo cênico, gosto de trocar atuando. E até hoje, têm sido ótimas experiências.
LOFF Fale sobre a sua atuação na novela “No Rancho Fundo”.
TL Estou vivendo um dos momentos únicos na história da telenovela brasileira, nunca antes tantos personagens voltaram numa mesma novela. O retorno de Vespertino foi um presente e a confirmação de que havíamos realizado um ótimo trabalho em “Mar do Sertão”. Um privilégio para qualquer ator poder revisitar um personagem e dar vida novamente a um corpo já criado. Mas não entrei com a sensação de que o jogo já estava ganho, muito ao contrário, tive que colocar uma lupa na versão já criada e me esforçar para deixar o personagem ainda mais interessante.
LOFF Pode nos dizer quais são os seus projetos pós-novela?
TL Estou colocando o meu monólogo “Suçuarana” pra circular no final de outubro, esse espetáculo é resultado do meu Mestrado em Teatro pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. O meu grupo de teatro acabou de ser contemplado no Rumos Itaú Cultura 2025, para uma nova montagem. No audiovisual ainda estamos na fase de especulações!
Tulio Starling
L’OFFICIEL HOMMES Pode nos contar como foi a sua estreia na dramaturgia?
TULIO STARLING Na prática, foi no primeiro dia de aula de teatro na escola, que na real era o segundo dia, porque no primeiro eu não fui, pois tinha que ir ao dentista. Mas também teve uma corrida que eu dei, que lembro até hoje, de dentro da coxia pra poder entrar pulando muito alto no palco com meu corpinho de moleque de 13 anos, na cena inicial da peça que apresentei.
LOFF Quando se percebeu artista? E como foi a sua jornada até o momento?
TS Acho que tem vários momentos. Tem o momento que você entende que as suas invenções de menino podem ser chamadas de arte, o instante em que você tecnicamente se vê capaz de inventar coisas com as suas próprias elaborações e metodologias, e vários períodos em que você percebe na sua vida financeira, social, afetiva e política, dinâmicas que se dão porque você vive do seu trabalho de artista, das elaborações criativas que você projeta no mundo por um desejo inarredável de fazer isso. Esses momentos são diversos e contraditórios. Mas são iluminados pela criança lá do início, que inventava sem saber exatamente que aquilo se chamava arte.
LOFF Ao longo da carreira, quais são os seus principais personagens?
TS São todos meus amigos, vai ter quem fique enciumado. Mas posso citar o Abelardo II e Totó-fruta-do-conde de “O Rei da Vela”, do Teatro Oficina, o Dionísio da série “Vicky” e a Musa e o Simão de “Hit Parade”, o Fred do filme “A Porta Ao Lado”, o Chico de “Pantanal” e o Artur de “No Rancho Fundo”.
LOFF Com quem ainda gostaria de dividir a cena?
TS Isso aí é igual soltar uma criança numa sorveteria e falar pra ela que ela pode pegar o que quiser. Como tem gente que admiro e que gostaria de trabalhar nesse Brasil! Mas vou citar duas pessoas, uma é muito minha amiga, mas faz muitos anos que a gente não trabalha junto, que é a Mirella Façanha. Ela é uma das protagonistas do novo filme da Juliana Rojas, “Cidade; Campo”. A outra eu vi no teatro no início dos anos 2000, e sempre vejo tudo o que ela faz, que é a Grace Passô.
LOFF Fale sobre a sua atuação na novela “No Rancho Fundo”.
TS Artur é um herói cuja jornada é para dentro do próprio coração. Talvez todos os heróis sejam assim. Mas o território que ele explora, onde ele se perde e se encontra, é o próprio coração. Ele tem pedras preciosas para encontrar nesse lugar. Quinota é uma luz que faz o caminho das pedras brilhar.
LOFF Pode nos dizer quais são os seus projetos pós-novela?
TS Descansar.
ALLAN FITERMAN – Diretor
L’OFFICIEL HOMMES Pode nos contar como foi a sua estreia na dramaturgia?
ALLAN FITERMAN Comecei a carreira no audiovisual pelo cinema. Na época, morava em Los Angeles e os meus primeiros trabalhos foram curtas-metragens como diretor e fotógrafo. “Living the Dream” foi o longa de estreia que dirigi, rodado em 2005.
LOFF Como foi a sua jornada até o momento?
AF Quando tinha 24 anos fui morar nos Estados Unidos, para fazer um mestrado em cinema e televisão. Depois disso, comecei a dar aulas de direção e fotografia na New York Film Academy, de Los Angeles. Em paralelo, dirigia e fotografava cinema independente. Em 2008, fui convidado para vir dirigir na TV Globo e, desde então, venho fazendo novelas e séries.
LOFF Ao longo da carreira, quais são os seus principais trabalhos?
AF No cinema, considero meu longa-metragem “Berenice Procura”, baseado no livro de Luiz Alfredo Garcia-Roza, o meu trabalho mais autoral. Na televisão, colaborei com diversos trabalhos que me orgulho muito, entre os quais estão “Verdades Secretas”, “Cheias de Charme”, “A Força do Querer”, “Louco por Elas”, “Quanto Mais Vida, Melhor!”, “Mar do Sertão” e, atualmente, “No Rancho Fundo”.
LOFF Com quais atores/autores ainda gostaria de trabalhar?
AF Ainda não tive a honra de trabalhar com Adriana Esteves e Fernanda Torres, atrizes que admiro. Autores são muitos que ainda gostaria de trabalhar, mas poderia citar George Moura, Lucas Paraizo, Adriana Falcão, João Emanuel Carneiro, Rosane Svartman, Raphael Montes, entre outros. Repetir a parceria com o Mario Teixeira também seria ótimo.
LOFF Fale sobre a novela “No Rancho Fundo”.
AF “No Rancho Fundo” é mais um presente que Mario Teixeira me deu. Há três anos (desde “Mar do Sertão”), que vivo dentro do universo criado por ele e, sinceramente, será muito difícil sair. O texto fabular, cheio de poesia, me inspira todos os dias.
LOFF Pode nos dizer quais são os seus projetos pós-novela?
AF O que posso adiantar é que um novo projeto está em desenvolvimento, ainda não posso dar mais detalhes, mas no momento certo o público vai conhecer.
MARIO TEIXEIRA – Autor
L’OFFICIEL HOMMES Pode nos contar como foi a sua estreia na dramaturgia?
MARIO TEIXEIRA Carregador. Explico: tinha 20 anos e fui mostrar uma sinopse a Walter George Durst, que, na época, era um dos responsáveis pela Casa de Criação Janete Clair, em São Paulo. Era uma reunião em sua casa. Cheguei cedo demais, ele estava de saída para a feira e eu o acompanhei. Depois, fui seu colaborador. Ele gostou da minha ajuda.
LOFF Como foi a sua jornada até o momento?
MT Trabalhei na extinta TV Manchete, onde assisti à derrocada de uma emissora; trabalhei também na TV Cultura e no SBT; e finalmente cheguei à TV Globo, de onde nunca mais saí. Também ganhei prêmios pelos meus livros, como o Jabuti e o Fundação Biblioteca Nacional.
LOFF Ao longo da carreira, quais são os seus principais trabalhos?
MT Dos projetos solo, gosto muito de “Liberdade, Liberdade” (2016), e de “Mar do Sertão” (2022). Cada um deles tem a minha identidade, são representativos do jeito que faço televisão e do meu modo de ver o mundo. Mas o gosto vai se atualizando. No momento, minha preferida é “No Rancho Fundo”.
LOFF Com quais atores/diretores ainda gostaria de trabalhar?
MT Diretores gostaria de trabalhar de novo com o Allan Fiterman, com Carlinhos Araújo e com o José Luis Villamarim, que é meu chefe agora. Sobre os atores, essa pergunta é capciosa, no sentido mais variado, pois seguramente vou esquecer alguém. Arrisco-me a magoar amigos e colegas aqui, mas adoraria repetir a parceria com Andrea Beltrão, Debora Bloch, o Alexandre Nero, Kike Diaz, Mariana Lima, Larissa Bocchino, Túlio Starling, Zé Loreto… São tantos…
LOFF Fale sobre a novela “No Rancho Fundo”.
MT “No Rancho Fundo” é uma história brasileira, tirada do fundo da minha alma e da minha ancestralidade nordestina, pois sou filho de pai cearense e mãe roraimense. A história é a aventura de uma família ingênua, que passa por uma educação sentimental ao longo da trama. Para os protagonistas, é uma história de formação.
LOFF Pode nos dizer quais são os seus projetos pós-novela?
MT Eu queria mesmo era tirar férias. Vamos ver se o Villa deixa…