Gabriel Gontijo fala sobre moda e influência com a L'Officiel Hommes

Hoje, compartilhando o lifestyle e o know-how de moda em todas as suas redes sociais e já com vasta expertise na área, ele conta sobre o começo de tudo. “Tive vontade de criar um blog em 2013, depois de ter contato com blogueiras nacionais e internacionais, mas não sabia como postar, qual seria a frequência do conteúdo, como monetizar e se aquilo se tornaria uma carreira de verdade. Mas tudo foi se desdobrando organicamente, sem pretensão.” Porém, apesar de ter sido natural, Gontijo soube exatamente onde queria estar. Desde quando trabalhava em uma agência de publicidade na capital mineira, ele já pensava que o seu próximo destino seria São Paulo. “Depois que saí da agência, fui para uma marca de moda de BH, e foi ali que comecei a ter contato com produção, criação e campanhas. Foi quando tive a certeza de que queria construir carreira na área.” A época coincidiu com o boom do Snapchat – rede em que Gabriel teve a sua ascensão – e, então, em 2016, deu adeus à terra do pão de queijo e mudou-se de vez para Sampa. Ainda que rolassem inseguranças, ele começou a frequentar as semanas de moda, os eventos badalados e fez os investimentos necessários, uma vez que, segundo ele, “O segmento de luxo masculino no Brasil é excepcionalmente contido e tímido”. Falando com propriedade, Gabriel avisa que o seu closet vai do básico ao fashionista dependendo do humor, e que não busca referências em ninguém especificamente para montar os visuais que desfila por aí; mas revela que as macrotendências vão aparecendo e ele seleciona apenas as que lhe interessam. Aliás, o influencer conta que já passou da fase das produções supercriativas e que hoje prefere um bom jeans combinado arrematado por camiseta, o famoso menos é mais – no caso, o “mais” são os acessórios, itens chaves para o resultado final das suas composições. “Acho que os complementos certos trazem luz para um look que é uma tela em branco, seja uma bolsa ou um par de sapatos. Decidi fazer um armário mais prático no quesito cores e estampas, pois, assim, quando tenho que escolher, não vira um momento mentalmente desgastante.” Apesar de estar habituado com a internet e de tê-la como seu escritório, ele assume que, diferentemente dos mais jovens, ele ainda tem algumas ressalvas com o TikTok. “Sinto um pouco de dificuldade de entender a sua interface. É tudo muito rápido. É claro que temos nomes importantes que surgiram ali, o que é interessante, mas acho que temos que ter cuidado. Tento sempre pontuar que o que eu posto, crio e divulgo é uma parcela pequena da minha vida. Existe o Gabriel da web e o Gabriel da vida real. Faço questão de manter os princípios que os meus pais me ensinaram, tenho proximidade com a minha família, cultivo antigas amizades, apesar de ter 32 anos (posso me considerar jovem, mas um jovem adulto), o que aprendi, segue comigo. Sou grato pelos valores éticos que me foram ensinados e de saber que ter um porto seguro morando numa cidade grande é o que traz tranquilidade.”