L'Officiel Hommes Brasil: É preciso saber viver!
A nova edição vem repleta de moda, lifestyle, entretenimento e uma percepção profunda das diferentes questões do mundo, dando voz a quem precisa ser ouvido e contemplando a elegância mais racional e conectada com as questões contemporâneas.
Você já ouviu falar que um homem depois dos 40 anos fica ultrapassado, sem chance de se realizar profissionalmente, se não tiver atingido o ponto máximo da sua carreira até essa idade? Pois bem. Pode ser surpreendente, mas é assim que muita gente pensa (...)” – embora o texto seja atualíssimo, ele foi escrito para uma peça publicitária, criada por Washington Olivetto, em 1974 – e premiada em Cannes com o Leão de Ouro. Desde então, já se passaram quase cinco décadas e o preconceito etário só aumentou.
Aquele Brasil jovem, moldado como o “país do futuro”, na verdade envelheceu. Só entre 2010 e 2020, a população com mais de 65 anos cresceu 41%. Então, qual é a razão para boa parte das pessoas ainda se prender a estereótipos cafonas? A turma que sobreviveu à psicodelia dos anos 1970 e aos transloucados anos 1980 não decepcionaria com caretices. Quem chegou até aqui, exibe mente aberta, corpo bem cuidado, sex appeal e, claro, experiência. E esta edição da L’Officiel Hommes é justamente sobre romper padrões, sejam eles etários, de gênero ou de sexualidade. A história se escreve com protagonistas reais, com o calor de uma Susana Vieira, diva em seu sentido mais literal, com a candura de Roberto Carlos, sujeito simpático, simples e cheio de dores humanas ou com o looping de altos e baixos que uma artista do quilate de Paulette Pink vivenciado apenas por ela ser travesti. Se de um lado há narrativas consolidadas, do outro sobram as chances de se reinventar, de mudar as prioridades ou de encontrar outros propósitos.
Gabriel David, Victor Collor e Wendy Andrade trazem n’alma a coragem da juventude, o ímpeto da transformação e os sonhos de quem quer se distanciar dos feitos de seus antecessores. Susana veio a São Paulo para ser fotografada por Fernando Louza, num domingo nublado. Estava radiante para estampar a sua “primeira capa em uma revista masculina”. Posou deslumbrante, chique, sensual – exatamente como ela é. Gabriel também voou do Rio de Janeiro para Sampa, em mais uma tarde chuvosa, para a sua avant- première no mundo da moda sob o olhar artístico de Bob Wolfenson. Wendy, mais um carioca em rápida passagem pela capitalpaulista, juntou-se ao amigo Victor Collor para expor o lifestyle cult. E lá fomos nós clicar na Biblioteca George Alexander, no Mackenzie. O rei Roberto não modelou – há mais de uma década ele não se permite fotografar fora dos palcos. Ainda assim, para convencê-lo a aparecer na capa da L’Off foi preciso fazer o caminho inverso: tomar o avião rumo ao Rio, encarar mais de duas horas de ônibus até Búzios, assumir um dress code dentro da sua paleta de cor favorita e emanar energias positivas. Naquele encontro, finalmente entendi Belchior. “Nós ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais.” No fim, pouco importa qual é a definição do “fashion style”, porque ter Roberto Carlos, mesmo trajado no seu modelito símbolo e com um buquê de rosas a tiracolo, o que vale é saber que ele viu algo de interessante na publicação. E Roberto é soberano!
@LOFFICIELHOMMES | @PATRICIAFAVALLE
Esta edição da L’Officiel Hommes é justamente sobre romper padrões, sejam eles etários, de gênero ou de sexualidade.
A nova L’Officiel Hommes pode ser encontrada nas bancas de todo o Brasil, e também nos aplicativos do GoRead, Bancah, Claro Banca, Pressreader e Revistaria S.