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Olimpíadas 2024: Guilherme Schimidt tem tudo para brilhar em Paris

Olhe para frente! Praticante da modalidade que mais trouxe medalhas ao Brasil, o judoca Guilherme Schimidt tem tudo para brilhar nas Olimpíadas de Paris 2024!

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Foto: Divulgação

Aos nove anos, Guilherme Cesar Schimidt deu os passos iniciais no tatame. A ideia de matricular o menino no judô aconteceu depois que ele quebrou os dentes em uma brincadeira com o pai. “Eu era muito ‘arteiro’ e tinha energia de sobra. Então, numa viagem em família, acabei machucando-me e o meu pai disse que eu pra- ticaria judô para aprender a cair.” No retorno para casa, ele ingressou no projeto social do Futuro, que acontecia no Sesi de Ceilândia, no Distrito Federal. “Gostei do judô desde o começo”, diz. Aos 23 anos, Guilherme mora em Belo Horizonte, onde treina no Minas Tênis Clube e faz parte do Programa Atletas de Alto Rendimento (PAAR), criado pelo Ministério da Defesa. Ele, que ocupa a quarta posição no ranking mundial da modalidade (categoria até 81 quilos), conta que tem três referências no esporte. “Ketleyn Quadros, primeira mulher a conquistar uma medalha olímpica em esporte individual, Luciano Corrêa, que já foi campeão mundial e tem duas participações em Jogos Olímpicos e Erika Miranda, multimedalhista em mundiais, são inspirações para mim, pois eles também saíram de Brasília em busca dos seus sonhos”, endossa.

O judoca fará a sua estreia oficial em Olimpíada este ano – embora tenha viajado para Tóquio com a delegação, ele desempenhou o papel de “sparring”, que tem como função auxiliar no aquecimento dos demais competidores. “Mas para mim serviu como vivência”, conta Guilherme, que prossegue: “Faço uma campanha muito boa no ciclo de Paris desde que entrei no top 5 do ranking. Tenho conseguido manter resultados positivos no circuito mundial e até venci alguns campeões, incluindo o atual campeão olímpico da minha categoria”.

Por sinal, o atleta sabe que a sua divisão (meio-médio) é a mais disputada do judô, e considera como rivais para o ouro os esportistas da Geórgia, Coreia do Sul, Japão e Bélgica. “Como a minha expectativa é sair de lá com uma medalha, intensifiquei os treinamentos. De segunda-feira a sábado, luto de duas a três vezes por dia.” Schimidt sabe que viver do esporte no Brasil não é tarefa fácil. “Muitos jovens promissores abandonam a atividade física por falta de incentivo. Ser atleta de alto nível depende de investimentos com alimentação, local adequado para os treinos e participação em grandes torneios.” Mas se nem as dificuldades desviam o jovem de suas metas, Paris pode consagrar um novo campeão.

 

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