L'Officiel Hommes Brasil #33: Surreal é ser básico!
A nova edição da L'Officiel Hommes Brasil está imperdível e recheada de Moda, Cultura, Luxo e Beleza. Confira um preview do que esperar!
SERIA REAL OU SOMENTE UM DEVANEIO?
Quando esta edição começou a ser planejada, havia uma enorme vontade de reinterpretar alguns cenários oníricos do cineasta norte-americano Wes Anderson. O diretor de “Os Excêntricos Tenenbaums”, “O Grande Hotel Budapeste”, “Moonrise Kingdom” e “A Incrível História de Henry Sugar” gosta de dizer que a exclusividade da criatividade precisa ser desmistificada. “Roube como um artista – não se limite a roubar o estilo, roube o pensamento por trás do estilo. Você não quer parecer os seus heróis, você quer ver como eles”, diz. E lá fomos nós, despidos de pudores e pautados pelas referências que pinçamos das obras de Anderson para compor o enredo do ensaio protagonizado pelo ator Bruno Montaleone. Em pele de gente extravagante, ele transforma a pequena sala de cinema em um local de filosofia – onde a arte transborda a contemplação e os olhos não são necessários para enxergar as obviedades. É como se Henry Sugar pudesse saltar da ficção para o seu momento carne e osso. Ainda sob o efeito lisérgico das ideias de Wes, fizemos uma pausa em Paris.
Na capital francesa registramos os caminhos do influencer Fellipe Carlo, que sempre desembocam numa encruzilhada fashion. Então caímos de amores pela androginia – e quisemos mais e mais e mais. Hora de fazer outra parada (curta) e tomar um gole de ayahuasca. E, de repente, estamos desbravando o turismo xamânico no Peru, admirando as telas pitorescas de Renato Rios, ouvindo o som hipnótico do bruxo Hermeto Pascoal e abrindo a mente com a novíssima galeria Galatea, em Salvador. Uma viagem que o guru do LSD, Timothy Leary, ousaria (e adoraria) fazer. Nesta jornada ainda há uma dobra de tempo que permite conferir as esculturas apocalípticas de Álvaro Naddeo, passear de braços dados com Johnny Massaro, folhear as páginas de “Memórias Póstumas de Braz Cubas”, batucar numa manhã de domingo com Péricles, “dropar” o skate desenhado por Pharrell Williams, torcer por um futebol de caras, bocas e camisas icônicas e experimentar as invenções sem casualismos do chef Ivan Ralston, do Tuju. Por aqui, nada é inequívoco; nada é mais do mesmo. É como diria Leary – de quem também nos apropriamos –, “confie em seus instintos e faça apenas o inesperado”.
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