Príncipe Harry é acusado de assédio e intimidação por ONG
Príncipe Harry sofre acusações de instituição que continua o trabalho iniciado pela Princesa Diana no combate à Aids na África
Neste domingo (30.03), Príncipe Harry, 40, sofreu sérias acusações de “intimidação e assédio” pela presidente de uma ONG (Organização Não Governamental) cuja atuação acontece na África. O filho mais novo do rei Charles III cofundou a organização, mas se afastou depois de um conflito interno há pouco tempo.
Até agora, Harry era patrono da ONG Sentebale. O compromisso, segundo o portal Isto É, era um dos poucos que restaram após o afastamento do Duque de Sussex em 2020 da realeza britânica.
Na última terça-feira (25.03), o ex-monarca havia afirmado à imprensa internacional que estava “devastado” por deixar a organização, depois de um embate entre os administradores e a presidente do conselho de administração, Sophie Chandauka cuja nomeação ao cargo aconteceu em 2023. Segundo o portal CNN Brasil, a decisão foi tomada com o cofundador da Sentebale, o príncipe Seeiso de Lesotho, em "solidariedade" aos cinco membros do conselho que também renunciaram aos seus cargos.
Chandauka também sofreu acusações por má gestão pelos membros do conselho administrativo que pediram a sua renúncia. Ainda de acordo com o portal de notícias brasileiro, o caso foi encaminhado ao tribunal. A administradora alega Harry difundiu "informação prejudicial para o grande público sem informar nem a mim, nem a meus diretores nacionais, nem a meu diretor-executivo", disse ela à Sky News, em entrevista que será exibida integralmente neste domingo (30.03). "É um exemplo de assédio e intimidação em larga escala", frisou ela.
Ela também o acusou de unir forças para forçá-la a deixar o seu cargo na organização. “O que o príncipe Harry queria fazer era me expulsar e isso continuou por meses. Durou meses, na forma de intimidação e assédio”, disse ela que também afirma que possui provas que fundamentam as suas alegações. O site tentou entrar em contato com o príncipe, mas, até o momento, não teve sucesso.
De acordo com informações divulgadas pelo site Isto É, há uma fonte anônima próxima aos administradores. Mencionada pela BBC, a equipe estava “esperando” o que descreveram como um “golpe publicitário” inventado por Chandauka.
Neste caso, a administradora supostamente denunciou uma cultura do “silêncio” que ocorre na organização, incluindo membros do conselho relutantes em falar contra o duque de Sussex ou abordar outros pontos de vista sobre questões internas.
A denunciante do caso também mencionou a perda de vários doadores que colaboravam com a ONG ao longo dos anos. O fato, segundo Chandauka, foi atribuído, com documentos comprobatórios, à saída do príncipe Harry do Reino Unido há quase cinco anos. Neste contexto, ela também falou sobre a decisão do príncipe em levar uma equipe de filmagem da plataforma Netflix, com a qual ele tem um contrato muito lucrativo, segundo ela, para a arrecadação de fundos do ano passado, que ocorreu durante uma partida de polo.
Segundo imagens da produção, descritas pela denunciante, há uma cena estranha entre a presidente da organização e Meghan Markle no momento em que quiseram segurar o troféu no palco. Após o episódio, Chandauka disse que recebeu instruções imperativas de Harry sobre o que fazer. “[Ele] me pediu para fazer uma declaração em apoio à duquesa”, disse ela.
No entanto, Kelello Lerotholi, ex-presidente do conselho, disse ao portal Sky News que nunca testemunhou a cena descrita que envolve o ex-membro da realeza britânica. “Posso dizer, honestamente, que, nas reuniões das quais participei, nunca houve o menor indício disso”, afirmou ele ao portal de notícias britânico.
Lynda Chalker, que foi membro do conselho de administração da organização beneficente africana por quase duas décadas, afirmou ao jornal The Times que o estilo de Chandauka era “quase ditatorial”.
Harry foi cofundador da ONG Sentebale aos 21 anos de idade, e deu continuidade ao trabalho de sua mãe, a falecida princesa Diana. A dama da realeza é muito lembrada por todos pelos projetos sociais com os quais se envolvia no combate à aids. A Sentebale trabalha com crianças e jovens que se tornaram órfãos devido à epidemia de aids no Lesoto, país pequeno e pobre próximo à África do Sul, e em Botsuana.