Príncipe Harry terá seus documentos de imigração revelados
Príncipe Harry enfrenta dificuldade para visto americano devido à declaração polêmica no passado
Há algum tempo, os documentos referentes à imigração de Príncipe Harry, 40, tem chamado a atenção do mundo. Neste domingo (16.03), o portal Sky News divulgou que a papelada deve ser divulgada até a próxima terça-feira, 18 de março.
Como parte de uma solicitação da Lei de Liberdade de Informação, o juiz responsável pelo processo, Carl Nichols, pediu para que os documentos relacionados ao pedido de visto dos Estados Unidos do Príncipe Harry sejam divulgados. O pedido foi apresentado pelo grupo de estudos conservador americano chamado Heritage Foundation. A organização alega que Harry pode ter ocultado o uso de substâncias nocivas à saúde no passado. Isso seria motivo para desqualificá-lo para obter o visto americano.
Nichols pediu ao Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos que divulgasse uma versão redigida dos documentos até esta terça-feira, 18 de março, segundo informações contidas nos autos do processo datado de 15 de março obtido pelo portal Sky News.
No entanto, em setembro do ano passado, o mesmo juiz disse que não havia interesse público pelos registros de imigração de Harry. Mesmo assim, a Heritage Foundation queria que o julgamento fosse alterado.
A organização levantou um questionamento acerca da entrada de Harry nos Estados Unidos, em 2020, depois que o Duque de Sussex fez referência ao uso de cocaína, maconha e outras substâncias em seu livro O que sobra, lançado em 2023. Na obra autobiográfica, Harry disse que a cocaína "não fez nada por mim" e ainda acrescentou: "A maconha é diferente, isso realmente me ajudou". Segundo informações divulgadas pelo portal Us Weekly, em entrevista ao programa 60 Minutes Australia, durante a divulgação da obra, Harry revelou que fez uso de substâncias para ajudar a enfrentar o luto pela morte da mãe. A Princesa Diana morreu em um acidente de carro em Paris em 1997, quando Harry tinha 12 anos.
Eu nunca recomendaria que as pessoas fizessem isso como forma de recreação”, disse Harry durante a entrevista na época. “Mas fazer isso com as pessoas certas, se você está sofrendo por uma grande de perda, tristeza ou trauma, então essas coisas têm uma maneira de funcionar como um remédio”, confessou ele durante a entrevista ao programa.
Neste cenário, a Heritage Foundation também alega que as respostas sobre o uso de entorpecentes, em seu pedido de visto, podem abalar a integridade do governo americano.
Apesar de recusar o pedido anterior, os advogados do Departamento de Segurança Interna concordaram em divulgar os formulários redigidos por Harry em fevereiro. "Especificamente, o réu proporia redigir todas as informações nesses itens que revelariam o que o Tribunal determinou que o réu pode reter", escreveu o advogado do departamento, John Bardo, no processo em questão.
Em fevereiro, o presidente Donald Trump descartou deportar Harry dos Estados Unidos. "Vou deixá-lo em paz", disse a autoridade ao The New York Post.
Voo da Liberdade
Harry mora em Montecito, na Califórnia, com sua esposa, Meghan Markle, príncipe Archie, seu filho mais velho, desde 2020 e a princesa Lilibet que nasceu um ano depois.
Em janeiro, fãs da realeza celebraram o aniversário do chamado “voo da liberdade” do casal. O primeiro voo saiu da Ilha de Vancouver, no Canadá, onde moraram, para Los Angeles. Em território americano, eles se hospedaram na casa de Tyler Perry antes de comprarem sua propriedade em Montecito. O episódio marcou o início de uma nova fase da vida do casal após a renúncia aos deveres reais e a concretização da decisão de se manterem financeiramente independentes a partir de 2020.
“São 6 da manhã do dia 14 de março e estamos no voo da liberdade. Estamos deixando o Canadá e indo para Los Angeles”, disse Harry em uma gravação que ressurgiu recentemente em uma página de fãs da realeza. A primeira vez que a filmagem foi a público aconteceu na exibição da série documental Harry & Meghan, da plataforma Netflix, em 2022.
O portal americano Us Weekly afirmou que entrou em contato com representantes do Duque de Sussex e do Departamento de Segurança Interna para manifestação. No entanto, até o momento, não há resposta.