Fabi Malavazi se inspira em experiência budista para novas joias
De dentro para fora! Resultado de um retiro de meditação budista, a nova coleção de Fabi Malavazi é o reflexo do que a joalheira viu e sentiu em um jardim. Confira todos os detalhes e apaixone-se!
No fim do ano passado, Fabi Malavazi cumpriu mais um retiro budista. Dessa vez, na vila Albagnano, no norte da Itália. Entre uma meditação e outra, a joalheira conta que adorava se refugiar em um pequeno jardim ensolarado. Dos insights vindos dessa conexão com a natureza surgiu sua nova coleção. Chamada de Florescer, traz pela primeira vez uma variedade de pedras coloridas arrematando o ouro amarelo fosco e escovado, como reflexo da profusão de flores e animais que ela encontrou no refúgio bucólico.
Outra influência para a coleção veio do tema do retiro, a divindade Tara Verde, um buda feminino que simboliza sabedoria e cuja representação inclui muitas joias. “Tenho conexão com ela”, comenta Fabi, acrescentando que a ida a um retiro sempre significa uma busca por transformação. Essa materialização nas joias pode ter vindo pelo acréscimo das gemas: turmalina rosa, safiras vermelhas, laranja e amarelas, e rubis, além de diamantes – ela utiliza prioritariamente ouro em seu trabalho. São 20 peças entre colares, brincos e anéis. Estes, para serem usados agrupados ou sozinhos.
Delicadas e poéticas, as joias de Fabi são desenhadas por ela e criadas manualmente, com destaque para as pequeninas esculturas em 3D, feitas em moldes de cera: são magnólias e orquídeas, andorinhas, borboletas e abelhas que “pulam” das peças. Esse é um universo familiar à joalheira, que descreve o DNA da marca homônima como botânico. Isso porque a natureza tem sido sua principal fonte de inspiração, ainda que a palavra tenha peso no seu processo criativo. Os anéis com nomes escritos em letra cursiva são um sucesso desde o início do ateliê, que neste mês de agosto completa 15 anos.
Ex-publicitária, Fabi Malavazi entrou na joalheria pelo viés infantil. Sua primeira criação, uma formiga, foi para a sobrinha que estava prestes a nascer. Depois, se aprimorou no curso do Istituto Europeo de Design e com o joalheiro Gilberto Mazzoti. “As joias surgiram pela necessidade de uma expressão criativa”, analisa Fabi. Segundo ela, suas peças mais bonitas vêm de momentos verdadeiros de inspiração, que chama de recortes de vida. “Faço duas coleções por ano e quando olho para elas sei exatamente o que estava acontecendo comigo”, avalia, acrescentando que prefere não pensar comercialmente quando está gestando uma nova coleção. Algo como não pensar em joia quando está criando uma joia.
Para comemorar a data, planeja fazer encontros no ateliê convidando clientes e amigas para bate-papos informais sobre temas variados, de livros a questões quase existenciais. “O espaço é pequeno, o atendimento é com hora marcada. Por isso quero juntar pessoas. Penso que pode ser um movimento interessante nessa era digital.”