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Caetana Metsavaht e Guilherme Boavista abrem a porta do apartamento

Jovens e descolados, Caetana Metsavaht e Guilherme Boavista abrem a porta de seu apartamento, uma obra em construção, em Ipanema

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O janelão na altura das árvores traz a natureza para dentro do apartamento e pesou na decisão da compra - Foto: Pedro Gaspar

Uma tela em branco a ser preenchida aos poucos, com memórias, achados, desejos. Assim é o lar de Caetana Metsavaht e Guilherme Boavista. Duas cabeças fervilhantes, cheias de ideias e conceitos, que aos poucos vão tomando corpo no apartamento que escolheram para morar. Voltando um pouco no tempo: eles se conheceram e se apaixonaram em Nova York, onde ambos passavam uma temporada de trabalho. Casaram-se em 2024, em uma cerimônia no jardim da casa construída pelo avô da noiva no fim dos anos 1960, em Búzios.

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Caetana Metsavaht e Guilherme Boavista - Foto: Pedro Gaspar

Inquietos, ambos acumulam afazeres. Ela é diretora de conceito e marca do Janeiro Hotel e também dá expediente na área de comunicação e estilo da Osklen. Ele atua como empresário – tem três empresas –, é diretor criativo à frente do estúdio de design Aparelho e presta consultoria gastronômica ao Janeiro Hotel. Carioquíssimos, carregam um lifestyle cheio de referências da capital fluminense, mas também do mundo, que exploram com frequência. Depois de morar um tempo junta, a dupla decidiu escolher uma casa para chamar de sua. “O que chamou atenção foi que a planta desse apartamento era muito boa para o projeto que tínhamos em mente”, lembra Guilherme. Já Caetana ressalta que o que fez com que se apaixonassem pelo imóvel foi o fato de ele estar no terceiro andar com janelão na altura das árvores. “Uma delícia!”

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Cristaleira feita sob encomenda em Bichinho (MG) - Foto: Pedro Gaspar

Ipanema, o bairro escolhido, encanta o casal: “Estamos perto de tudo, mas temos essa natureza que invade a casa. Passarinhos entram direto na sala”, diz a proprietária, e seu marido lembra: “Outro dia uma águia imperial pousou aqui na frente. Nunca tinha visto isso”. 

"VIAJAMOS PARA várias cidades PROCURANDO MÓVEIS. (...) GARIMPAMOS BASTANTE, E SEMPRE restauramos ou ADAPTAMOS AS PEÇAS AO nosso estilo

CAETANA METSAVAHT

Os 230 metros quadrados do apartamento passaram por uma boa repaginada antes de os novos proprietários entrarem. O projeto é assinado pelo arquiteto Antônio Machado, amigo de infância de Guilherme. “Foram 11 meses de obra. Compartilhamos com o Antônio várias coisas que faziam parte do nosso momento e do universo da nossa relação. E ter um amigo materializando isso poderia ser um problema, mas acabou sendo ótimo. Ele complementou muito a gente nesse lado arquitetônico”, conta. “Do projeto antigo, mantivemos o piso e uma porta corta-fogo que dá para a despensa. Fizemos um conceito aberto, com sala de estar e jantar”, explica Caetana. Para manter certa privacidade entre a sala e a cozinha, foi instalado um grande painel ripado de madeira maciça, que adicionou charme e acolhimento e se tornou um dos pontos altos do ambiente.

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Caetana em um dos cantos favoritos do casal: o banco com azulejos de Brennand - Foto: Pedro Gaspar

Aliás, toda a parte de marcenaria, que tem destaque no projeto, também vem com a assinatura de Antônio Machado, com momentos a quatro mãos com Guilherme, que explica: “Como trabalho com direção criativa e design, sou um entusiasta e gosto de participar do processo”. Caetana endossa: “Ele é bem estudioso e se envolve 100% no assunto. Já eu tinha pavor de vir na obra (risos)”.

A dupla concorda que o lar é uma obra em constante evolução. Por essas e outras, mudaram-se com a reforma ainda em andamento. “A gente queria ir entendendo e sentindo o que era realmente importante para nós. Não tínhamos sofá, até hoje não temos cama”, diverte-se a diretora de conceito e marca do Janeiro Hotel.

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O quarto do casal, ainda sem cama - Foto: Pedro Gaspar

No quesito decoração, o casal segue o mesmo lema de ir preenchendo os espaços aos poucos e imprimindo seu DNA em cada peça, em um mix de contemporâneo e vintage. Na cozinha, destaque para a cristaleira feita sob encomenda em Bichinho, em Minas Gerais. “Viajamos para várias cidades procurando móveis. Nossa mesa de jantar, encontramos em um antiquário de Jaú, no interior de São Paulo. Garimpamos bastante, e sempre restauramos ou adaptamos as peças ao nosso estilo”, conta Caetana. “Temos um banco na sala que fica embaixo do janelão e atravessa a parede até nosso quarto, que foi feito com azulejos antigos do Brennand, encontrados no Cemitério dos Azulejos. Cadeiras que eram da minha avó, com tecidos antigos, convivem com nosso sofá verde-limão. Podemos dizer que é um estilo de contrastes, uma casa tropical, de certa forma.” 

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O quarto do casal, ainda sem cama - Foto: Pedro Gaspar

Algumas obras de arte permeiam os ambientes. É o caso de uma tela de Janaina Tschäpe, uma de Zé Tepedino, outra de uma artista que eles conheceram em Trancoso. “A gente escolhe o que gosta, independentemente de ser alguém famoso ou não. Gostamos de trazer coisas de viagens. Enfim... sem pressa de terminar porque pretendemos ficar muito tempo por aqui”, diz Guilherme. E qual o canto favorito dos dois? Ambos concordam que é a cozinha e também o banco que ocupa toda a extensão da janela: “Adoramos a vista, por isso costumamos ficar ali. Como ele é largo, dá para deitar”, diz Guilherme.

No dia a dia, eles são superativos. Caetana curte madrugar. “Acordo muito cedo, umas 5h30 da manhã. Aí fico ali na cozinha, tomo um chá, como alguma coisa antes de ir para a ginástica. Volto, tomo um banho e vou para o trabalho. A gente janta junto quase todos os dias. Cozinha, pede delivery.” Guilherme costuma levantar por volta de 7h30. Não come muito e vai se exercitar. “Ando aficcionado pelo vôlei de praia. Também gosto de correr. Volto e vou fazer minha primeira reunião lá pelas 9h.” A bicicleta é seu meio de transporte para se deslocar para o escritório em Botafogo e, em alguns dias da semana, para o Janeiro Hotel. 

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O mix de vintage e contemporâneo - Foto: Pedro Gaspar

Em meio a uma rotina profissional intensa, quando conseguem um tempinho livre gostam de desacelerar na serra fluminense ou em Búzios. Costumam viajar pelo país e para fora também, muitas vezes a trabalho. Por essas e outras, a lua de mel ficou para abril deste ano. O destino escolhido não podia ser mais romântico. “Vamos para a Itália, mas o roteiro ainda não está fechado.” Planos: além do crescimento profissional, lembrando que ambos estão muito bem resolvidos nesse quesito, filhos estão na mira no curto prazo. “Queremos para logo”, sinaliza Guilherme, lembrando que um dos motivos para a escolha do apartamento onde vivem é que tem espaço para montar o quarto das crianças. “A ideia é ter dois ou mais”, revela Caetana.

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Detalhe dos breezes de madeira, ideia de Guilherme, e o quadro de Janaina Tschäpe - Foto: Pedro Gaspar

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