Ana Isabel de Carvalho Pinto afirma que o sucesso de um marketplace de luxo est&aacute; na an&aacute;lise do perfil do consumidor,&nbsp; e oferecer &oacute;timo servi&ccedil;o e log&iacute;stica eficiente

A empres&aacute;ria <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/moda/carol-bassi-e-shop2gether-armam-almoco-em-paris">Ana Isabel de Carvalho Pinto</a>, fundadora da <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/moda/shop2gether-leva-exposicao-de-colecao-para-o-pivo-arte-e-pesquisa">Shop2gether</a>, afirma que o sucesso de um <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/moda/de-chanel-a-gucci-conheca-5-plataformas-de-revenda-de-artigos-de-luxo">marketplace de luxo</a> est&aacute; na an&aacute;lise do perfil do consumidor e suas necessidades, e oferecer &oacute;timo servi&ccedil;o e log&iacute;stica eficiente.

O e-commerce no Brasil vai de vento em popa. Em 2023, as plataformas digitais movimentaram 196,1 bilh&otilde;es de reais, marcando um aumento de 4% em rela&ccedil;&atilde;o a 2022, quando o volume de neg&oacute;cios foi de 187,89 bilh&otilde;es de reais. Desde 2016, o e-commerce brasileiro mais que quintuplicou, segundo o Minist&eacute;rio do Desenvolvimento, Ind&uacute;stria, Com&eacute;rcio e Servi&ccedil;os, e a tend&ecirc;ncia &eacute; crescer mais. O n&uacute;mero de consumidores on-line chegou a mais de 87 milh&otilde;es de brasileiros, de acordo com a Ebit/Nielsen, uma das principais fontes de informa&ccedil;&otilde;es sobre o com&eacute;rcio eletr&ocirc;nico no Brasil. Esses n&uacute;meros mostram o vigor do setor, mesmo diante de desafios econ&ocirc;micos e mudan&ccedil;as nos h&aacute;bitos de consumo, com o e-commerce se consolidando como uma parte essencial do varejo brasileiro.

Mas n&atilde;o foi esse cen&aacute;rio que Ana Isabel de Carvalho Pinto encontrou em 2012, criou a Shop2gether, hoje uma das principais plataformas de e-commerce de moda de luxo no Brasil, do qual &eacute; uma das fundadoras e diretora criativa. H&aacute; quase 13 anos no mercado, a Shop2gether oferece 450 marcas, 40 internacionais, sendo 20 delas comercializadas com exclusividade no pa&iacute;s &ndash; a mais recente aquisi&ccedil;&atilde;o do grupo &eacute; a polonesa Magda Butrin, que, segundo Isabel, representa uma mulher empoderada, mas ao mesmo tempo &uacute;nica, exclusiva, chique, diferente, como &eacute; o objetivo de venda da plataforma.

Diretora de marketing e cofundadora do Icomm Group e do Shop2gether, Ana Isabel tem papel fundamental na cria&ccedil;&atilde;o e curadoria da loja, fazendo com que o sistema operacional mantenha uma sele&ccedil;&atilde;o de marcas sofisticadas, tanto nacionais quanto internacionais, e que ofere&ccedil;a uma experi&ecirc;ncia de compra premium. Seu trabalho mistura inova&ccedil;&atilde;o, curadoria de qualidade e adapta&ccedil;&atilde;o ao gosto de quem entra no site &ndash; pontos essenciais para uma venda eficaz e satisfat&oacute;ria. Para o sucesso, ela afirma que &eacute; muito importante analisar o perfil do consumidor de moda nacional. Para isso, s&atilde;o tra&ccedil;ados perfis (chamados de clusters) a cada seis meses. Ou seja, existe um estudo profundo do consumo de moda de luxo para que as ofertas sejam certeiras.

Para a empres&aacute;ria, no mercado atual n&atilde;o d&aacute; para &ldquo;imaginar&rdquo; que tipo de produto o cliente espera encontrar em um site de venda. &Eacute; preciso ter certeza. Por isso, estudos que mapeiem a necessidade do comprador s&atilde;o essenciais. &ldquo;A gente tra&ccedil;a esses perfis e eles s&atilde;o revisitados a cada esta&ccedil;&atilde;o, a cada seis meses. E ainda confere esses retratos com base em uma pesquisa de macrocomportamento, de consumo e moda, que fazemos tamb&eacute;m semestralmente.&rdquo; Esta &eacute; a chave do neg&oacute;cio: identificar os desejos, as prioridades de compra e, ent&atilde;o, posicionar a empresa em um patamar que obede&ccedil;a &agrave;s linhas de servi&ccedil;o que o comprador deve encontrar em uma venda digital. Enquanto alguns marketplaces se desfizeram, o Shop2gether quer crescer mais e oferecer uma atividade digna de primazia. &ldquo;N&iacute;vel de servi&ccedil;o &eacute; o nosso grande diferencial. Antes de ser uma empresa de venda, uma varejista, n&oacute;s somos uma prestadora de servi&ccedil;o.&rdquo;

&ldquo;EXISTE, SIM, UMA conscientiza&ccedil;&atilde;o, existem, SIM, OS selos QUE CHEGARAM A&Iacute; PARA AJUDAR, PARA conscientizar, MAS ISSO TEM QUE SER mais DO QUE MARKETING.&rdquo; ANA ISABEL DE CARVALHO PINTO

Um dos principais desafios do setor de moda on-line continua sendo a log&iacute;stica, especialmente por causa das devolu&ccedil;&otilde;es e trocas, j&aacute; que moda &eacute; uma categoria que depende muito de ajustes de tamanho e estilo. Aquisi&ccedil;&atilde;o de estoque tamb&eacute;m foi crucial para o sucesso do modelo de neg&oacute;cio. Dessa forma, conseguem oferecer um mercado de luxo digital que tem tudo o que o cliente deseja na mesma plataforma. E, finalmente, existe o cuidado especial nas entregas. &ldquo;H&aacute; que se prezar pela qualidade da atividade em todos os pontos de contato com o comprador. No digital, voc&ecirc; investe muito para conseguir um cliente. Ent&atilde;o, acima de qualquer coisa, voc&ecirc; at&eacute; pode n&atilde;o ter um produto, mas n&atilde;o pode oferecer um servi&ccedil;o ruim.&rdquo;

A reciclabilidade tamb&eacute;m funciona como um item de aten&ccedil;&atilde;o para a Shop2gether, importante para que a plataforma ofere&ccedil;a aos compradores a oportunidade de adquirir artefatos second hand. Para isso, eles fazem a capta&ccedil;&atilde;o de mercadorias vintage &ndash; todas originais e certificadas &ndash;, o que incentiva a circularidade, estendendo a vida &uacute;til de bolsas, cal&ccedil;ados, acess&oacute;rios e roupas. &Eacute; uma outra maneira de ter a oferta de itens sem que eles sejam descartados e sem uma linha de reutiliza&ccedil;&atilde;o. &ldquo;Acho que existe, sim, uma conscientiza&ccedil;&atilde;o, existem, sim, os selos que chegaram a&iacute; para ajudar, para conscientizar, mas isso tem que ser mais do que marketing.&rdquo; Em rela&ccedil;&atilde;o ao comportamento do mercado ligado &agrave; sustentabilidade, ela &eacute; clara ao afirmar que o setor precisa de apoio e de entidades que promovam seu crescimento. &ldquo;Minha principal preocupa&ccedil;&atilde;o &eacute; que o mercado de moda nacional precisa de suporte muito antes de focar na sustentabilidade. Estamos vivendo um momento em que grandes grupos est&atilde;o se formando, e eles t&ecirc;m um papel crucial, pois s&atilde;o os maiores e v&atilde;o liderar esse processo. &Eacute; fundamental que tenhamos &oacute;rg&atilde;os mais unificadores e estruturadores da cadeia da moda.&rdquo;

Ana Isabel de Carvalho Pinto conta qual é o sucesso de um marketplace

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