Reveja algumas novidades que marcaram os últimos meses

As novidades no mundo da moda e beleza não param, por isso, reveja o que foi lançado nos últimos meses:

A marca Carolina Herrera lança a sua primeira linha de maquiagem, a Carolina Herrera Makeup. São itens colecionáveis feitos pela diretora criativa de beleza da marca, Carolina A. Herrera, em colaboração com Wes Gordon, diretor criativo do braço de moda da label, e pela consultora de maquiagem Lauren Parsons. Além dos cosméticos repletos de cor, uma linha de pincéis completa a investida pelo universo de beauté. A venda será feita com exclusividade pela Sephora, a partir de outubro. (Paula Roschel)

O constante desmatamento e as mudanças climáticas foram os pontos de partida para a coleção da tag K.F. Brand. A grife, 100% nacional, aproveita a moda para construir uma narrativa contra as políticas governamentais, sobretudo no que diz respeito ao descaso com o meio ambiente e o genocídio indígena. Por ali, a ideia é resgatar as tradições culturais brasileiras e a recuperar a biodiversidade da Amazônia, escolhendo matérias-primas sustentáveis, recicladas e que produzam o menor impacto ao planeta. “Ser ecológico, é ser econômico”, descreve a estilista Kel Ferey.

O color block e o shape dos anos 1990 serviram de inspiração para a coleção da Balmain, que também incluiu entre as suas criações o psicodélico tie dye e o fofo candy color. A série traz como base cores fortes, como o verde-bandeira, o azul royal e o amarelo-canário, e conta com blazers, calças, shorts, jaquetas croped, camisetas, moletons e acessórios.

As camisetas descoladas que traziam Naomi Campbell nua e Victoria Beckham e Miley Cyrus em poses sensuais eram as sensações dos anos 2000, quando Marc Jacobs ainda tinha a sua loja nas esquinas das ruas Bleecker e West 11th, em Nova York. O espaço era o paraíso para a turma apaixonada por moda, mas sem a glamourização monótona das grifes certinhas demais. Havia por ali uma cafonice cheia de autenticidade – e que fechou as portas em 2010. Para reaver aquela atmosfera cool, o estilista apresenta a coleção “Heaven” (com preços entre US$ 45 e US$ 395). Trata-se de uma linha polissexual, com moletons e blusinhas salpicadas de frases zero politicamente corretas, como “Totalmente Fodido” e “Angústia Adolescente”. Completam o mood, saias plissadas e cardigãs no melhor estilo retrô.

O crocodilo mais famoso do mapa está de cara nova. A Lacoste escalou três artistas para dar os contornos do réptil – Samuel Borkson e Arturo Sadoval III, da FriendWithYou, desenvolveram uma versão atualizada, com traços espontâneos, enquanto Jeremyville investiu em um design mais extravagante e bem-humorado. Das polos lendárias aos acessórios, a Lacoste abraça a cultura hipster e trilha pelo caminho da diversidade, com riscado dândi de Jean-Michel Tixier. A coleção limitada aporta por aqui com ação em conjunto com o influencer Jeyke e #crocoseries.

Os salões de baile que bombaram no começo da década de 1980 estão de volta. Na comunidade do baile, as “casas” referem-se a um grupo coletivo de artistas individuais. Normalmente, elas são presididas por uma figura central, chamada de mãe, e batizada com o nome de uma marca bacana de moda. O resto seria apenas festa, mas, desta vez, a grife de alta-costura francesa Lanvin resolveu abraçar a causa de verdade e colocou em prática alguns projetos. O primeiro deles, realizado na Casa Xclusive Lanvin – que existe desde 2013 –, foi o curta-metragem “La Mère et L’enfant” (traduzido como “Mãe e Filho”) com a ativista Indya Moore e frequentadores do baile. No clipe, Moore faz o papel da mãe de uma criança que não quer nada além de uma bolsa Lanvin que viu na vitrine. “Oh, querida. Uma bolsa exclusiva como essa é apenas para uma mãe. Um dia você será mãe – se quiser”, diz a atriz. E segue o script, com pinta, estilo e muito empoderamento.

Tecnologia de ponta faz parte da história da Montblanc. A novidade da grife é o lançamento do headphone MB01, que bastou estrear no line-up para se consolidar como objeto de desejo. A peça assinada pelo time de engenheiros e designers da grife alia design sofisticado, traço atemporal, conforto e alta qualidade de reprodução de músicas – que contou com a expertise do engenheiro de áudio Alex Rosson –, além da experiência completa via app Montblanc Sound, que permite ao usuário personalizar a equalização do som em até cinco faixas de frequência. O aplicativo (disponível gratuitamente para Android e IOS) possibilita ainda predefinições otimizadas para o seu estilo de ritmo favorito, escolhendo entre os gêneros rock, pop eclassics.

O que transforma uma peça em ícone da moda? O seu design atemporal, a sua história ou a sua versatilidade? Talvez seja a combinação de todos esses fatores somada ao conceito de feminilidade multifacetada, uma espécie de manifesto moderno e emblemático da atitude refinada e assertiva das mulheres de hoje. E é exatamente nesse contexto que a grife francesa Dior não se cansa de conferir ares de obra de arte à mais desejada bolsa do mapa-múndi: a Lady Dior. O acessório traz a delicadeza e a identidade da alta-costura da label, que, de tão exclusiva, merece releituras assinadas por artistas badalados. A quinta edição de Dior Lady Art Project ganha intervenções de dez artistas e coletivos do mundo todo, a exemplo do malgaxe Joël Andrianomearisoa, da escritora feminista norte-americana Judy Chicago e do chinês Song Dong. Completam o line-up a indiana Bharti Kher, a expert na técnica do minimalismo orgânico, Gisela Colon, a suíça de origem vietnamita, Mai-Thu Perret, Olga Tituseo grupo RecycleTabouret. (AdrianaBrito)

Cada vez mais, a moda flerta com a atemporalidade. É o que a Prada faz ao se juntar à Adidas Originals e dar novos contornos ao tênis Superstar. O calçado unissex chega às prateleiras em três cores: preto monocromático, branco com preto e prata cromado. Outro detalhe é a produção artesanal da peça, coordenada pelos especialistas da marca italiana, que fazem questão de fundir o luxo e o sportwear de alto desempenho.

As collabs entraram de vez na moda – e não devem mais sair de cena. Quem já experimentou a ideia e gostou foi a grife Emilio Pucci, que depois da bem-sucedida dobradinha com a Koché, firma nova parceria com o designer japonês Tomo Koizumi. A coleção cápsula foi apresentada durante o desfile primavera-verão 2021, em Milão. Segundo a label, a colaboração é um diálogo entre o design clean e dinâmico de Emilio Pucci e as formas espetaculares de Koizumi. “Tomo Koizumi, um talento incrível e co-vencedor do prêmio LVMH em 2020, foi escolhido para interpretar a herança da Emilio Pucci. Tomo é uma espécie de mágico, que cruza sua bela técnica com uma visão fantasiosa e imaginosa da feminilidade”, diz o time da Emilio Pucci. 

Diretamente das ruas para o line-up dos moderninhos, a Yebo, pilotada por Eliane Naiara e Domenica, é uma plataforma de expressão do streetwear, da música e da dança. A coleção conta com tops, camisetas bermuda, short, moletom, jardineira e trench-coat, em shapes que vão do slim ao oversized. O nome “Yebo” remete a uma gíria sul-africana de afirmação. “Sim, nós acreditamos que a moda pode e deve ganhar novas formas por meio do coletivo e do positivo. A ideia é retratar mulheres reais, fortes e que têm histórias para compartilhar”, diz o trio.

Especializada em biotecnologia, a Biossance – que faz parte da norte-americana Amyris – aposta na sustentabilidade e no impacto positivo para levar ao mercado produtos elaborados a partir do conceito “clean beauty”, ou seja, criados com matérias-primas veganas, 100% cruelty-free e livres de toxinas que prejudicam a saúde e o planeta. A empresa faz questão de usar a ciência para criar itens cada vez mais eficazes – a exemplo do uso do Esqualano, ingrediente base da grife, extraído da cana-de-açúcar renovável. A molécula tem poder super-hidratante, nutre instantaneamente enquanto mantém a umidade essencial da pele e acelera o processo de renovação celular.

O acessório mais indispensável do time feminino, sem dúvida, é a bolsa. Com design moderno, as novas criações da Chloé, assinadas por Natacha Ramsay-Levi, desembarcam por aqui em duas versões – Daria e Darryl. A primeira opção é estruturada, tem cortes assimétricos e alça artesanal trançada; já a Darryl traz o savoir-faire da grife e reforça o espírito contemporâneo da marca, com modelo exclusivo feito de palha.