Gloria Coelho comemora 50 anos de carreira
O sonho não para! Comemorando 50 anos de carreira e com planos de continuar em frente, Gloria Coelho é força criadora da moda brasileira. Sensível, multifacetada, multiconectada e dona de uma curiosidade inesgotável, não tem receio de dizer que ainda há muito o que aprender.
Foi em um fim de manhã frio e com sol brilhando em um céu azul que cheguei à casa de Gloria Coelho, em São Paulo. Havíamos combinado um bate-papo sobre seus 50 anos de carreira, e ela me convidou para começarmos nosso encontro com um almoço. É um imóvel acolhedor, com uma atmosfera leve, minimalista, mas repleto de referências e detalhes, como a proprietária, que me recebeu com um enorme sorriso e, como sempre, vestida de preto. Há alguns meses, a estilista decidiu mudar totalmente sua alimentação. “Virei vegana depois de assistir ao documentário Você É o que Você Come: As Dietas dos Gêmeos, diz ela, ressaltando ainda o sofrimento de animais que fazem parte da alimentação dos seres humanos. O cardápio delicioso, à base de verduras e legumes orgânicos, foi preparado pela Maria das Graças, que acompanha Gloria há mais de três décadas.
Entre almoço e entrevista, lá se foram mais de três horas. Conversar com Gloria Coelho é como trocar confidências com uma amiga de infância. Temas profissionais, pessoais, crenças, gostos, estética e moda se entrelaçam seguidos de deliciosas risadas. Mesmo assim, ela começa ressaltando que é tímida e acha difícil falar de si mesma. “Não sou de me vender, nunca me acho o máximo. Tenho que aprender muito. Todos os dias estou aprendendo”, diz ela, aos 73 anos completados em 1 de agosto. Para absorver tudo o que puder, planeja viver muito ainda. “Tomie Ohtake foi até 101 anos, [Oscar] Niemeyer foi até 104. Eu posso continuar. Eu amo o que faço”, avalia.
Mais do que optar por ser estilista, Gloria foi escolhida pela moda. Apesar da data oficial de cinco décadas contando a partir do lançamento de sua primeira marca, G, a estilista começou cedo a se interessar pelo universo da roupa. O encantamento veio aos 7 anos, quando ganhou uma cestinha de costura da mãe. Desenhar, cortar, modelar, costurar, bordar vieram intuitivamente, abriram universos paralelos. Talvez por viver nessa época em um “castelo gótico”, o austero colégio Nossa Senhora da Piedade, em Ilhéus, Bahia. Já em São Paulo, com as amigas do colegial técnico de comunicação visual no Iadê – Instituto de Arte e Decoração – avançou no processo criativo e empreendedor. Decidida a seguir transformando sua criatividade em peças disputadas, em 1978 partiu para aperfeiçoamentos, principalmente nos workshops ministrados em São Paulo pela francesa Marie Rucki, estilista e diretora da escola de moda Studio Berçot, em Paris, de quem Gloria ficou amiga. “Ela reclassificou todas as coisas que eu já fazia da minha cabeça”, recorda.
Na década de 1980, a G era sinônimo de grife cult. Gloria abriu a primeira loja e integrou o Núcleo Paulista de Moda, cooperativa de estilistas que se uniram para incrementar o mercado e viabilizar desfiles, seguindo os passos do Grupo Moda Rio. Na década seguinte, lançou a segunda marca, Carlota Joaquina, com uma linha mais jovem, assinada pela estilista Carla Fincato, que fazia parte de sua equipe. Foi no início dos anos 2000 que a marca passou a levar seu nome, em uma época que já colhia reconhecimento na passarela do Phytoervas Fashion, a primeira semana de moda brasileira.
Em 1997, recebeu seu primeiro prêmio de melhor estilista; depois vieram vários outros. Desfilou suas criações na Madrid Fashion Week (Espanha), no desfile beneficente em Isschot (Bélgica) e na Semana de Moda de Lisboa (Portugal). Tornou-se um dos carros-chefe da Morumbi Fashion/ São Paulo Fashion Week, o principal evento de moda nacional, e foi tema de três grandes exposições. Resultado da construção de um trabalho focado em um tempo suspenso. Coloque peças de anos diferentes lado a lado, como nas fotos desta reportagem; sem legendas, é quase impossível dizer a que período elas pertencem.
Dona de estética inconfundível que lhe vale como assinatura, Gloria construiu um DNA de linhas puras, porém bem longe de um minimalismo cartesiano. Leveza feito nuvem, geometria e ótimas sacadas tornam particular desde a alfaiataria até o vestido de noiva feito sob medida. Seu tempero mágico vem de suas antenas voltadas para o novo, absorvendo conhecimento e ideias de todos os lados. Espiritualidade, cultura pop, roupas infantis, flores, aristocracia, Revolução Francesa, rock, esportes, tecnologia, filmes, livros, arte... São muitos seus interesses, sempre misturados em alquimias vanguardistas – ainda que ela se sinta uma pessoa do presente. “Todos os dias têm um monte de coisas novas chegando. Não posso parar, achar que sei tudo”, reflete.
L’OFFICIEL: Você começou fazendo camisetas nos anos 1970. Antes disso, como surgiu o interesse por moda?
GLORIA COELHO: O primeiro sinal foi quando eu tinha 7 anos. Eu era interna em Ilhéus em um colégio com a minha irmã. Em um fim de semana, ganhei da minha mãe uma cestinha de costura. Não dormi. O segundo sinal: aos 11 anos, era 1963, a calça estava começando a abrir a boca, nos anos 1950 era mais justa, eu fiquei em uma felicidade que você não pode imaginar. Eu gastava todo o meu dinheiro em roupas e tinha um monte de amigas que, juntas, contratávamos uma costureira e ela vinha em casa. A gente comprava o tecido e ela passava o dia fazendo roupa com a gente. Eu desenhava os modelos para todas as minhas amigas. Uma delas, a Roseli, a mãe tinha a boate Cravo e Canela, na Rua Major Sertório, que comprava tudo do Dener [estilista Dener Pamplona de Abreu]. E a Rosali trocava todas as roupas do Dener pelas que eu fazia para mim. Começou assim. No colegial, que fiz no Iadê [Instituto de Arte e Decoração fundado pelo italiano Ítalo Bianchi, em 1959], tive professores incríveis e era ótima aluna porque eram disciplinas criativas. Comecei a fazer as camisetas no colégio e vendia para as amigas. Amo pessoas, era amiga de todos os grupos, mas andava principalmente com a Marta Muratório, sobrinha do Matias Machline [fundador e ex-presidente do grupo Sharp], e a Angela Rangel da Rocha, cujo pai tinha uma fábrica de sabão. Nós três começamos a fazer joias para vender no colégio. Na Cimpro [fundada em 1961 e que mais tarde se tornou a Sharp S.A.], fazíamos as pecinhas que faltavam no mercado utilizando barras de ferro.
L’O: Como a parceria desse trio evoluiu?
GC: Depois, havia uma camiseta no Iguatemi [shopping] que eu queria muito, mas era muito cara. Então desenhei a minha versão, meio fralda e decotada, e produzimos. Com essas camisetas, cada uma de nós ganhou o suficiente para comprar um carro – eu comprei uma Brasília. No fim do ano letivo, as minhas amigas entraram para a [faculdade de] arquitetura e eu não, porque estava muito atrasada. Ao mesmo tempo, as pessoas não paravam de me procurar (para comprar o que eu fazia), e acabei então me voltando para a moda. Já eram os anos 1970 e comecei a bordar paisagens em camisetas. Nesse período, viajei para a Inglaterra, onde estava se usando saia indiana, e quando retornei comecei a fazer aqui. Também ganhei muito dinheiro com elas, todo mundo queria. Eu comprava o tecido, era a estilista, vendedora, secretária, fazia tudo (risos). Tinha um cortador que deixava sobrar muito tecido, então passei a aproveitar as sobras para fazer uma saia hippie de retalhos, que vendeu mais ainda. Era tudo mágico. Depois, já com minha irmã ajudando, começamos a vender para a Rua Augusta. Parávamos o carro e entregávamos as sacolas nas lojas. Contando toda essa fase, tenho mais de 50 anos na moda.
L’O: E assim nasceu a G?
GC: Como estava dando certo, comecei a me organizar e a me profissionalizar, registrei empresa, aluguei espaço, mas só fui ter loja em 1981, na Rua Doutor Mário Ferraz. Antes, só vendia por atacado.
L’O: Você conheceu Marie Rucki, fez os cursos dela em São Paulo pela Rhodia, e vocês viraram amigas. Qual a influência dessa francesa na sua trajetória?
GC: Em 1976, a Marie vinha para cá e passava um mês, ficava das 9h às 17h, na Rhodia, e eu estava louca para fazer esse curso. A Marie reclassificou todas as coisas que eu já fazia da minha cabeça porque muito do que ela ensinava eu já executava. Depois, fiquei cerca de dez anos me reciclando todas as vezes em que a Marie vinha a São Paulo. E ela ficou minha amiga, ficava hospedada aqui em casa. A Rhodia era o máximo, acho que foi a responsável pela geração de estilistas dos anos 1970/80 e até 1990. O Pedro [Lourenço, filho] estudou uma época com a Marie por meio da Rhodia.
L’O: Como era o mercado de moda brasileiro nessa época?
GC: Havia muito menos concorrência e tecelagens maravilhosas. Todo mundo vendia e vendia muito bem até os anos 1980. Depois começaram as crises mundiais.
L’O: Você disse que a Marie Rucki nomeou o que fazia. Foi com ela que você entrou na estética que conhecemos hoje?
GC: Eu tenho Mercúrio em Virgem e sou extremamente exigente, sempre quis ter excelência. Por outro lado, tenho muita influência da moda francesa por causa da Marie. E nos anos 1980 foi muito forte o japonismo com Yohji [Yamamoto] e Comme des Garçons. Essas pessoas foram muito importantes para mim. E acho que também tenho um pouco do excêntrico inglês – sempre fui apaixonada pela combinação de cores da roupa acadêmica masculina. Mas acho que nunca mudei meu estilo, o shape é bastante 1960 acrescido dessas influências. É a década que mais amo: Beatles, Rolling Stones, Twiggy, Jean Shrimpton, Pierre Cardin. Tivemos os punks em seguida e também aprendi com eles. Estou sempre assimilando coisas novas, e elas vão me transformando.
L’O: Por falar em transformação, momentos marcantes costumam mudar nossa maneira de ver/estar no mundo. Para um criativo, então... O que mudou na Gloria estilista com o nascimento do Pedro?
GC: Mudou tudo (risos). Ele foi a minha melhor criação. Lembro que ainda estava amamentando, ia comprar tecido e levava o Pedro junto. Se ia com meus pais e Reinaldo em uma exposição, ele ia também. E comecei a assistir todos os filmes de criança com ele. Lógico, isso influencia a gente. Quando o Pedro estava com 10 anos, estávamos nós dois em Londres e vimos um cara com jaqueta de motocross. A gente “pulou” em cima dele para perguntar onde havia comprado. Quando entramos na loja... aquilo foi uma transformação. Daí passei a criar roupas com influências vindas dos esportes. A maternidade mudou minha maneira de ver o mundo, e o Pedro me renovou e me renova até hoje. Você tem razão, esses momentos mudam a gente. Como falam os filósofos modernos, “quando me encontro com algo, me transformo”.
L’O: Você começou muito cedo. O Pedro também. Você se enxerga nele?
GC: Com o Reinaldo foi igualzinho, ele também começou cedo. É um DNA forte. Quando o Pedro era pequeno, tentei convencê-lo a não ser estilista. Sugeri que fosse cientista, porque o planeta está precisando (risos), e ele dizia: “Não, mãe, eu gosto de moda”. Eu me enxergo nele e o Reinaldo também.
L’O: Você se separou do Reinaldo, Pedro mora na Europa, mas percebo vocês três muito unidos.
GC: Eu não compreendo as pessoas que se separam e que não respeitam o outro. Quando há um problema, quem vai cuidar? O Pedro e o Reinaldo. Se houver um problema com o Pedro, eu e o Reinaldo vamos ajudar. Se eu e o Reinaldo tivermos um problema, o Pedro vai ajudar. Somos amigos. O Pedro é meu filho. O Reinaldo é o pai do Pedro, é meu irmão hoje em dia, uma pessoa que amo e respeito.
L’O: Você sempre misturou muitas referências em uma mesma coleção?
GC: Sempre. Acho muito mais fácil pegar um monte de temas para inspirar. Quando você se cansa de uma ideia, parte para outra. Não fica em uma coisa só. É um Frankenstein, uma montagem (risos).
L’O: Como abordagens místicas e espirituais como astrologia, numerologia, física quântica se unem a referências de filmes e temas pop no seu processo criativo?
GC: Da espiritualidade surge uma coleção que você inclui uma frase assim: “essa roupa cura, dá amor, felicidade e paz”; aí aparece o Harry Potter inspirando estampa de salmo de proteção. Quando meu pai morreu, que foi no dia do meu desfile, fiz um céu com nuvens na coleção Jardim Espacial do Céu do Universo [primavera-verão 2005/2006] e enchi a passarela de flores. Isso é espiritual. Aí você parte para motocross, e faço uma coleção que tem [faz referência à] velocidade, acrescentando ainda coisas que vão dar outra cara a essa roupa. Acho gostoso se falta inspiração, por exemplo, abrir um livro, outro livro, entrar em um museu. Depois de ver tantas referências, fecho tudo e começo a desenhar.
L’O: Sei que você leva o espiritual muito a sério, inclusive na condução da marca, contratação de funcionários, hora e local de desfiles, férias...
GC: Sim. Por exemplo, o aniversário deste ano [em 1o de agosto]. Tenho um astrólogo maravilhoso que é o Alexandre Chut, que me disse que se eu fosse para Parati ou Visconde de Mauá eu ficaria com uma estrela maravilhosa. Eu não estava a fim de viajar, mas fui.
L’O: E, falando sobre isso, quem é a Gloria Coelho do ponto de vista energético?
GC: Faço tratamento para não ficar doente e envelhecer bem há 40 anos. Tenho muita energia, mas já estou sentindo meus 73 anos. Estou mais calma, mais cuidadosa. E sobre espiritualidade, sou todas as religiões. Quando estava no Nossa Senhora da Piedade, um colégio francês de freiras, eu era católica. Quando cheguei a São Paulo, ia a um clube para nadar e em frente havia uma igreja presbiteriana que frequentei. Aos 15 anos, comecei a namorar um judeu e passei a estudar a cabala, que é maravilhosa porque é uma regra de como você deve viver; depois veio o budismo por causa de um amigo. Aí vi o filme Quem Somos Nós e entendi que tudo é quântico. Tudo isso nos ajuda a ter fé, a estar bem. Nunca tomei remédio para depressão, sou superfeliz. Se acordo com medo ou dúvida, rezo e medito, e passa. Rezo para o Pedro, para o Reinaldo, mando orações. Com o espiritual me preparo pela manhã para [ter] um dia maravilhoso.
L’O: Voltando à marca, sua imagem feminina durante anos foi juvenil. Quem era essa personagem no seu imaginário?
GC: Se eu tivesse 18 anos hoje, estaria de maiô (tipo hotpant) porque usava uma saia tão curta nos anos 1960... Sou essa personagem dos anos 1960, mas tenho musas: Björk porque é original; Carolina de Mônaco quando era novinha pela beleza e elegância; Penelope Tree, a imagem dela está sempre na minha pasta de inspiração; e Kate Moss jovem.
L’O: Hoje, essa garota se une a um posicionamento ageless em seus desfiles, collabs e campanhas. O que mudou no seu imaginário?
GC: É uma marca de 50 anos. Tenho minhas fiéis escudeiras. Então dividi a coleção. Sessenta por cento é para as refinadas – é caretice (risos), mas penso nisso –, mulheres que me seguiram a vida inteira; 20% são para as irreais, que são as meninas novinhas, que podem usar tudo o que quiserem; e outros 20% que faço pensando em mim, que são as especiais, que adoram comer e estão sempre com uns quilinhos a mais (risos).
L’O: Em 2020, você foi acusada de racismo. Como você lidou com esse momento?
GC: Eu contratei uma ativista, a Alexandra Loras, e ela deu um curso para todo mundo que trabalhava comigo. Escrevi uma carta que está no meu Instagram pedindo perdão por coisas que eu não sabia. A gente não pode somente não ser racista, a gente precisa ser antirracista. Mas inventaram coisas que nunca fiz. Na época, não havia tantas opções de modelos afrodescendentes nas agências. Hoje em dia há muito mais ofertas e está bem mais fácil [montar um casting diverso], mas era um momento que todo mundo queria falar sobre esse assunto. Tenho um avô afrodescendente, então como eu poderia ser racista?
L’O: Esse episódio também foi um gatilho de transformação para você?
GC: Tudo é. Assisti a vários filmes indicados pela Alexandra e entendi que a gente tem que fazer alguma coisa, defender a causa. Mas não gosto de ativismo, prefiro as coisas naturais. O que eu precisar proteger, vou proteger. Não quero ficar brigando.
L’O: Hoje, o que alimenta seu processo criativo?
GC: O amor que tenho por ele. Já assistiu ou leu o livro As Aventuras do Barão de Munchausen? Eu sou ele (risos). Fico em casa, lavo louça, vejo filme... Quando saio para trabalhar, me transformo.
L’O: Cinquenta anos de trajetória é um grande feito. Alguma vez pensou em desistir?
GC: Nunca. Mas já pensei em uma coisa. Na próxima encarnação quero ser atriz. Não quero mais controlar as partes burocráticas [de uma marca de moda] (risos).
L’O: E os momentos mais alegres, quando sentiu orgulho de si mesma e do seu trabalho?
GC: No campo pessoal, o nascimento do Pedro, as viagens que fiz com meus pais, entrar na água e deixar o sol entrar na pele, brincar com o meu cachorro, falar com um amigo. No profissional, a exposição no Museu da Cidade de Lisboa em 2004, a convite do governo de Portugal, a mostra no Museu da Casa Brasileira [Gloria Coelho – Linha do Tempo, com o lançamento do seu segundo livro], em 2011. E há coleções que foram maravilhosas, que adorei fazer, como Luís XIV misturado com o grupo de rock Gorillaz [inverno 2002].
L’O: Qual conselho de carreira você já deu ao Pedro e que possa compartilhar com um estudante de moda em vias de entrar no mercado?
GC: Queridos futuros diretores artísticos e designers, vocês devem se mostrar, mostrar suas obsessões, suas vontades e desejos. Quando você mostrar tudo isso e entender “sou assim”, você vai achar a sua turma. Porque a sua turma está no seu mundo. Você olha e vê que a pessoa tem uma seleção como a sua. Se você se mostrar, aquela outra pessoa vai notar você e será seu cliente. Se você não se mostrar, ficar com medo, ninguém vai saber quem é a sua turma.
Créditos:
- FOTOS: Igor Kalinouski (@igorkalinouski)
- DIREÇÃO CRIATIVA: Marcio Banfi (@marciobanfi)
- MODELOS: Nika Shirokova (@nikashirokova) e Geovanna Luna (@llunasyy)
- BELEZA: Juliana Boeno (@julianaboeno)
- STYLING: Samara Baccar (@samara.baccar) e Tainara Wollmer (@taiwollmer)
- ASSISTENTE DE FOTOGRAFIA: Victoria Cavalcante
- PRODUÇÃO EXECUTIVA: Alessandra Della Rocca (@alessandra.drocca)