Inverno 2023/24: Top 10 tendências para apostar!
Da ênfase em clássicos certeiros e urbanos ao delírio da meia-calça vermelha, dez motivos para você parar e prestar atenção neste resumo dos desfiles internacionais de inverno.
As passarelas de Nova York, Londres, Milão e Paris reforçaram o caminho que dá continuidade a estéticas que, por um lado, começaram a aparecer no verão e, por outro, consolidam conceitos como o de um luxo mais discreto e usável em função de inseguranças econômicas.
Junto com o resgate dos anos 1990 ganhou força a cintura baixa, o slip dress, a bolsa usada debaixo do braço e a alfaiataria ditando as regras da silhueta minimalista levemente desconstruída. O costume, principalmente o blazer, flerta com o figurino do filme Tár. Mais além, traduz a ênfase em uma imagem clássica, duradoura, certeira, prática e real, mas também com um detalhe ou outro que tira o resultado do básico total. Um twist. Resposta mais que perfeita aos tempos incertos que estamos vivendo nas mais diversas áreas da sociedade, e que mesmo assim não elimina o sonho e a necessidade de ter alguma válvula de escape. Sim, é a moda espelhando nosso tempo. Daí a ponte com o cinema também.
Essa sensação de insegurança, de certa maneira, também sustenta o olhar para os noventa. Década que, diga-se de passagem, foi desafiadora do início ao fim. No compasso dos clássicos, volta o visual “dress for success” do lado da elegância sustentada por um bom par de escarpins. Por outro lado, há um diálogo com o movimento feminista, empoderamento traduzido na silhueta triangular e, ainda, pela sensualidade expressa no look como um todo, além de detalhes como a regata cavada.
Com tantos percalços, é normal que o desejo por um aconchego acompanhe a rotina que se desdobra em escritório e casa (#WFH – working from home). Vai desde a valorização do feito à mão até texturas acolhedoras. Voltando à década de 1990, o imperativo é a autoexpressão por meio da moda. Pince o que faz seu estilo, afinal, a grande pedida é sentir-se bem nessa segunda pele chamada de roupa. Para arrematar, nada como um acessório que não é nada secundário.
À prova de erro
O filme Tár, que fala sobre abusos no universo da música clássica, não é exatamente o propulsor da ênfase na alfaiataria, mas exemplifica muito bem o uso do costume no dia a dia, principalmente o blazer. A tendência, que mistura influências do clássico e do conforto do #WFH, é pura praticidade, empoderamento, força e conforto.
No sopro
O volume fofinho – com gomos ou não – surge em uma série de peças para o próximo inverno, do agasalho puffer em comprimentos diferentes a detalhes que lembram colete salva-vidas, faixas protetoras e armaduras espaciais.
Diagonal
Tendência que tem tudo a ver com os anos 1990 e início dos 2000, as assimetrias criam camadas, caudas e efeitos laterais em peças urbanas, festa e até mais conceituais.
Outdoor
Se você acompanha tendências, sabe que a lingerie à mostra tem sido uma delas em alta nas últimas estações. E ela continua, agora, flertando com a estética boudoir, principalmente camisolas e combinações, hot pants e sutiãs de seda e renda. O slip dress é a peça-vedete.
Vestida para o sucesso
O movimento feminista nos anos 1980 exigia os mesmos direitos independentemente do gênero no mercado de trabalho. Na roupa, influenciou o visual “dress for success”, traduzido pela silhueta triangular: ênfase nos ombros, quadril ajustado e postura altiva graças a poderosos escarpins. O look está de volta, focando em um visual empoderado, forte e sofisticado, tendo os tecidos de alfaiataria e couros em espessuras diversas como bons aliados.
Saia-lápis
A peça é estrela no look “dress for success”, mas também aparece como separate em outras estéticas, sempre com ênfase urbana.
Walking in red
A meia-calça vermelha não é uma peça tão fácil de ser usada, mas é novidade quente. Vale usar em full look red ou como ponto fashionista do seu próximo look.
Enrole-se
Xale, scarf ou cachecol oversized? Essas peças andavam esquecidas. Não mais: a ordem é ter à mão um item especial para aquecer e dar charme ao visual.
Volume
A moda continua o flerte com o passado, resgatando silhuetas aristocráticas de séculos passados. Homenagens a Vivienne Westwood, que adorava desconstruir essa estética, dão fôlego à tendência, assim como a morte da rainha Elizabeth e tópicos que andam levando famílias reais aos holofotes. O visual meio dramático também é divertido e tem lá sua parcela de conceito.
Sempre à mão
Você pode até achar que elas não são nada práticas, mas as bolsas com alças esculpidas ou curtinhas são must-have. Outra aposta é carregar sua bag debaixo do braço, principalmente modelos maiores e clutches.