Moda

Moda brasileira é diversidade cultural com marcas singulares

A moda nacional está no desconhecido que incomoda e expressa a cultura de um país definido pela diversidade

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Angela Brito - Foto: Reprodução Instagram (@angelabritobrand).

A moda vive ciclos com base em contextos históricos e sociais. E além de tendências que vão e vêm, as relações das narrativas criam embasamento para o desenvolvimento de marcas e coleções. Para a moda brasileira, as narrativas locais não são tão valorizadas por um reflexo da invisibilidade e posicionamentos de escolhas diante do que se destaca no universo fashion nacional. Afinal, por quanto tempo designers e tendências internacionais serão mais popularizadas?

 

Proteger o mercado da moda ao todo é abrir reservas de trabalho para o profissional da área. Através da identidade cultural do Brasil, a moda nacional tende a crescer sem perder a originalidade, e sem deixar de destacar as características únicas e brasileiras. 

 

Abastecendo o papel com consciência e reconhecendo que a moda brasileira se encontra em detalhes simples do cotidiano do cidadão. Como a relação das tendências que surgem no Brasil ou se intensificam, por exemplo: o uso da camisa de time de futebol presente nas periferias como estilo e identidade. Porém, quando as fashionistas mais badaladas usaram, foi como um momento de descobrimento, de algo inédito. E o que isso lembra? A caracterização do poder da colonização brasileira. 

 

Mas a moda brasileira precisa estar longe dos ideais romantizadas do colonialismo, e precisa se desenvolver entre as raízes culturais. A moda abraça e pertence a cultura e artes através da criatividade desenvolvida e aprimorada com o conhecimento. E o posicionamento de estar sempre em observação, principalmente aos encantadores e inexplorados detalhes do Brasil, onde pode se encontrar os valores da moda brasileira. 

 

Assim surge a relação entre o designer de moda e seu processo artístico, pois o artista tem o papel de gerar discussões sociais, sem concordar com opiniões e relações públicas. E a moda assume esse papel quando é representada como um meio de expressão -  além de criar o funcional. 

 

Diversas marcas e designers nacionais apresentam trabalhos impecáveis e carregados de representação cultural popular e necessária. Circulando por todos os cantos de ponta a ponta do país, de diferentes regiões e ricos em detalhes característicos. E por meio da pesquisa e definições focadas no público alvo, essas marcas assumem o papel de transmitir o sentimento de pertencimento, mas, claro, transformando e inovando com base em um olhar crítico para eliminar preconceitos. 

 

Não basta ser fashion e seguir tendências, é preciso ter identidade e expandir horizontes além do ter “status” para que se espalhe informação e opções. Antes de rejeitar, análise a relação criativa e produtiva, e até mesmo útil, se incomode e encontre a solução. Afinal, como pensar fora da caixa? Olhe para o improvável, e potencialize que artes e moda são geradores de acessibilidade e inclusão através do ato de questionar e produzir. 

 

E diversas marcas brasileiras nasceram dessas relações, entre elas: Dendezeiro, uma das marcas mais conhecidas do Brasil, Realce, Hist, Toca, Nana Dudu, Jal Vieira Brand, David Lee, Angela Brito e muito mais. Todas são símbolos de representatividade e usam a moda como expressão visual e cultural.

 

A moda brasileira não está perdida, nascendo e nem mesmo em fase negativa, e sim invisibilizada e até mesmo inexplorada. Partindo do ponto que moda é política ao se distanciar do papel funcional, é necessário afirmar e reafirmar o impacto social e econômico que tem. 

A moda nacional está no desconhecido que incomoda e expressa a cultura de um país definido pela diversidade.

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