Britney Spears: as maiores revelações do livro da cantora
Britney Spears acaba de lançar o livro de memórias, 'The Woman In Me', com os bastidores da vida e carreira
Britney Spears lançou o esperado livro "The Woman In Me", que tem movimentado o mundo dos famosos na última semana. A obra, que chegou oficialmente às livrarias na quarta-feira (24), traz os bastidores da vida da cantora sob a ótica dela, incluindo revelações chocantes e nunca antes divulgadas, incluindo um aborto fruto do relacionamento com Justin Timberlake.
Mas não parou por aí. Britney Spears falou sobre outros relacionamentos, com Sam Asghari e Kevin Federline, bastidores do VMA, affair com Colin Farrel e até passagem pelo Brasil durante o Rock in Rio de 2001.
A L'Officiel separou as maiores reveções divulgadas até o momento sobre o conteúdo do livro. Confira:
Relação com Justin Timberlake: aborto, traição e término por mensagem
Um dos assuntos mais significativos revelados no livro foi a relação de Britney e Justin Timbelarke. O ex-casal viveu um romance entre 1999 e 2002, e foi muito além do que os holofotes registraram.
A cantora revelou que fez um aborto após ficar grávida do cantor no ano 2000. Em um depoimento feito no livro, Britney contou que queria ter o filho, mas Justin Timberlake afirmou que não estava preparado para ser pai.
"A gravidez foi uma surpresa, mas para mim, não foi uma tragédia. Eu amava tanto Justin. Eu esperava que tivéssemos uma família um dia, isso só aconteceria muito antes do que eu tinha previsto. Mas Justin definitivamente não estava feliz. Ele disse que nós não estávamos prontos para ter um bebê em nossas vidas, que éramos muito jovens", escreveu a cantora.
"Eu tenho certeza de que as pessoas vão me odiar por isso, mas eu concordei em não ter o bebê. Eu não sei se foi a decisão certa. Se eu tivesse que decidir sozinha, jamais teria feito isso. E Justin tinha muita certeza de que não queria ser pai", afirmou. "Até hoje, é uma das coisas mais agonizantes que já senti em minha vida".
Em outro trecho do livro, a cantora assumiu ainda ter traído Justin Timberlake na época em que estavam juntos. Segundo Britney, ela se envolveu com o dançarino Wade, que ficou conhecido por acusar Michael Jackson de abuso sexual.
"Saímos e fomos a um bar espanhol. Dançamos e dançamos. Eu fiquei com ele naquela noite", contou.
Britney explicou que ela e Justin "concordaram em superar" a infidelidade por causa do longo tempo em que ela foi leal a ele.
Mas como o mundo já sabe, o relacionamento não foi para frente. A cantora contou que o cantor terminou com ela por mensagem de texto e criticou a mídia por tê-la tratado como uma "put* que partiu o coração do menino de ouro dos EUA".
E tem mais. A princesa do pop afirmou também que ela foi traída por Justin. Sem citar o nome da pessoa com quem o cantor saiu na época, ela apenas deixou claro que era uma famosa e que não quer expor o nome porque atualmente ela tem família. Entretanto, fãs acreditam que a celebridade seja a cantora Nicole Appleton, da banda All Saints.
Cabeça raspada
A cantora também finalmente revelou porque resolveu raspar a cabeça em 2007. Para a People, dias antes do lançamento do livro, ela contou que a atitude foi uma forma dela de reagir à exposição na mídia.
"Eu fui observada enquanto crescia. Desde adolescente fui vista de cima a baixo, por pessoas que me diziam o que achavam do meu corpo. Raspar a cabeça e ter aquele comportamento em virtude do quão ruim me sentia foram minhas formas de reagir. Mas, sob a tutela, fui levada a entender que esses dias tinham acabado. Tive que deixar meu cabelo crescer e voltar à forma. Tive que ir para a cama cedo e tomar qualquer remédio que me mandassem tomar", desabafa em outro trecho da obra.
Relação com drogas e festas com Paris Hilton e Lindsay Lohan
Outro assunto relembrado por Britney no livro é a amizade com Paris Hilton e Lindsay Lohan, com as famosas - e polêmicas - saídas, além do uso de entorpecentes.
Segundo Britney, a relação com as duas começou quando o casamento dela como Kevin Federline começou a desmoronar em 2006. Na época, o trio passou a figurar nos tablóides norte-americanos, sendo descritas como um trio "selvagem" quando o assunto era festa e abuso de drogas. A artista, no entanto, afirmou que não foi bem assim.
"Nunca foi tão selvagem quanto a imprensa fez parecer", garantiu, afirmando em seguida que "nunca teve problemas com bebida" e que as drogas pesadas não eram atraentes para ela.
Segundo Britney, ela fazia uso de um medicamento neuroestimulante, que atua no sistema nervoso central.
"[O remédio] me deixou chapada, sim, mas o que achei muito mais atraente foi que me proporcionou algumas horas de me sentir menos deprimida", explicou.
Affair com Colin Farrell
Um dos temas mais presentes em "The Woman in Me" são os relacionamentos da cantora. Britney Spears detalhou um breve romance com Colin Farrell, no que ela descreveu como uma "pegação" intensa".
De acordo com Britney, Justin Timberlake dormiu com "seis ou sete garotas" nas semanas após o término "oficial" dos dois. Abalada com a situação, ela também decidiu seguir em frente. Foi quando ela conheceu Farrell, quando o ator estava filmando "SWAT". A dupla foi apresentada por um "amigo promotor de boate". Logo eles se conectaram.
"Pegação é a única palavra para isso. Estávamos um em cima do outro, tão apaixonadamente que era como se estivéssemos em uma briga de rua", declarou.
Passagem pelo Brasil
E os fãs do Brasil também ganharam um motivo para celebrar. A cantora citou a passagem pelo país em 2007, no Rock in Rio, como uma das lembranças mais felizes que tem.
Britney Spears se apresentou com a turnê "Oops!....I Did It Again World Tour" para cerca de 250 mil pessoas naquele ano. No trecho, ela diz que o país a fez se sentir "livre e destemida".
"Quando eu penso naquela época, eu estava realmente vivendo um sonho, vivendo o meu sonho. Minhas turnês me levaram ao mundo todo. Um dos momentos mais felizes que vivi durante as turnês foi tocar no Rock in Rio 3, em janeiro de 2001. No Brasil, me senti livre como uma criança em alguns aspectos - uma mulher e uma criança ao mesmo tempo. Eu me sentia corajosa àquela altura, cheia de pressa e ímpeta", contou.
Ainda segundo a cantora, ela e a equipe aproveitaram as belezas naturais da Cidade Maravilhosa enquanto estavam no país.
"À noite, meus dançarinos e eu mergulhávamos nus no mar, cantando, dançando e rindo uns com os outros. Ficávamos conversando por horas sob a lua. Foi muito bonito. Exaustos, fomos para as saunas, onde conversamos mais um pouco", lembrou.
Tutela
E claro que, o assunto da tutela da artista não iria ficar ausente do livro. Britney relembrou o trauma do passado e como o machismo na sua vida à afetou ao longo dos anos.
"Treze anos se passaram e eu me sentia como uma sombra de mim mesma. Penso agora em meu pai e meus sócios tendo controle sobre meu corpo e meu dinheiro por tanto tempo e isso me faz sentir mal", refletiu. "Pensem em quantos artistas homens jogaram todo o seu dinheiro fora; quantos tieram problemas de abuso de substâncias ou de saúde mental. Ninguém tentou tirar o controle sobre seus corpos e dinheiros. Eu não merecia o que minha família fez comigo", apontou.
A cantora questionou a tutela, que tinha a justificativa de que era incapaz de cuidar de si, mas Britney continuava fazendo fazendo trabalhos e gerando lucros.
"A questão é: conquistei muita coisa naquela época em que era supostamente incapaz de cuidar de mim mesma. Às vezes eu achava quase engraçado como ganhei aqueles prêmios pelo álbum ("Blackout") que fiz enquanto estava supostamente tão incapacitada que precisava ser controlada pela minha família. A verdade é que, quando parei para pensar sobre isso por muito tempo, não foi nada engraçado", disse.
"Isto é o que é difícil de explicar, a rapidez com que pude oscilar entre ser uma menina, ser uma adolescente e ser uma mulher, devido à forma como me roubaram a liberdade. Não tinha como me comportar como adulta, pois não me trataram como adulta, então eu regredia e agia como uma menininha; mas então meu eu adulto voltaria - só que meu mundo não me permitia ser adulto", descreveu.
"A mulher em mim foi empurrada para fora por muito tempo. Eles queriam que eu fosse selvagem no palco, do jeito que me disseram para ser, e que fosse um robô o resto do tempo. Eu me senti como se estivesse sendo privada daqueles bons segredos da vida - aqueles supostos pecados fundamentais de indulgência e aventura que nos tornam humanos. Eles queriam tirar essa especialidade e manter tudo o mais mecânico possível. Foi a morte da minha criatividade como artista", detalhou.
