Chappell Roan: a cantora do momento na nova geração
Chappell Roan é o nome do momento na indústria da música e uma das apostas da nova geração
Nas últimas semanas, um nome tem sido destaque no mundo da música: Chappell Roan. Aos 26 anos, Kayleigh Rose Amstutz, nome de nascimento da artista, conquistou o mundo da música com voz única, letras afiadas e exaltação a cultura drag e queer.
Mas afinal de contas, quem é Chappel Roan? Nascida em Willard, no estado de Missouri, nos Estados Unidos, deu início a carreira em 2017, quando viralizou com a primeira música, intitulada "Die Young".
Mas foi só em 2018, quando saiu da casa dos pais, se mudou para Los Angeles e deixou aflorar a identidade queer, que Chappel Roan se tornou quem é. O nome artístico surgiu a partir de uma homenagem ao avô, que faleceu de câncer em 2016 e à música preferida dela, “The Strawberry Roan”, de Marty Robbins.
Na nova cidade, ela foi acolhida pela comunidade de drag queens de West Hollyoowd. A "boom" e também a mudança na carreira veio depois que Chappell foi contratada pelo produtor de Olivia Rodrigo, Dan Nigro, que produziu o primeiro álbum da artista.
Chappell também abriu a turnê de Olivia Rodrigo e, pouco a pouco, quebrou a bolha e se tornou uma das artistas de maior sucesso em 2024, atraindo multidões aos shows, incluindo em festivais norte-americanos como Lollapallooza e Coachella.
A cantora estourou com diversos sucessos após o lançamento do álbum "The Risa and Fall of Midwest Princess", com músicas como "Hot To Go", "Good Look, Babe!", "Red Wine Supernova", "Feminomenon" e outras. Lésbica assumida, Chappel diz que a persona artística dela é uma versão frag de si mesma. Tudo isso é levado para o palco, onde entrega visuais da cultura drag e convida grads para abrir os shows da turnê.
Lésbica assumida, Chappell também faz questão de levar a cultura queer para as letras das músicas, onde fala abertamente sobre o amor entre duas mulheres.
Chappell Roan e as polêmicas
A arte drag é para Chappell, também, uma forma dela separar a vida pessoa da vida profissional. E isso ficou muito claro nas mais recentes declarações da cantora.
Com tanto sucesso, Chappell passou a ser assediada por inúmeros fãs e, também, stalkers. Sempre transparente, a artista foi às redes sociais e afirmou que não aceitaria qualquer tipo de assédio e perseguição, independentemente do quão famosa ela se torne.
"Não me importa que abuso e assédio, perseguição, qualquer coisa, seja algo normal de se fazer com pessoas que são famosas ou um pouco famosas, qualquer coisa," disse a artista.
"Eu não quero o que quer que você pense que tem direito. Sempre que você vê uma celebridade, dane-se se você acha que é egoísmo da minha parte dizer não para uma foto ou para o seu tempo, ou para um abraço," Roan continuou.
O desabafo foi recebido de forma controversa, já que algumas pessoas questionaram se a artistas estaria preparada para lidar com as consequências da fama. Isso fez com que a artista voltasse a se pronunciar, e dessa vez, ainda mais objetiva.
"Nos últimos 10 anos tenho trabalhado sem parar para construir meu projeto e cheguei ao ponto que preciso traçar limites e estabelecer limites. Quero ser artista por muito, muito tempo. Já estive em muitas interações físicas e sociais não consensuais e só preciso explicar isso e lembrá-los de que as mulheres não lhe devem nada. Escolhi esta carreira porque adoro música e arte, e honrar e a minha criança interior. Não aceito assédio de qualquer tipo porque escolhi este caminho, nem mereço", diz trecho do comunicado.
"Quando estou no palco, quando estou me apresentando, quando estou em um evento de trabalho, quando estou fazendo divulgação...estou no trabalho. Qualquer outra circunstância, não estou em modo de trabalho. Estou esgotada. Não concordo com a noção de que devo uma troca mútua de energia, tempo ou atenção a pessoas que não conheço, não confio ou que me assustam - só porque expressam admiração. As mulheres não lhe devem uma razão pela qual não querem ser tocadas. Isso não tem nada a ver com a gratidão e o amor que sinto pela minha comunidade, pelas pessoas que respeitam meus limites e pelo amor que sinto de cada pessoa que me eleva e ficou comigo para ajudar o projeto a chegar onde está", diz outro trecho.
