Demi Moore revela dúvida ao aceitar papel em “Ghost”
Demi Moore conta os desafios de aceitar personagem em “Ghost”, um projeto que poderia ser um desastre, mas acabou marcando sua carreira e o cinema
Demi Moore nunca foi de seguir o caminho mais fácil. Em sua estreia no programa Hot Ones, a atriz relembrou os altos e baixos de escolhas que poderiam ter destruído sua carreira, mas que, no fim, a definiram como uma das artistas mais ousadas de sua geração. Entre lembranças do clássico Ghost e reflexões sobre seu mais recente projeto, o terror The Substance, Moore compartilhou os dilemas que enfrenta ao escolher papéis que desafiam convenções.
A atriz revelou que a decisão de estrelar The Substance, um horror visceral lançado em 2024, não foi tão diferente da época em que aceitou participar de Ghost. Em ambos os casos, Moore se viu diante de projetos que poderiam ser "extraordinários ou desastres absolutos". Mas, segundo ela, é exatamente essa tensão que a instiga: "Quando algo vale o risco, é porque traz um tipo de energia criativa que pede para você se jogar."
Essa coragem não é nova na trajetória de Moore. Apesar de já ser conhecida por trabalhos como General Hospital e St. Elmo's Fire, foi Ghost que marcou sua transição para o estrelato absoluto. O longa não apenas dominou o Oscar de 1991 com cinco indicações e duas estatuetas, mas também consolidou a atriz como um ícone cultural. Moore admite que o roteiro a aterrorizou: "Explorar aquela dor foi uma das coisas mais difíceis da minha carreira. Era um território emocional que me deixava vulnerável de maneiras que eu nunca tinha experimentado."
Além de ser um marco profissional, Ghost também entrou para a história como um dos filmes mais icônicos de todos os tempos, graças à sua mistura incomum de romance, sobrenatural e suspense. A famosa cena da cerâmica, embalada por Unchained Melody, ainda é lembrada – e parodiada – mais de três décadas depois. Para Moore, no entanto, a lembrança é mais pessoal e bem-humorada: "Os potes que fiz naquela cena são terríveis, mas têm um lugar especial na minha memória."
Refletindo sobre a relevância duradoura do filme, Moore comentou, durante o Festival de Cannes, sobre os planos de Channing Tatum para um remake. Embora tenha ressalvado que algumas histórias são melhores intocadas, a atriz demonstrou otimismo quanto a possíveis reinterpretações: "O que torna essas releituras fascinantes é o olhar único de cada geração. Se feita com cuidado, pode ser uma surpresa maravilhosa."
Olhando para trás, é inegável que as apostas altas foram o segredo de Demi Moore para transformar incertezas em momentos marcantes. Entre riscos calculados e mergulhos no desconhecido, ela continua a provar que, na arte e na vida, as maiores recompensas vêm de escolhas corajosas.