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Nicole Kidman dá alfinetada em diretor poderoso de Hollywood

Nicole Kidman é uma das atrizes mais respeitadas da indústria

Nicole Kidman (Foto: Getty Images)
Nicole Kidman (Foto: Getty Images)

A atriz Nicole Kidman comentou com entusiasmo sobre a experiência de trabalhar com uma diretora que, após anos de carreira, tem finalmente encontrado o reconhecimento merecido e o espaço para realizar projetos marcantes. “Trabalhei com Karyn Kusama em ‘O Peso do Passado’, e é inspirador ver como ela seguiu adiante com projetos como ‘Yellowjackets’ e outras produções relevantes”, afirmou Kidman à revista "Vanity Fair".

A atriz destacou que, para Kusama, a trajetória não foi fácil. Ela enfrentou frustrações devido às limitações impostas pela indústria, muitas vezes sendo privada das oportunidades para concretizar sua visão criativa. A resiliência da diretora tem se mostrado um diferencial que, segundo Kidman, inspira tanto o público quanto outros artistas.

 

Enquanto isso, o diretor Martin Scorsese é amplamente reconhecido por suas obras cinematográficas centradas em protagonistas masculinos, criando histórias marcantes sobre temas como a criminalidade e a obsessão pelo poder. Contudo, a presença feminina em papéis principais tem sido rara em sua filmografia. Um dos poucos filmes de Scorsese com uma protagonista feminina é ‘Alice Não Mora Mais Aqui’ (1974), no qual Ellen Burstyn interpretou uma mulher forte, em busca de autodescoberta após perder o marido. Esse longa foi uma exceção em uma carreira onde as personagens femininas costumam ocupar papéis coadjuvantes ou ser sombras de personagens masculinos mais complexos.

 

Em 2023, Scorsese lançou ‘Assassinos da Lua das Flores’, filme que traz Lily Gladstone em um papel de destaque, mas ainda dividindo o centro das atenções com Leonardo DiCaprio e Robert De Niro. Essa escolha reacendeu debates sobre a preferência do diretor em manter figuras femininas em papéis que complementam ou sustentam narrativas centradas nos homens. Outra produção que ilustra essa dinâmica é ‘O Irlandês’ (2019), em que a personagem de Anna Paquin, filha do protagonista, teve apenas uma linha de diálogo em uma obra de mais de três horas. Isso gerou críticas e trouxe à tona discussões sobre a construção de personagens femininas em sua obra, vista por muitos como superficial ou limitada.

Scorsese, embora respeitado por seu domínio da narrativa e por criar obras icônicas, continua sendo criticado por seu foco nos personagens masculinos, deixando as mulheres, na maioria das vezes, à margem das histórias principais. Em resposta, ele já declarou que sua prioridade é contar as histórias que o interessam, mas o tema segue relevante no atual cenário, onde o papel das mulheres no cinema é amplamente debatido.

 
 
 

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