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Calor X Melasma: como lidar na estação mais quente do ano?

Com a chegada da estação mais quente do ano, pessoas com melasma tendem a enfrentar desafios quando o assunto é exposição solar

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Calor X Melasma | Instagram @annalewandowska

Com a chegada da temporada mais quente do ano, o verão traz consigo dias de sol, férias e momentos à beira-mar. Porém, para quem convive com melasma, essa estação também pode ser desafiadora. O calor, combinado à exposição solar, é um dos principais agravantes dessa condição de pele, exigindo atenção redobrada e estratégias eficazes de autocuidado.

Para desvendar os segredos do equilíbrio entre curtir o verão e proteger a saúde da pele, a L’Officiel Brasil convidou as especialistas: a dermatologista Dra. Ligia Novais, a farmacêutica Heloise Martins, Diretora de Inovação da Galena, e a cosmetóloga Dra. Joyce Rodrigues, presidente do Grupo Mezzo. Juntas, elas compartilham orientações valiosas para minimizar os impactos do calor no melasma, destacando a importância de rotinas inteligentes de beleza e autocuidado durante a estação mais vibrante do ano! Confira:

 

DRA. LIGIA NOVAIS

O que é, e quais são os tipos de melasma?

O melasma é a produção excessiva de melanina em uma determinada área do rosto. Sempre que nosso organismo é agredido ocorre o estímulo de melanócitos, que são as células que produzem a melanina, e de melanose que é o acúmulo dessa melanina nos tecidos. A melanina é um pigmento de proteção para o nosso corpo, portanto quando ele se sente agredido sinaliza a necessidade de mais proteção. Porém, com o tempo esse estímulo pode se tornar muito intenso e o melanócito se torna então hiperativo, sempre produzindo essa melanina, causando assim uma hiperpigmentação e o aparecimento do melasma.  A sua causa normalmente é multifatorial podendo ter influência genética, hormonal, da radiação UV, estresse entre outros fatores.

   

Como saber se uma mancha é um melasma?

Sempre busque o dermatologista para avaliar suas manchas e pintas para ele recomendar o melhor tratamento e, inclusive, fazer o acompanhamento de manchas que podem se direcionar para o câncer de pele. Mas, de forma geral, o melasma aparece no rosto, raramente no corpo, e tem um coloração acastanhada e formato mais irregular.

 

Como o calor pode agravar o melasma, e quais são os mecanismos que explicam esse impacto na pele?

O melasma é uma reação do nosso corpo a uma agressão que gera o estímulo de melanócitos e assim o acúmulo de melanina nos tecidos, causando uma hiperpigmentação e o aparecimento das manchas, o calor, por sua vez, é uma dessas formas de agressão. Seja com a exposição ao sol, que ainda terá o agravante da radiação UV, ou não, só o clima quente e abafado também já pode intensificar a melanogênese, conhecida por ser responsável pela produção de melanina, o que é um problema, principalmente, para quem já tem o melasma. Ele pode piorar muito nessas condições se não estiver bem controlado e se não fizermos os cuidados corretos.

    

Quais cuidados diários são indispensáveis para prevenir a piora do melasma durante os meses mais quentes?

Além dos tratamentos para um controle deste melasma, também é muito importante usar o protetor solar, sendo bem interessante optar pelo protetor solar físico nesse caso e com um fator mais alto como o FPS 70, além disso, use boné e refresque sua pele a todo momento, uma bruma facial ou água termal são essenciais para diminuir o calor da pele, deixando ela mais fresca controlamos a agressão do calor e uma possível piora. Esses produtos também são uma boa ajuda, pois podemos escolher versões com ativos que fortalecem a barreira de pele a deixando mais forte contra as agressões.

    

Como preveni-lo? Só passando protetor solar ?

Como o melasma é uma resposta do organismo a uma inflamação crônica é importante protegermos a pele dos agressores mais frequentes. Sempre usar o filtro solar, tentar modular o estresse do dia a dia, ter uma rotina mais equilibrada para ter um organismo menos inflamado, fazer um bom skin care limpando a pele da poluição diária e usando produtos que favoreçam a sua barreira cutânea. Porém, é importante lembrar que o melasma é multifatorial, e além das agressões diárias, também temos os fatores hormonais e genéticos. 

 

HELOISE MARTINS

Quais ativos têm se destacado para tratar ou prevenir o melasma relacionado ao calor?

Pensando no tratamento do melasma podemos abordar o LightSkin® que contribui para a diminuição de pigmentação cutânea, reduzindo em 90% a síntese de melanina e 98% da melanina induzida pela poluição. Em associação, também podemos destacar o Skin MoonTM , ativo que atua uniformizando o tom da pele, inibindo a tirosinase e diminuindo em 75,9% a hiperpigmentação.

Para prevenção e otimização dos resultados, é interessante unir esses ativos a suplementação via oral, por exemplo, com o Red Orange ComplexTM, extrato obtido de três variações de laranja vermelha que por ser um potente antioxidante, auxilia na uniformização da pele, diminuindo em 32,9% a coloração de manchas e aumentando a radiância. Outro grande destaque nesse contexto é o Oli-OlaTM, extrato do fruto das oliveiras que ajuda a diminuir a hiperpigmentação da pele estimulando a renovação celular e a síntese de colágeno e elastina, ele também previne a hiperpigmentação pós-inflamatória, através da inibição de marcadores inflamatórios. 

  

Como o uso de cosméticos manipulados pode ser personalizado para casos específicos de melasma?

As causas do melasma são multifatoriais, por isso, uma ação personalizada para o seu tratamento é essencial. É preciso também entender a sua causa para tratá-lo e controlá-lo, e para isso é necessário que todo o corpo esteja em equilíbrio e sempre evitando altos índices inflamatórios. Dessa forma, é possível trabalhar com manipulados de uso tópico e oral que tenham foco antioxidante e anti-inflamatório. O controle do melasma vai muito além do uso do protetor solar, por isso uma abordagem ampla é o mais indicado. Em um manipulado, por exemplo, podemos pensar na despigmentação e em um hidratante que una ativos para elasticidade, fortalecimento da barreira da pele e até reforço para aumentar a fotoproteção e complementar o protetor solar.

DRA. JOYCE RODRIGUES

Quais ingredientes ativos em dermocosméticos são mais eficazes para combater o melasma relacionado ao calor?

O tratamento do melasma relacionado ao calor requer uma abordagem que combine reparação, fortalecimento da barreira cutânea e ação corretiva. Entre os ativos mais eficazes estão:

  • Ceramidas: essenciais para fortalecer e reparar a barreira cutânea, protegendo a pele contra agressões externas, como o calor.
  • EPS Seapur (pós-biótico): reequilibra a microbiota cutânea, reduz o estresse da pele e melhora sua função protetora.
  • TGP-2: um peptídeo bioativo que promove a reparação tecidual e modula a produção de VEGF (Fator de Crescimento Endotelial Vascular), reduzindo a vascularização excessiva associada ao melasma. Essa ação diminui a inflamação e a hiperpigmentação da pele.
  • Niacinamida: ativo multifuncional que fortalece a barreira cutânea, regula a produção de melanina e tem ação anti-inflamatória, ajudando a prevenir novas manchas e uniformizar o tom da pele.
  • Bel-even: reduz o estresse celular e melhora a resiliência da pele aos impactos térmicos.

 

Para a correção do melasma, destacam-se:

  • Ácido Tranexâmico: conhecido por sua ação anti-inflamatória e clareadora, regula os melanócitos e previne a formação de manchas.
  • Butilresorcinol: despigmentante eficaz que inibe a produção de melanina ao bloquear enzimas-chave no processo de pigmentação.
  • Cybright G: reduz as imperfeições pigmentares e promove uniformidade no tom da pele.
  • Ácidos Glicólico e Lático: aceleram a renovação celular, potencializando a ação clareadora e melhorando a luminosidade da pele.

 

Combinando esses ativos, é possível oferecer um tratamento abrangente, que reduz a hiperpigmentação, protege contra o calor e melhora a saúde geral da pele.

 

Existe alguma inovação tecnológica em cosméticos que ajude a proteger a pele contra o impacto térmico?

Sim, uma das maiores inovações tecnológicas atuais são os exossomas, que têm ganhado destaque no tratamento do melasma. Os exossomas possuem propriedades anti-inflamatórias e são capazes de modular a inflamação da pele, um fator importante na piora do melasma induzido pelo calor.

   

Quando combinados com PDRN (Polidesoxirribonucleotídeo), os exossomas ajudam a:

  • Inibir a tirosinase: uma enzima essencial para a síntese de melanina, reduzindo a produção de pigmento escuro.
  • Reparar e regenerar os tecidos: diminuindo a pigmentação já existente e promovendo uma pele mais uniforme.
  • Proteger contra estressores externos: como o calor, prevenindo o agravamento das manchas.

  

Essa tecnologia é um avanço promissor, pois age diretamente nos fatores-chave do melasma, como inflamação e síntese de melanina, ao mesmo tempo em que repara os danos e fortalece a pele.

 

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