Manchas na pele podem piorar em contato com fontes de calor?
Inimigo invisível do melasma! Você sabia que o calor de todas as fontes pode piorar as manchas escuras na pele? Te contamos tudo sobre o assunto!
Sabemos que a exposição desprotegida ao sol é a grande razão por trás das indesejadas manchas de pele, devendo ser evitado a todo custo, principalmente pelas pessoas que sofrem com melasma - condição crônica caracterizada por sinais acastanhados em áreas fotoexpostas, como testa e região malar.
Para evitar a piora dessas manchas é simples, basta utilizar o fotoprotetor, certo? Sim e não! O produto, apesar de indispensável para controlá-las, não protege contra o calor, que tem sido apontado como um fator importante envolvido na piora da condição.
Segundo a dermatologista Dra. Mônica Aribi, sócia efetiva da Sociedade Brasileira de Dermatologia, o calor provoca vasodilatação, ou seja, aumenta os vasos sanguíneos e, consequentemente, do fluxo de sangue. O melasma tem um fator vascular importante envolvido, então uma exposição prolongada a altas temperaturas pode provocar o escurecimento dessas manchas. O melasma vascular seria proveniente da substância endotelina1, liberada pelo sangue, para estimular a melanina. “Uma das hipóteses é que isso seja desencadeado por processos inflamatórios”, afirma a médica.
Mas essa piora não está relacionada apenas ao calor do sol e do ambiente externo, e sim a qualquer situação que eleve a temperatura da pele. Por exemplo, ficar em frente ao fogão por muito tempo, ir a saunas e piscinas aquecidas, permanecer em ambiente aquecidos, tomar banhos com água quente, sentar próximo a lareiras e fogueiras, vaporização facial... tudo isso pode piorar o melasma. “Até mesmo a elevação da temperatura interna do organismo, como aquela que ocorre durante exercícios físicos intensos, pode estar envolvida nesse quadro”, destaca a dermatologista.
O que fazer?
É impossível evitar totalmente o calor, mas existem algumas estratégias que podem ser adotadas:
- Reduza ao máximo a exposição desnecessária ao calor. Por exemplo, procure tomar banhos com água morna ou fria, fique longe de fogueiras e lareiras e evite frequentar saunas. Em dias quentes, o ar-condicionado ou o ventilador podem ser aliados;
- Usar roupas mais leves também é uma estratégia;
- Molhar o rosto ou usar massageadores de pedra ou metal, especialmente se eles forem armazenados por um tempo na geladeira antes do uso;
- Procure realizar exercícios em horários em que o clima é naturalmente mais ameno, como à noite, e faça pausas regulares para que a temperatura corporal não aumente muito.
Lembrando que, ainda que não proteja contra o calor, o protetor solar é indispensável no controle e prevenção das manchas do melasma. “O uso deve ser diário e o produto deve ter, no mínimo, FPS 50 e, preferencialmente, cor, para proteger contra a luz visível que tem sido apontada como fator desencadeante dessas manchas”, aconselha a médica. Além disso, o uso de produtos tópicos com ação clareadora também pode ser recomendado. Existem diversos ativos que podem ser indicados para essa finalidade, mas, entre eles, o ácido tranexâmico se destaca. “Essa é uma substância consagrada no tratamento do melasma, pois inibe que uma enzima chamada plasmina seja liberada na pele, o que ocorre após agressões, como aquela causada pela exposição solar, estimulando fatores envolvidos na formação dessas manchas”, diz a médica.
A suplementação oral também é indispensável no controle da doença, principalmente com ativos de ação anti-inflamatória. “Nós moramos em um país muito quente, com um alto índice de radiação infravermelha (calor). Então como recomendar que alguém não passe calor? Por isso a suplementação é fundamental. Se não suplementar, não adianta tratar o melasma. É enxugar gelo”, destaca a farmacêutica Patrícia França, gerente científica da Biotec Dermocosméticos. E, como o melasma é uma doença inflamatória, é preciso investir em suplementos capaz de reduzir essa inflamação, como o F.C. Oral, que têm ação anti-inflamatória respaldada clinicamente por estudos. “Os fosfolipídeos de caviar (F.C Oral) contam com omêga-3, que tem ação anti-inflamatória pela presença de EPA e DHA vetorizados em fosfolipídeos, Astaxantina e vitamina E. Dessa forma, proporciona ação anti-inflamatória e também forma uma barreira epidérmica, mantendo a membrana celular íntegra e hidratada. A presença da astaxantina e vitamina E em sua constituição conferem ainda ação antioxidante melhorando a homeostase (equilíbrio) cutânea, protegendo tanto o interior como a superfície das membranas fosfolipídicas presentes em nossa pele contra o estresse oxidativo”, diz Patrícia.
Em consultório, os lasers são a peça-chave no combate às manchas do melasma, pois, segundo a Dra. Mônica, atuam sobre o pigmento já depositado na pele, quebrando-o em pequenas partículas para que o próprio organismo seja capaz de eliminá-lo gradualmente após a sessão. Para combater o componente vascular, o Laser Gênesis é uma boa opção, além de ajudar a dar viço e brilho à pele. Para potencializar os resultados em clareamento, os lasers ainda podem ser combinados à realização do Hydrafacial logo em seguida.
“Para o clareamento de manchas, o Hydrafacial consiste em quatro etapas:
1) limpeza e esfoliação química com um peel de ácidos Glicólico e Salicílico, que contribuem para aceleração da renovação celular, melhora da uniformidade e redução da espessura da pele;
2) extração de impurezas, cravos e comedões com infusão de uma solução hidratante;
3) aplicação do booster Britenol, que é formulado com Vitamina C e Alfa-Arbutin para promover clareamento de manchas e conferir luminosidade; e
4) administração de antioxidantes para proteção e melhora da aparência da pele”, diz a Dra. Mônica Aribi.
“Dessa forma, o procedimento é capaz de limpar, renovar, refinar, revitalizar, hidratar e purificar a pele, assim aprimorando os resultados de tratamentos médicos que atuam na correção do tecido cutâneo”, finaliza.