Mãos bem-cuidadas: tratamentos para resgatar a juventude da pele

Para tratar o aspecto enrugado e flácido, os injetáveis são grandes aliados no rejuvenescimento das mãos.

Quando o foco é a flacidez, uma das opções mais indicadas é a aplicação de bioestimuladores de colágeno, como a Hidroxiapatita de Cálcio. Segundo a cirurgiã plástica Dra. Beatriz Lassance, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, ele provoca uma reação inflamatória controlada para estimular a produção de colágeno no local.

Já em casos de rugas mais profundas, o preenchimento com gordura — técnica conhecida como lipoenxertia — pode trazer ótimos resultados. “Ele também é uma excelente alternativa para rejuvenescer as mãos. A lipoenxertia consiste em um procedimento pouco invasivo no qual se retira pequena quantidade de gordura do próprio organismo do paciente através da lipoaspiração. Essa gordura é então preparada e injetada novamente nas mãos. Dessa forma, além de preencher, o procedimento, que é definitivo, também promove melhora da qualidade da pele devido à presença de células-tronco”, completa a Dra. Beatriz.

O ressecamento da pele das mãos é um dos principais sinais do envelhecimento, mas felizmente, há formas eficazes de tratá-lo.

Uma das opções mais eficazes é a aplicação injetável do skinbooster. “O skinbooster consiste em injeções de ácido hialurônico não reticulado, que, ao contrário da substância utilizada em preenchimentos, não promove volume, mas sim atrai água para a pele, melhorando a hidratação, o viço e a textura. No geral, são feitas cerca de três sessões mensais e o resultado permanece por um ano”, destaca a dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Outra alternativa para tratar o ressecamento é o procedimento de hidrodermoabrasão do HydraFacial. “O procedimento promove melhora instantânea da qualidade da pele, auxiliando na uniformização do tom e da textura, além de aumentar a firmeza, viço, maciez e brilho da pele. A patenteada tecnologia Vortex-Fusion presente nas ponteiras possui um design espiral exclusivo, capaz de gerar um efeito de vórtice que, combinado à tecnologia de sucção à vácuo do equipamento, consegue expelir e remover facilmente as impurezas da pele enquanto fornece soluções hidratantes para as mãos. O procedimento é rápido, completamente indolor, não invasivo e sem downtime, assim não atrapalhando a rotina”, explica Dra. Ana Macedo, dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.

Para tratar as manchas nas mãos, o dermatologista Dr. Abdo Salomão Jr. recomenda a tecnologia Solon Vektra Pico. “Esse laser da plataforma Solon é ultrarrápido e age nas manchas causando microfragmentação no pigmento, que é quebrado em partículas muito menores, facilitando a eliminação pelo organismo. Além disso, esse pulso é tão veloz que atinge o alvo (manchas, pigmentos de tatuagem) sem danificar o tecido saudável ao redor e sem aquecer a pele”, explica o dermatologista.

Outra alternativa é o uso da luz pulsada Solon (Expert Light). “Ela possui um sistema inovador que concentra fótons em comprimentos de onda específicos, permitindo focar em hemoglobina e melanina. Isso resulta em uma performance muito superior no clareamento da pele, pois é direcionado ao alvo, ao contrário de outras tecnologias mais genéricas. O tratamento é eficaz tanto para manchas de melanina quanto de hemoglobina. São necessárias de uma a três sessões, dependendo do tipo de pigmento, profundidade e quantidade”, esclarece Dr. Abdo.

Quem tem veias muito aparentes nas mãos pode recorrer a procedimentos como a escleroterapia e o endolaser, que apresentam excelentes resultados. “Na escleroterapia, aplica-se uma espuma com um produto mais potente para eliminar as veias. Usando duas seringas e uma torneirinha de rosca, esse produto é injetado na veia a ser tratada, sempre guiado por ultrassom para monitorar a progressão. Ao entrar em contato com a parede do vaso, a espuma provoca um processo inflamatório intenso, o que leva à cicatrização da veia e à sua transformação em um cordão fibroso, desconectando-a da circulação”, explica a cirurgiã vascular Dra. Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.

No caso do endolaser, a veia da mão é puncionada, e uma fibra é inserida no seu interior por meio de um introdutor. “Uma ponta da fibra é posicionada dentro da veia, e a outra extremidade é conectada a um aparelho de laser ou radiofrequência, que libera energia para cauterizar a veia. A fibra é retirada lentamente enquanto o processo de cauterização ocorre. O interessante é que a veia não é removida, mas sim transformada em um cordão fibroso, que deixa de participar da circulação”, comenta a cirurgiã vascular.