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Pele madura: cuidados e tratamentos essenciais

Dermatologistas explicam como tratar a pele madura com foco na hidratação, esfoliação, preenchimento e tecnologias avançadas para recuperar viço e elasticidade. 

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Fotos: Reprodução/Instagram @greceghanem

A pele madura é aquela que, por mudanças fisiológicas naturais, começa a apresentar uma condição marcada pela perda do viço e da elasticidade - algo comum no processo de envelhecimento. “A pele madura perde viço devido à diminuição da produção de colágeno, elastina, e óleos naturais, além da menor renovação celular”, diz a Dra. Ana Maria Pellegrini, dermatologista especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

Tal cenário tende a se intensificar por volta dos 40 e 50 anos, especialmente por conta da redução dos níveis de testosterona no caso dos homens, e do início da menopausa no caso das mulheres. “A menopausa impacta na pele de uma maneira bastante intensa. Então em geral a pele da mulher menopausada tende a ser mais seca, com menos produção sebácea, e é um pouquinho mais atrofiada. E por esse motivo ela absorve muito menos os produtos, os princípios ativos”, explica a Dra. Mônica Aribi, dermatologista, sócia efetiva da Sociedade Brasileira de Dermatologia, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.

“Além das mudanças na textura da pele, algumas mulheres podem experimentar sintomas cutâneos como vermelhidão, coceira e sensibilidade durante a menopausa. A indústria cosmética pode desenvolver produtos suaves e calmantes para aliviar esses sintomas. Indico o uso de Astrasinol - Silanol híbrido, que combina Silício Biofuncional associado às plantas Astragalus e Centella asiática. Ele acalma a pele e reduz a inflamação”, diz Maria Eugênia Ayres, farmacêutica e gerente técnica da Biotec Dermocosméticos. 

 

Diante disso, as pessoas com a pele madura apresentam um visual flácido e com pouca sustentação. Outra queixa comum diz respeito ao aspecto mais ressecado, sensível e suscetível ao surgimento de manchas: “A pele madura tende a ser mais seca e áspera e com uma descamação mais visível devido à redução na velocidade do turn-over (renovação) celular. Além disso, a produção de colágeno e elastina diminui, comprometendo a elasticidade e firmeza da pele”, comenta a Dra. Ana Maria Pellegrini.

A Dra. Mônica explica que há uma relação estreita entre a pele madura e a perda natural de músculos, ossos e gordura facial. Com o passar dos anos, os músculos faciais enfraquecem e os ossos, principalmente a arcada dentária, começam a se desgastar. Essa perda estrutural faz com que a pele perca suporte e se torne flácida. "É comum ter que repor o volume perdido, pois a gordura se redistribui de forma não uniforme, criando bolsas sob os olhos e ao redor do queixo", esclarece.

 

Embora a pele madura continue necessitando de cuidados básicos como limpeza, tonificação, hidratação e nutrição, os produtos devem ser adaptados para essa nova fase. A Dra. Mônica afirma que esfoliantes ainda são necessários, mas devem ser menos agressivos. A escolha de veículos e princípios ativos mais suaves e específicos para a pele madura é essencial. "O que muda é o princípio ativo do cuidado, mas todas as etapas básicas de cuidados (limpeza, hidratação, fotoproteção) permanecem importantes", conclui. Cuidar da pele madura é essencial, e de acordo com a Dra. Ana Maria Pellegrini, para recuperar o viço, perdido nessa fase, é importante o uso de hidratantes ricos em ácido hialurônico e outros umectantes. Ela afirma: "Podemos incluir três ácidos importantes para a pele madura: o retinóico (ou retinol), o glicólico (ou lático) e o hialurônico." Segundo a Dra. Ana, o ácido retinoico, também conhecido como retinol, estimula a renovação celular, melhora a textura da pele e reduz rugas e hiperpigmentações. “O ácido glicólico, um alfa-hidroxiácido (AHA), esfolia a pele, promovendo a renovação celular e melhorando a textura. Para peles mais sensíveis, o ácido lático, outro AHA, é uma alternativa mais suave que hidrata enquanto esfolia. O ácido hialurônico, por sua vez, não esfolia, mas é um potente hidratante que ajuda a manter a pele preenchida e viçosa.”

Para recuperar os volumes faciais, a Dra. Mônica recomenda o uso de preenchedores volumizadores aplicados em profundidade, até o nível supraósseo. Estes preenchedores ajudam a repor o volume perdido e a redefinir os contornos faciais.

Segundo a dermatologista Dra. Pellegrini, existem opções com tecnologia para recuperar a perda do contorno facial em casos de pele madura, como é o caso da radiofrequência microagulhada Megaderme Duo, a primeira plataforma que une três tecnologias diferentes de radiofrequência microagulhada: “A radiofrequência microagulhada Eletroderme, a radiofrequência fracionada e a radiofrequência XL Multilayer. No geral, há estímulo de formação de novo colágeno e remodelação dos tecidos para melhor sustentação. As microlesões provocadas pelas agulhas do equipamento ainda estimulam a regeneração e renovação celular devido ao processo de cicatrização, além de poderem ser usadas como canais para a realização de drug delivery”, explica a dermatologista.

A Dra. Ana explica que a toxina botulínica pode ser benéfica para a pele madura, pois relaxa os músculos responsáveis por rugas dinâmicas, suavizando linhas de expressão: “Embora a toxina botulínica não trate diretamente a flacidez, pode melhorar a aparência geral da pele ao reduzir a força dos músculos depressores da face e pescoço”, completa.

 

Por fim, a farmacêutica Maria Eugênia Ayres explica que nutracêuticos que contêm antioxidantes, como vitaminas C e E, colágeno e silício podem ajudar a melhorar a saúde da pele, minimizando os sinais de envelhecimento, como rugas e flacidez, comuns durante o climatério. “Indico o uso de Exsynutriment, molécula do silanol estabilizado em colágeno marinho, que consegue disponibilizar o silício biologicamente ativo ao organismo, sendo a forma de reposição mais efetiva. A deficiência de silício pode resultar, entre outras coisas, na modificação das trocas gasosas celulares, desidratação dos tecidos, aparecimento de rugas, envelhecimento precoce, lentidão no processo de cicatrização, enrijecimento das artérias etc. A diminuição de silício é particularmente significativa a partir dos 30 anos. Indico também o uso de Bio-Arct, uma biomassa marinha, proveniente de algas vermelhas que age favorecendo os cuidados com a pele, e a protegendo contra agressores externos. Age em diferentes pontos, desde a hidratação até a melhora cutânea. Aumenta a energia e estimula o crescimento celular para a biossíntese de proteínas e em particular do colágeno. Possui uma ação antioxidante única, que além de ocasionar uma pele mais jovial e iluminada, previne o envelhecimento precoce da pele”, finaliza Maria Eugênia.

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