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Cynthia Erivo conta por que raspou a cabeça para Wicked

Cynthia Erivo compartilhou como raspar a cabeça para viver Elphaba em Wicked marcou um momento de autoconhecimento e liberdade

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Cynthia Erivo (Foto: reprodução/ instagram @cynthiaerivo)

Cynthia Erivo teve um daqueles momentos de reinvenção dignos de cena de filme, ao se preparar para viver Elphaba em Wicked, ela decidiu raspar a cabeça e não foi só uma mudança de visual, foi quase um ritual de entrega. No evento Canva Create, em Los Angeles, a atriz contou que ao se ver careca pela primeira vez, sem o verde da personagem, se sentiu crua, aberta, sem filtros. “Era só o meu rosto, meus olhos. E isso me bastava.”

 

Antes da careca emblemática, Cynthia já vinha flertando com cortes cada vez mais ousados. Entre trancinhas brancas, vermelhas e “saladas capilares” criativas, ela experimentava a liberdade de não seguir regras. Mas foi na escola de teatro, ainda com os fios longos e volumosos, que a inquietação bateu: ela queria que o rosto falasse mais alto. E assim nasceu a coragem de deixar o cabelo para trás ainda que a primeira cabeleireira tenha hesitado em cortar.

 

O desejo de aparecer como ela mesma sem esconderijo, sem molduras se tornou uma decisão estética e existencial. “Eu queria ser vista”, disse. E quando ninguém quis cortar, ela voltou dois dias depois decidida a assumir a mudança sozinha. Aquele momento, aparentemente simples, virou um divisor de águas em sua trajetória pessoal e profissional.

 

E como nada na vida de Cynthia é feito pela metade, até as perucas de Elphaba viraram um projeto artístico. Em parceria com a expert Sim Camps, ela recriou a personagem com minúcia e afeto. Microtranças, renda tingida de verde e uma estrutura que simulava fios nascendo direto do couro cabeludo tudo pensado para que a mágica do palco não deixasse dúvidas: Elphaba era viva.

 

A conexão entre as duas foi imediata. Cynthia relembrou que conheceu Sim em outro trabalho, e bastou um pedido ousado (“quero microtranças verdes!”) para que a hairstylist entrasse em ação. Juntas, elas trouxeram à tona não só um visual icônico, mas também a essência de uma personagem que transcende rótulos.

 

No fim das contas, raspar a cabeça não foi sobre perder, mas sobre revelar. E é isso que Cynthia carrega até hoje: a imagem de uma mulher que se olha no espelho sem adornos e diz “essa sou eu” forte, entregue e pronta para ser vista.

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