Sleep Wrinkles: saiba tudo sobre as famosas rugas faciais
Dormir, sem dúvidas, é uma das melhores horas do dia. Dificilmente vai haver uma sensação melhor do que a que aquele cochilo gostoso pós almoço, ou deitar na cama para descansar após um longo dia de trabalho nos proporcionam. Mas você sabia que existem posições que podem favorecer o aparecimentos de rugas faciais?
Como resultado de um processo natural de envelhecimento, é fato que todos nós teremos rugas um dia - e está tudo bem! No entanto, alguns hábitos diários podem favorecer e até antecipar o aparecimento desses sinais da idade, sendo um deles a posição em que dormimos. Para você entender melhor, especialistas explicam em detalhes o porque isso ocorre e como evitar. Confira!
As rugas ocorrem devido à ação muscular repetitiva ao longo dos anos combinada à diminuição das fibras de colágeno e elastina, que são responsáveis pela sustentação do tecido cutâneo e mesmo que sejam uma característica natural do ser humano, alguns fatores influenciam diretamente na aparição dessas tão indesejadas marcas. Por exemplo, dormir com o rosto virado 100% para o travesseiro ou sempre do mesmo lado pode formar rugas estáticas devido à pressão e atrito causado pelo contato do rosto com o travesseiro e acabamos envelhecendo mais assimetricamente, com demarcações mais profundas dos sulcos e das linhas. Esses sinais de envelhecimento são conhecidos internacionalmente com Sleep Wrinkles.
Segundo a dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff, o grande problema é que essas demarcações profundas na pele podem piorar dependendo do seus hábitos de vida, exposição ao sol e também a sua genética, danificando a pele de várias maneiras, como: destruindo proteínas cutâneas (colágeno e elastina) e lipídios essenciais, além de causar inflamação na pele e criar mutações no DNA.
Alguns indivíduos apresentam maior suscetibilidade ainda ao fotoenvelhecimento, que é quando a pele envelhece prematuramente devido à exposição solar em excesso.
Para o geneticista Dr. Marcelo Sady, alguns indivíduos podem apresentar uma variante do gene MMP1 que leva à maior produção da enzima MMP1 que, em excesso, degrada o colágeno, que é um constituinte importantíssimo da pele, causando rugas.
Além disso, o processo inflamatório subclínico causado por estresse, obesidade, falta de sono adequado, má alimentação e falta de atividade física, por exemplo, pode acelerar mais ainda a formação de rugas.
Entretanto, não é uma sentença, quando entendemos as variantes genéticas que portamos e como elas influenciam a nossa pele, podemos elaborar um cuidado mais eficaz para nos proteger do fotoenvelhecimento, que vai desde a alimentação até a escolha de ativos cosméticos na concentração que precisamos, o que pode levar a manipulação do cosmético personalizado. explica Dr. Marcelo.
Como prevenir as famosas rugas do sono?
Para prevenir, bastam alguns cuidados básicos, como evitar dormir de um lado específico ou de bruços, optando sempre por dormir de barriga para cima. Mas para aqueles que não possuem o costume de dormir nessa posição e têm dificuldade em mudar a forma como dormem, principalmente porque é impossível controlar movimentos involuntários durante o sono, é possível adotar outras medidas para prevenir essas rugas.
Segundo a Dra. Beatriz Lassance trocar fronhas de algodão por fronhas de cetim ou seda é uma boa opção, pois enquanto o algodão promove maior atrito na pele - o que facilita a formação de rugas e linhas de expressão, o cetim e a seda permitem que o rosto deslize sem tração, diminuindo o atrito e, consequentemente, a possibilidade de formação de rugas.
Existem ainda travesseiros projetados especificamente para evitar essas rugas do sono, que são desenvolvidos para reduzir o contato facial com o travesseiro, como os travesseiros para pescoço.
“Vale a pena também massagear levemente a face pela manhã, que, além de ajudar na diminuição do inchaço matinal através da drenagem dos líquidos, também pode minimizar os efeitos da noite de sono.” explica a cirurgiã.
Hidratar a pele também é uma maneira de ajudar a prevenir essa alteração. O ideal é investir em cremes noturnos com ação anti-idade de estímulo ao colágeno.
“Esse ativo exerce efeito tensor na pele, contração da musculatura esquelética e aumento da contratilidade e adesão celular. Dessa forma, ele proporciona elasticidade, firmeza e tonicidade, melhorando o contorno e a flacidez da face, pescoço e colo”, diz Isabel Piatti, especialista em Estética e Cosmetologia.
Porém, para quem já sofre com as rugas do sono é possível tratá-las através de procedimentos estéticos. Por exemplo, a aplicação de preenchedores injetáveis, como o ácido hialurônico, é uma ótima opção, pois, além de preencher as rugas, é capaz de melhorar a qualidade da pele como um todo.
Outra alternativa de tratamento, de acordo com a Dra. Beatriz Lassance, são os skinboosters, injeções também à base de ácido hialurônico que promovem hidratação profunda da pele, tornando-a sedosa e com menos linhas finas. Mas a cirurgiã plástica ressalta que, no caso das rugas do sono, a aplicação de toxina botulínica não é eficaz, pois essas rugas não são formadas pela ação dos músculos e sim por compressão mecânica.
“Para quem tem preferência por tratamentos menos invasivos, os peelings são ideais para tratar as linhas do sono mais superficiais, pois promovem a renovação da pele. Os lasers Q-Switched e de CO2 e a luz pulsada também podem ser utilizados para tratar as rugas do sono, podendo até mesmo serem combinados para a obtenção de melhores resultados”, destaca.
“Porém, antes de optar por qualquer procedimento, o ideal é consultar um médico. Apenas ele poderá avaliar sua pele e indicar os melhores tratamentos para o seu caso, podendo até mesmo recomendar a combinação entre procedimentos para tratar não só as rugas do sono, mas também outros sinais da idade, como linhas de expressão, manchas e flacidez.” finaliza.