Um café com Sam Taylor-Johnson
Ela acaba de filmar os primeiros episódios de Gypsy, da Netflix, e tem no currículo a direção de 'Cinquenta tons de cinza' e 'O garoto de Liverpool', sobre a adolescência de John Lennon. Seu trabalho mais conhecido, no entanto, talvez seja a série de fotografias 'Crying Men', em que retrata a glitterati masculina de Hollywood aos prantos, incluindo Paul Newman, Sean Penn, e Robin Williams.
Como se não bastasse, ainda fotografou o apartamento de Coco Chanel e foi eleita, em 1997, a artista jovem mais promissora na Bienal de Veneza. De jardineira vintage e chemisier Gucci, a multiartista britânica Sam Taylor-Johnson nos encontra para um café da manhã – ovo frito e abacate na torrada, chá verde e suco de laranja – no Jon and Vinny's, restaurante italiano da moda em Los Angeles.
O café da manhã é...
O momento mais importante do meu dia. Também faço, ao acordar, vinte minutos meditação transcendental, sem a qual não conseguiria conciliar tantas coisas nessa minha vida louca.
Quais são seus projetos?
Depois de ter feito um filme independente e um blockbuster hollywoodiano, estava madura para ir para a TV. Quando li o roteiro de Gypsy, a história de uma psiquiatra que se envolve na vida de seus pacientes perigosamente, quis fazer parte do projeto inquestionavelmente.
Cinquenta tons de cinza a colocou na famosa A-list dos diretores?
Não! Quando você é mulher, é como se tivesse que sempre começar do zero, provar de novo que é tão capaz quanto um homem.
O que o feminismo inspira em você hoje?
Quando me perguntam “você é feminista?”, é como se me perguntassem: “você é mulher?”