Paris Fashion Week: alguns destaques da semana de moda masculina
De Givenchy à Egonlab, veja alguns dos highlights da semana de moda masculina de Paris para o inverno 24!
Egonlab
Idealizada para ser uma cena do filme "Only Lovers Left Alive", de Jim Jarmusch, a coletânea assinada por Kévin Nompeix e Florentin Glémarec, da Egonlab, é carregada de melancolia niilista, que dialoga com a geração Z (mais desencantada e complexa do que os seus pais e avós).
As roupas passeiam pelo underground e pelo movimento grunge, com modelagens acinturadas, oversized, retorcidas e despretensiosas (quase descuidadas). Mas a marca tem fôlego e coragem - e deve conquistar muitos fãs nos outonos que ainda estão por vir.
Givenchy
Na contratação da esmagadora maioria de grifes, que se atropela para arrastar celebridades e influencers para os seus desfiles, a Givenchy bancou um show para ser apreciado só por jornalistas - e que mergulhou na essência da marca. Linhas retas, conforto e minimalismo à flor da pele ditaram a coleção. Parece que a maison fez o dever de casa ao aderir verdadeiramente ao conceito do "guiet luxury". Longe de ser monótona, a brand inseriu estampas barrocas aqui e acolá, dando uma pitada onírica ao seu moodboard.
Botter
Cria dos designers Lisi Herrebrugh e Rushemy Botter - ela de origem holandesa e com familiares em Santo Domingo e ele nascido em Curaçao -, a Botter levou iovialidade e um toque de ironia para a coleção em colab com a Reebok. Batizada de "caribbean couture", a moda da dupla é moderna e tem pegada esportiva, com cores neutras contornadas pelo turquesa, pelo amarelo e pelo laranja. O xadrez príncipe de gales desponta com certo atrevimento, assim como as chuteiras e as malas fitness.
Camisaria transpassada, bonés reconfigurados, jaquetas de náilon e logos emprestados (ou usurpados) de marcas famosas foram repensados para uma turma que busca viver em um mundo menos predatório e mais inclusivo.