Ferragamo verão 24: alfaiataria cool e cinturas ajustadas

Completando um ano oficialmente à frente da Ferragamo, Maximilian Davis sente-se em casa — não só em relação à marca, mas à Itália para onde o jovem designer, inglês de origem caribenha, se mudou para assumir o cargo de diretor criativo. Tão confortável está que esse sentimento reflete na sua terceira coleção por aqui: mais relaxada e fácil em relação às anteriores, quando mostrou com mão firme suas direções ideais para a nova fase da Ferragamo. Com coragem, depois de convencer a todos que o novo tom de vermelho da Ferragamo era a marca principal por ali, a cor desapareceu quase por completo — presente apenas em sutilezas e dois ou três looks pontuais. Tudo para puxar os olhares para a alfaiataria cool que vem aplicando por ali, com olhares no movimento da arte povera italiana dos anos 1970. Uma certa sisudez é quebrada por decotes discretos e pelo uso de couros e linhos em contaste, na fluidez amarrada por fechos pesados de metal, nas cinturas ajustadas contra franjas que se arrastam ou na construção de texturas, com pedras em preto e branco, lado a lado de tops rígidos em couro brilhoso. Somados às novas bolsas (ultramáxi com vários zíperes ou menores, em balanço diagonal, Davis mostra que vai entendendo seu papel na casa — e também moldando suas vontades às vontades da cliente Ferragamo, em busca do meio termo.