Louis Vuitton apresenta nova coleção masculina de verão em Paris

Pharrell Williams prova que a sua jornada à frente da direção criativa do masculino da Louis Vuitton foi um gol de placa. Superconectado às pautas humanistas, ele escolheu como pano de fundo a sede da Unesco - uma edificação com vista para a Torre Eiffel, cercada por bandeiras de centenas de países e um globo vazado bem ao centro do empreendimento. As fileiras foram colocadas em dupla e o piso revestido de grama como num campo de futebol. Ao som de um apito, no lugar dos árbitros e dos times, entraram no certame integrantes de uma sinfônica. Por duas (talvez três) vezes, eles arranharam os instrumentos grosseiramente. Então, fez-se a música orquestrada no compasso dos modelos (cujo casting passeou pela diversidade dos povos). Pharrell inverteu a lógica da partida e cravou os tons escuros no primeiro tempo e os mais claros na etapa final, com brilho, xadrez, bordados, jeans, estilo aviador e uma releitura das silhuetas dândis. Marcou outro golaço! Entre macacões, jaquetas, tricôs, ternos justinhos e trespassados, calças retilíneas e peças configuradas como se fossem bolas de capotão - sem citar as dezenas de bolsas espetaculares, malas e baús (até com versão transparente), a maison trouxe para a discussão o fair play, em um mundo que se percebe mais igual quando se caminha de mãos dadas. De novo, Pharrell é o craque da vez!