SPFW N55: Lino Villaventura encerra o evento
Evidenciando o feito à mão sobre bases tecnológicas, Lino Villaventura apresenta a última coleção do SPFW N55. Confira!
O trabalho manual que Lino Villaventura dedica à superfície têxtil é sempre primoroso. É um dos pontos principais do DNA da marca que leva o nome do estilista - ele raramente dedica tema às coleções. Cada peça é o resultado de um longo processo de interferências, como bordados e nervuras - muitas vezes em camadas -, feitas por oito costureiras em pequenos pedaços de tecido que, depois, são montados em moulage pelo próprio Lino. O processo lembra um jogo de quebra-cabeça.
Para o desfile que encerrou o SPFW, na noite deste domingo, o estilista e equipe chegaram a dedicar 60 dias a único vestido. Outras peças exigiram um mês de trabalho. Há, ainda, ênfase do feito à mão sobre bases tecnológicas, como nos náilon com aspecto de vinil - capa masculina em azul cobalto - e de seda - vestido rosa usado sobre saias volumosas de tule. Peças estruturadas e robustas ganharam o contraponto de modelagens fluidas e transparentes, todas exaltadas por performances teatrais das modelos, recurso imagético de passarela que também integra o DNA da marca. Um belo show finalizado por Silvia Pfeifer.