SPFW N56: LED veste corpos, não gêneros
Em uma reunião de iguais, a LED apresenta sua nova coleção na SPFW N56. Confira todos os detalhes!
Manter militâncias sociais ecoando na passarela por uma década não é das tarefas mais fáceis, ainda mais para uma marca 100% independente. Grande motivo de comemoração para a LED, que nasceu em 2013 e comemorou seu aniversário no SPFW (contamos parte dessa história na edição de novembro, nas bancas).
Celio Dias, o mineiro por trás da etiqueta, passou esse período se colocando como o nome que não tem papas na língua na hora de falar sobre esses temas — especialmente em defesa de direitos da comunidade LGBTQIAPN+. Por isso seus desfiles acabam sendo um momento de reunião de iguais, ao melhor modo de ‘unidos venceremos’. Por isso o casting é sempre poderoso — desta vez com a deputada Erika Hilton, mais uma vez, e mil outras figuras, como a Blogueirinha.
Na moda, um balanço do que a LED construiu nesse tempo e vem aplicando até hoje. A alfaiataria ampla é confortável e veste corpos, não gêneros; as estampas marmorizadas relembram outros momentos da marca sem parecer nostalgia. E os crochês manuais, que foram sempre vontades ícones da marca (que, afinal, não nega sua mineiridade) dão assunto a vestidos, franjas volumosas e beachwear. Tudo pelo poder da bicha, como diz o slogan da camiseta mais conhecida de Célio. Ainda bem.
