Bruno Fratus: das águas para o pódio
Terra de peixe! Bruno Fratus mergulha fundo nos treinamentos e promete estar totalmente em forma para encerrar o ciclo olímpico com mais uma medalha no peito.
Veterano entre o elenco brasileiro, Bruno Fratus chega a sua terceira participação em Jogos Olímpicos. Em 2012, em Londres, ele conseguiu uma quarta colocação nos 50 metros livres da natação, dois centésimos atrás de César Cielo, que subiu ao pódio. No Rio – Bruno, que é nascido em Macaé e criado entre Natal, Mossoró e Salvador –, acabou em sexto lugar e, em Tóquio, levou o bronze com o tempo de 21,57 segundos. A trajetória do atleta começou no colégio Mater Christi, na Bahia, e seguiu até as piscinas do Esporte Clube Pinheiros, em São Paulo. Aos 17 anos, Fratus passou a treinar sob a supervisão do técnico Alberto Silva. O alto rendimento do rapaz abriu caminho para os Estados Unidos, com vaga na equipe do australiano Brett Hawke. Bruno mudou-se para lá em 2014, e logo nas competições iniciais esbanjou talento – ajudando a trazer a primeira medalha do Brasil no revezamento 4X100 metros livres no campeonato Pan-Pacífico e carimbando o seu ouro na categoria 50 metros livres, em cima dos estrelados Anthony Ervin e Nathan Adrian.
No começo deste ano, o nadador passou por uma cirurgia no menisco esquerdo. A recuperação tem sido acompanhada de perto pela fisioterapeuta Amanda Lima, do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), deslocada para a Flórida, nos Estados Unidos, cidade onde Bruno vive. Desde março, ele está mandando bem nas braçadas para conquistar o índice olímpico – a sua última tentativa será durante o troféu Brasil, que acontece em maio, na capital carioca. “Embora a cirurgia tenha sido simples, fiquei dez dias de molho. É uma corrida contra o tempo, afinal, são dez semanas até a seletiva. E eu já vinha de uma recuperação turbulenta da cirurgia do ombro. Vamos ter que tirar algumas cartas da manga.” Pelo andar da carruagem, Bruno chegará tinindo – e com fome de vitória – em Paris. Agora é torcer para que ele esteja 100% e que aumente a coleção de medalhas da modalidade – hoje são 13, sendo uma de ouro, quatro de prata e oito de bronze.