Swift: a arma mais potente dos EUA contra a Rússia
A Rússia está sendo ameaçada com um pacote de extensas sanções para tentar impedir o presidente Vladimir Putin de ordenar uma invasão à Ucrânia. Porém, existe uma medida que é a mais enérgica e poderosa.
O clima no mundo está quente e temendo por uma nova guerra mundial sem precedentes econômicos e sociais. Os diversos governos ocidentais estão ameaçando a Rússia com um pacote de extensas sanções para tentar impedir o presidente Vladimir Putin de ordenar uma invasão à Ucrânia. Porém, existe uma medida que é ainda mais enérgica contra os russos: o Swift.
Fundada em 1973, a Sociedade de Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais (Swift, na sigla em inglês) é utilizada por mais de 11 mil instituições financeiras para enviar mensagens seguras e ordens de pagamento em todo o mundo. Ou seja, é um conector essencial para as instituições financeiras de diferentes regiões do mundo, e não possui substituto em termos globais.
Banir a Rússia do sistema tornaria impossível para as instituições financeiras enviar dinheiro para dentro ou para fora do país, causando um choque repentino para as empresas do país e seus clientes estrangeiros, especialmente importadores de petróleo e gás comercializados em dólar americano.
“O corte encerraria todas as transações internacionais, desencadearia a volatilidade da moeda e causaria saídas maciças de capital”, escreveu Maria Shagina - pesquisadora visitante do Instituto Finlandês de Assuntos Internacionais.
Após a ameaça feita por parlamentares americanos, parte do governo russo não se intimidou com a ameaça e respondeu dizendo que os embarques de petróleo, gás e metais para a Europa seriam imediatamente interrompidos se a Rússia for desconectada da Swift,
“Se a Rússia for desconectada da Swift, não receberemos moeda estrangeira. Compradores, principalmente países europeus, não receberão nossos produtos – petróleo, gás, metais e outros componentes importantes”, disse Nikolai Zhuravlev, vice-presidente da câmara alta do parlamento da Rússia.