DeeBaby em entrevista exclusiva para a L'Officiel Hommes Brasil
O rapper DeeBaby, nosso cover boy, fala exclusivamente com a L'Officiel Hommes Brasil sobre inspirações, sobre seu novo projeto "Junkie Mode" e planos para o futuro. Confira!
Do Texas para o mundo! DeeBaby, o rapper de Houston que vem se destacando na cena do hip-hop atual, explora todos os aspectos de sua vida através da música. Trazendo à tona os desafios e vitórias que marcaram sua jornada até aqui e imbuindo suas músicas com uma profundidade emocional e uma conexão espiritual, com ambição e habilidade, o artista se conecta com seus ouvintes de maneira para lá de significativa. Em uma conversa exclusiva com a L'Officiel Hommes Brasil, ele fala sobre suas inspirações, sobre seu novo projeto "Junkie Mode" e seus planos para o futuro. Confira!
- O que inicialmente o inspirou a seguir uma carreira na música e como sua herança hispânica influenciou seu som?
Uma grande influência musical e inspiração para mim foi o filho da minha avó e, tambem, estar perto de adultos desde novinho. O que tornou duas vezes melhor foi que eu nasci em um ambiente onde eu podia ouvir e ver esse tipo de som (hip-hop). Achei terapêutico, pois minha alma era capaz de liberar sentimentos em vez de segurá-los. Quanto à influência racial/hereditária, cresci em um ambiente misto, tanto a comunidade hispânica quanto a negra me trataram como família e me permitiram aprender o que ambas tinham a ensinar. Sou eternamente grato a todos que fizeram parte deste caminho musical que escolhi.
- "Marz" tem sido um grande sucesso com mais de 20 milhões de reproduções. Como surgiu a criação deste single e o que seu sucesso significa para você?
Gravei “Marz” na garagem da minha mãe e na época eu estava passando por um momento difícil e precisava de um lugar seguro para ficar e ficar fora do caminho. Sinceramente, eu só queria continuar trabalhando e continuar vivo. Eu nunca gostei dessa música especificamente porque não é meu tipo de música ou vibe, então quando a música decolou do jeito que decolou, eu a apreciei e a todos que fizeram isso acontecer. Essa música me levou para o próximo nível.
- Seu projeto "Junkie Mode" abriu novos caminhos e ganhou um lugar na Billboard Heatseekers. Qual foi o processo criativo por trás deste projeto e como foi atingir esse nível de reconhecimento?
O processo deste projeto foi eu estar em um lugar baixo (e quero dizer muito baixo) e escuro na minha vida. O título em si fala por si, mas usei as ferramentas que tinha e o transformei em uma obra-prima. Eu não sabia como estava esculpindo isso até chegar perto do fim. Transformei um negativo em positivo da maneira mais dolorosa e confusa. O reconhecimento deste álbum foi inacreditável e inesperado para mim porque eu não sabia quantas pessoas precisavam ouvi-lo e perceber que elas não eram as únicas passando pelas coisas que eu estava passando. Acho que ajudei muitas pessoas sem nem tentar. Os fãs me contatavam para me dizer o quanto apreciavam o fato de eu não ter vergonha da vida que estava vivendo ou medo do que as pessoas pensavam de mim no processo. Sou grato por aqueles que ficaram comigo nos meus piores momentos.
- Sua música é elogiada por sua narrativa cinematográfica e influência sulista. Você pode elaborar sobre seu processo de composição e como você incorpora esses elementos em sua música?
Faz muito tempo que não escrevo músicas no papel. Tenho tempo para ficar no estúdio por dias e usar meu tempo melhor sem me preocupar em ter que sair mais cedo. Basicamente, não estou limitado agora porque neste momento posso pagar um tempo de estúdio e posso sentar e ouvir batidas por horas até que eu sinta que é hora ou que finalmente esteja pronto para entrar na cabine. Depois de aprender o fluxo sanguíneo da batida, eu conecto o microfone em minhas veias e conecto os fones de ouvido em meus tímpanos e deixo a batida me dizer o que dizer e como dizer. Toda a minha música vem do topo da minha cabeça. Estou apenas contando a vocês as coisas pelas quais passei desde os dias atuais até os sentimentos que tive quando criança que talvez na época eu não soubesse como explicar ou falar.
- Como você vê sua música evoluindo no futuro e quais são suas aspirações para sua carreira na indústria musical?
A música evolui não só para mim, mas para a indústria em geral. Meu amor pela música não vem apenas do estilo de vida, mas da dor, emoção, melodia, choro, berros, risos, sorrisos e batimentos cardíacos. É um som que flui pelo sangue e faz os pelos do seu braço se arrepiarem. Afro, pop, country, rock, jazz/blues, techno, espanhol etc. Eu ouço e amo todas as músicas e aprendo com todos os sons que você possa imaginar, desde motores de carro quando eles ligam até sirenes e natureza. Eu ouço a respiração que alguém respira entre um compasso antes que as próximas palavras saiam de seus pulmões, bem como ouço suas cordas vocais. Eu aspiro levar minha música ao mais alto nível que posso enquanto no tempo limitado que todos nós temos na Terra. Eu tenho a típica história de empreendedor que consiste em longas noites de trabalho e pouco sono. Eu me esforço mentalmente e desenvolvi uma ética de trabalho que levou anos de prática e também anos de mais aprendizado.
- Houston tem uma rica história no hip-hop. Como a cidade e sua cultura influenciaram sua música e identidade como artista?
Houston, Texas é ótima não só porque sou daqui, mas a união aqui é simplesmente incrível. A igualdade que temos como comunidade não é apenas uma raça, estamos todos unidos e é uma coisa linda estamos juntos em uma cidade e nos tornamos uma família. Não importa o quão difícil seja com a música e às vezes nem todos esses grupos se dando bem, pode ser frustrante sentir que ninguém tem uma mão amiga. No entanto, como empreendedor, não receber uma mão amiga nunca é uma decepção porque nem toda mão/auréola é para ajudar você. Às vezes você tem que ganhar essa "mão amiga". Se você tem muitas mãos ajudando, você perde a beleza do trabalho duro para ganhar o que você mais quer no mundo
- Quem são algumas de suas influências musicais e como elas impactaram sua abordagem para criar música?
Algumas das minhas influências musicais já faleceram. Comecei a aprender cedo na vida com um dos meus favoritos, Pimp C, para mim ele foi um dos MAIORES de todos os tempos. Big Moe também foi uma grande influência. Todos nós sabemos quem foram os influenciadores icônicos de Houston que nos levaram a esse nível, mas eu aprendo com todos os artistas, até mesmo com a nova onda de artistas emergentes.
- Que mensagem ou emoções você espera que os ouvintes tirem da sua música?
Uma mensagem que eu espero passar não é apenas os elementos negativos em músicas passadas que lancei, mas são todas as coisas pelas quais passei e situações da vida real. Eu não tolero algumas coisas, mas é uma história de vida para mim. Eu peguei dor e mágoa e transformei em um estilo de vida positivo e transformador e espero que o mundo possa ver isso. Você só tem que sobreviver e trabalhar duro o suficiente para conseguir e você tem que querer e trabalhar mais do que você ora por isso. Orações se realizam somente porque você tem que acreditar e mostrar por que você quer que sua oração se realize.
- Você pode compartilhar algum projeto ou colaboração futura que os fãs possam esperar?
Eu tenho projetos futuros com vários artistas, não apenas os tradicionais, mas também artistas em que eu acreditava que conheci no meu pior momento da vida. Alguns que posso citar incluem Kevin Gates e NoCap.
- De que maneiras você planeja continuar a ultrapassar limites e inovar dentro do gênero hip-hop?
Eu planejo cruzar todos os limites quando se trata deste jogo musical, pois eu amo todos os gêneros. Eu estarei fundindo hip hop com todos os gêneros que você possa imaginar.
- Há algum projeto empolgante sobre o qual você conseguiu falar?
Os projetos mais empolgantes que tenho em mente em andamento até agora seriam Kevin Gates. Ele é meu artista favorito desde que eu tinha talvez 12-13 anos. Rod Wave também é um dos meus artistas FAVORITOS no mundo inteiro.
- Qual é uma citação pela qual você vive?
Minha citação favorita na vida é "Quando você está em sua escalada para o topo, há uma razão pela qual eles dizem para você não olhar para baixo"
Créditos:
- Foto: James Barnes @jdthecombo
- Edição: Gloria Johnson @styledbyglo_2
- Assistente de Estilo: DeMeir Rouse @Demeir.wav
- Assistente de Fotografia: Scot Overholser @scotoverholserphotography
- Produção: Tunnel Media Group @tunnelmediagroup
- Produtor Executivo: Danielle Hawkins @Daniellehstyles
- Relações Públicas: @helioprgroup
