Ibiza: a ilha da vida noturna, das festas eletrônicas e paisagens
Ibiza ganhou fama com a vida noturna e virou referência para adeptos das festas eletrônicas descoladas, mas a ilha também pode ser sinônimo de contemplação
Destino turístico que, inicialmente, atraiu adeptos do movimento hippie, Ibiza ganhou fama com a vida noturna e virou referência para adeptos das festas eletrônicas descoladas. Mas a ilha mediterrânea prova que também pode ser sinônimo de contemplação. Confira!
Com um passado fervilhante, Ibiza foi ao longo da sua história porto estratégico para embarcações comerciais navegando pelo mar Mediterrâneo, reduto de piratas, corsários, moradia de fenícios, gregos, árabes, turcos, romanos e muçulmanos e, até passar a integrar definitivamente os territórios da coroa espanhola, a maior das ilhas que formam o arquipélago Baleares – o qual também integram Maiorca, Minorca e Formentera –, absorveu todas essas influências culturais que podem ser percebidas até hoje em nomes de ruas e na arquitetura. Na década de 1970, o roteiro foi descoberto por integrantes do movimento hippie – que prega a paz e o amor, a vida em comunidade e a valorização da natureza – até virar o mais concorrido palco das melhores noitadas do cenário internacional, com festas que esquentam os frequentadores a partir da uma da manhã.
O Ushuaïa (@USHUAIAIBIZA), na Playa d’em Bossa, se destaca como parada obrigatória para os apaixonados por música eletrônica, com eventos que têm nas pickups DJ’s que dispensam apresentações, como David Guetta e Calvin Harris. Segundo a Nox, plataforma de concierge de luxo, o “Ushuaïa não é apenas um clube, é uma festa para os olhos e os ouvidos. DJ’s descolados não tocam só música, mas, sim, mixagem de clássicos com novas batidas”. Contudo, nem só de agito vive a ilha. Próximo à tranquila praia de Cala Carbó e de frente para o cartão-postal Es Vedrà – uma formação rochosa onde, diz a lenda, teria nascido a deusa fenícia Tanit, ligada ao amor, à fertilidade e à prosperidade – está o hotel boutique Petunia Ibiza (@PETUNIAIBIZA), que inclui na programação atividades como cinema outdoor, pilates e ioga. Com hospedagem só para adultos, os 42 quartos e suítes, a maioria com varandas ou terraços, tem decoração boêmio rústica e são um convite para os hóspedes relaxarem na tranquilidade dos jardins – desenhados pelo paisagista ibicenco Juan Masedo, que preservou as espécies já plantadas e adicionou outras locais – e com a vista para o mar. Os tons típicos e sutis dos arredores são complementados pelos móveis vintage e pelas peças artesanais garimpadas nas redondezas. “Na década de 1970, auge de Ibiza, a ilha atraiu comunidades boêmias e artísticas em meio a essa natureza preservada. Imaginamos um lugar que abraça a criação e o handmade, um lugar de celebração e de alegria, convidando os visitantes a desfrutar de um ambiente natural e excepcional”, comenta Éric Darde, CEO do grupo hoteleiro Beaumier.
Uma das joias desse empreendimento diferenciado é o restaurante La Mesa d’Es Vedrà, que apresenta uma experiência autêntica da cozinha balear, com criações sazonais do chef maiorquino Baltasar Rigo. O menu reflete os sabores locais, como a berinjela marinada com queijo Mahón (iguaria típica da ilha de Minorca), o leitão “porc negre” e o arroz de lula com alioli de açafrão. Já o restaurante Los Olivos é ideal para quem busca degustar a culinária descontraída e servida ao ar livre, tendo os jardins como cenário para conferir a variedade de tapas e peixes frescos da estação. No raw bar La Mirada, de alta gastronomia, é possível saborear frutos do mar crus preparados com técnicas de corte japonesas temperados com marinadas mediterrâneas. Para acompanhar, aproveite os coquetéis personalizados e curta a música ao vivo de artistas bacanas e o pôr do sol indescritível de Ibiza.
Para viajar no tempo, a pedida é conhecer a cidade amuralhada Dalt Vila, declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco, e que remonta a mais de 2.500 anos de história em suas ruas de pedra. Aficionados por arte devem visitar a Fundación La Nave Salinas (@FUNDACIONLANAVESALINAS), um espaço onde funcionou, durante décadas, um armazém de sal e que, desde 2015, é destinado a exposições contemporâneas, sob curadoria do colecionador colombiano Lio Malca (@LIOMALCA).
