Jejum sexual faz bem ou faz mal? Descubra
A prática do jejum sexual pode ocasionar diferentes reações! Saiba quais
Fazer jejum de sexo é possível? O termo ficou conhecido durante a pandemia de COVID-19, quando o isolamento social se tornou uma realidade. Casais que moravam separados, precisaram viver esta experiência, e pessoas solteiras, que tinham encontros casuais, precisaram evitar a busca por este tipo de relação.
Além da pandemia, é possível notar que a vida sexual entre pessoas casadas também pode passar pelo jejum sexual. Questões emocionais, físicas, econômicas e até sociais podem afetar principalmente a saúde mental, fator determinante para o sucesso de muitos casais.
Segundo a sexóloga Carmita Abdo, professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), em entrevista à CNN, a falta de sexo pode causar problemas à saúde e afeta a mente e o corpo.
“Durante o sexo, nós temos a liberação de dopamina, endorfinas e ocitocinas, que são substâncias altamente prazerosas e dão uma sensação de bem-estar, de conforto e pertencimento. Quando alguém não está fazendo sexo, desejaria e não consegue por alguma razão, fica ressentido da falta dessas substâncias. Então, vai ficar mais irritadiço, inclusive com humor alterado podendo chegar à depressão ou à ansiedade”, afirma Carmita.
Especialistas ainda pontuam, que a falta de sexo por ser mais sentida pelos jovens, devido a fatores hormonais e comportamentais: “É natural se imaginar que o jovem necessita de sexo, ele está com os hormônios em plena ebulição e, claro, tudo isso leva à motivação sexual nessa fase da vida”, afirma Carmita. “Aqueles que estavam passando da puberdade para a adolescência não deixaram de viver essa fase apesar da pandemia, eles viveram um sexo possível. Em parte dos casos, a iniciação sexual não foi com alguém, mas através de instrumentos como a masturbação com estímulo digital”, completa.
Segundo o psicanalista Ronaldo Coelho, com o avanço da idade, as pessoas passam por mudanças hormonais e mudam suas perspectivas sobre como o sexo está inserido em sua vida: “Os jovens produzem mais e com maior facilidade os hormônios que ativam a tensão e o desejo sexual. Deste modo, a privação do sexo por ser mais atormentadora para eles. Quando as pessoas vão ficando mais velhas, é comum que não só os hormônios mudem, mas também o lugar que o sexo ocupa, assim, uma privação pode ser sentida com menor intensidade”, explica.
Ele ainda comenta que o desejo sexual permanece entre pessoas idosas e que a ausência do sexo nessa faixa etária também pode ser negativa: “É um mito que não haja desejo sexual entre pessoas idosas. Mesmo o sexo podendo ganhar outros sentidos e lugares, para muitos ele somente é inibido, para outros ele continua tendo um papel importante e essas pessoas, quando privadas de sexo, sentem do mesmo modo como os jovens”, diz.
