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Murilo Rosa fala de carreira e casamento com Fernanda Tavares

Murilo Rosa fala sobre seu sensível personagem em ‘Beleza Fatal’ e aproveita para abrir o coração sobre casamento com a modelo Fernanda Tavares

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Murilo Rosa usa look Ricardo Almeida | Foto: Marcelo Faustini

Há mais de 30 anos na dramaturgia, Murilo Rosa transita com maestria entre o cinema, a televisão e o teatro, sempre cativando o público com papéis intensos e memoráveis. Atualmente, o ator está no ar com a novela ‘Beleza Fatal’, produção que marca a primeira novela brasileira produzida pela Warner Bros. Discovery, onde vive o talentoso cirurgião plástico Dr. Tomás. Em entrevista exclusiva para a L’Officiel Hommes Brasil, Murilo revisita sua trajetória com doçura e leveza, relembrando personagens inesquecíveis e pares românticos icônicos na TV. Mas o brilho especial surge quando ele fala sobre sua família: a esposa, Fernanda Tavares, com quem mantém um casamento sólido há 17 anos, e os dois filhos, Lucas e Artur, que são sua maior inspiração! Com uma simpatia inconfundível, o ator reflete sobre carreira, amor, moda e os desafios que gostaria de enfrentar no mundo artístico. Confira:

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Fotos: Divulgação/Warner

Com mais de 30 anos de carreira, você viveu personagens em todas as mídias – cinema, TV e teatro. Existe algum papel que ainda sonha interpretar ou um gênero que gostaria de explorar mais?

Olha, sempre tem um personagem que você ainda não fez e que deseja fazer. Eu sou um ator movido por desafios. Se tiver um personagem complexo e difícil, eu quero me meter. Por exemplo, o 'Barnum - O Rei do Show' que nós fizemos, o Musical da Broadway que nós fizemos em 2021, 2022, em São Paulo, era um personagem que cantava, dançava, fazia acrobacia, andava numa corda bamba a 3 metros de altura, por 10 de comprimento, sem rede de proteção, cantando uma música. Então parecia um pouco impossível isso e nós fizemos. Então eu sou um pouco movido a desafios e dificuldades mesmo. Essa é uma profissão que te permite fazer personagens em todas as idades! Apesar da televisão sofrer de um certo etarismo aqui no Brasil… Mas é uma profissão que te presenteia com grandes papéis em todas as idades. 

 

Eu quero experimentar mais esses clássicos do teatro, preciso fazer isso. Vou agora atrás de um personagem forte, mais uma comédia. Mais interessante pra gente fazer uma temporada no Brasil e fora do Brasil, esse é um pensamento... Vou lançar agora um personagem muito interessante também, Juvencio Gutierrez, no cinema, mas tem muita coisa, sempre tem. E quero experimentar um pouquinho mais de comédia, principalmente nos palcos.

  

Em "Beleza Fatal", seu personagem, Dr. Tomás, tem um arco desafiador e delicado. Como você se preparou para dar vida a um cirurgião plástico envolvido em dilemas tão profundos e para retratar um romance com uma mulher trans?

O Dr. Tomás é um personagem assim… é aquele médico que todo mundo adoraria que todos os médicos fossem desse jeito, um cara ético, um cara correto, um cara profissional, humano, é um cara que não está pensando no dinheiro e sim nas questões relevantes para aquele paciente, então ele vive no meio de uma família muito louca, muito esquizofrênica e com desvios de caráter gravíssimos. Seus pares ali na mesma profissão são pessoas perigosas, então ele está caminhando sozinho no lugar, e esse lugar da efetividade do doutor Tomás faz com que ele se aproxime da Andréia, que é a personagem feita pela Kiara Felipe, e eles acabam tendo uma história de amor. Então é muito bonito. 

 
Eu acho que a minha missão nesse trabalho, e eu fui chamado exatamente por isso! Maria de Médici me ligou e falou, Murilo, a gente precisa de um ator como você, com a sua história, para receber a Kiara, que é uma atriz que está fazendo a sua primeira novela, a receber com muito afeto, com muito carinho, e foi isso que aconteceu. Eu e a Kiara, a gente teve uma relação muito bacana, nos demos super bem, é uma pessoa que eu respeito, que eu admiro, e eu sei que ela também me respeita e me admira. Nós fizemos um trabalho muito delicado, que eu diria que tem uma química muito bonita, sabe? Então eu acho que o resultado final desse assunto que você está me perguntando é exatamente o amor, né? Se apaixonar. Por que não se apaixonar? Não é? Então é isso.

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Murilo Rosa usa look Ricardo Almeida | Foto: Marcelo Faustini

Você já interpretou personagens históricos como Dom Pedro I em "Um Só Coração" e papéis memoráveis em "A Casa das Sete Mulheres". Qual foi o papel mais desafiador da sua carreira até hoje e por quê?

Eu estou sempre atrás de um papel difícil, é isso que eu quero. Claro que realmente tem personagens que exigem mais de você. Por exemplo, o 'Barnum - O Rei do Show', é um plot de um nível máximo, e dificilmente você vai encontrar no teatro musical, ou até mesmo no teatro, um personagem tão difícil de ser feito, porque é basicamente um monólogo com interferências ali, de um personagem que quebra a quarta parede, ele conversa com o público e com os outros personagens, ele canta, ele dança, ele faz acrobacia, ele tem um ritmo louco, tem comédia, tem drama, tem a música, tem o canto, tem o choro no meio do canto, tem a corda bamba, tem você treinar na corda bamba. Isso é muito difícil, então isso foi um desafio realmente muito, muito, muito grande. A gente precisa admitir isso, mas eu estou sempre em busca do próximo desafio.

   

Nos últimos anos, você também se destacou como apresentador no reality "A Ponte". Como foi a experiência de transitar para o mundo dos realities e o que mais te surpreendeu nesse formato?

Fazer ‘A Ponte’ pra mim foi uma alegria. Depois de 22 anos na Globo, recebo um convite da Mônica Albuquerque para fazer esse reality show! Então, foi dirigido pelo Rodrigo Gianetto, um diretor fantástico, e eu achei interessante porque a gente criou ali, eu não era só um apresentador, a gente criou um personagem na apresentação e na narração, e eu acho que deu certo, quando tudo acontece de uma forma muito positiva. O programa estreou, as críticas foram sensacionais, todo mundo achando o melhor reality já feito no Brasil, e acabou tendo uma carreira bonita, finalizando com o Emmy, o prêmio mais importante da televisão mundial! Foi o primeiro reality  da América Latina para programa de entretenimento sem roteiro então foi muito, muito, muito especial. E eu acho que só deu certo porque eu trouxe para esse universo da apresentação a minha bagagem como ator, né? E ali a gente realmente, de fato, tem um personagem que lança esses dilemas ali para os participantes. Foi um momento de muita felicidade. A Ponte está disponível aí para todo mundo ver. Quem não viu, assista, porque é o programa.

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Foto: Antonio Azevedo - Martinhal Residences

Além da atuação, como você define seu estilo no dia a dia? Quais peças são indispensáveis no seu guarda-roupa e quais são suas marcas favoritas?

Olha, eu gosto de roupa preta, o preto e o branco, esse básico, eu acho simples, fácil, elegante. Aqui no Brasil, o estilista que eu mais gosto disparado é o Ricardo Almeida, que é Alcuncur, e fora do Brasil eu gosto de John Varvatos, gosto muito. Inclusive, John Varvatos é um dos preferidos do próprio Ricardo Almeida.

   

Cuidar da saúde e do bem-estar é essencial na sua rotina? Qual é o seu segredo para manter o equilíbrio entre corpo, mente e os desafios de uma carreira tão agitada?

Em relação a cuidar da saúde, do corpo, realmente é um desafio, porque eu tô vivendo nesse momento agora com muita coisa, muita coisa da vida pessoal, da vida profissional, negócios que eu tenho, por exemplo, agora a gente tá construindo uma casa, eu tô me envolvendo com muitos outros negócios, aí tem os meninos, tem a família, é muita coisa ao mesmo tempo, aí quando você vê, você não tá conseguindo trabalhar como você gostaria, eu acho que esse equilíbrio ele é fundamental e difícil, mas necessário.

   

Depois de interpretar tantos pares românticos icônicos, como você enxerga o impacto desses relacionamentos fictícios em sua conexão com o público? Alguma parceria marcou você de forma especial?

Em relação aos pares românticos, é muito legal, porque eu só recebo carinho do público, muito carinho. Então, eu acho que quando o espectador está vendo um trabalho, ele entra nesse trabalho, está vivendo junto com você, ou quer se colocar  naquela situação. E a gente está ali para isso, para proporcionar essa fantasia. Eu já tive muitos personagens relacionados a casal romântico, que tocou alguém de alguma forma. É muito bonito, é muito bacana! O nosso trabalho é entreter, gerar fantasias e deixar que as pessoas mergulhem no lugar que pertencem a elas, quando elas estão assistindo o produto do teu trabalho. É muito bacana, a conexão que eu tenho com o público é muito boa. E esses personagens só trouxeram um carinho pra mim. Agora, muitas parceiras maravilhosas que eu tive aí, né? Agora, a Kiara, a gente fazendo Beleza Fatal, acho que vai ser um par romântico também especial pra mim. Mas tive muitas, muitas grandes atrizes que eu contracenei, que foram realmente marcantes.

 

Você é casado há 17 anos com a modelo brasileira Fernanda Tavares e tornaram-se, juntos, ícones de elegância e cumplicidade! Como vocês equilibram as carreiras intensas com a vida em família e ainda conseguem cultivar momentos a dois?

Obrigado pelos elogios! Mas vamos colocar aí símbolo de elegância: 90% para a Fernanda, 10% para mim. E cumplicidade, sim, acho que a gente tem muita cumplicidade. Eu admiro muito a Fernanda, o jeito que ela olha para a vida, ela tem uma simplicidade muito grande, não se deslumbra com as coisas. Acho muito bonito o jeito que ela se comporta e se posiciona. A vida familiar é uma vida como outra qualquer, a gente tem uma vida agitada, corrida, muita bagunça, a vida como ela é mesmo. Mas eu tenho muita gratidão, muita alegria, muita felicidade de ter essa família, de ter os pais, meu pai e minha mãe, a educação que eu tive deles. Então é tudo muito especial para mim. Agora, se a gente consegue ainda cultivar momentos a dois, é, consegue, mas tem sempre ali, o de 12 principalmente, está sempre ali com a gente querendo participar desses momentos, mas a vida familiar é uma coisa que me deixa muito orgulhoso e para mim é o motivo de muito orgulho, é só gratidão.

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Foto: Antonio Azevedo - Martinhal Residences

PING PONG

 

Um personagem que adoraria revisitar?

O Dinho, de América. Saber como ele está lá com a Dona Neuta (interpretada  por Eliane Giardini).

 

Trilha sonora que sempre toca no seu treino?

Qualquer coisa do Bob Dylan, tá lindo!

 

Um talento escondido que ninguém imagina?

Eu assovio bem demais da conta (risos).

 

Se pudesse jantar com qualquer figura histórica, quem seria?

Jesus Cristo. Adoraria estar lá, naquele jantar, quando ele distribuiu o pão para os 12 discípulos, seria uma experiência incrível. 

  

Qual seria seu superpoder, se pudesse escolher?

Seria acabar com a fome, que ninguém mais no planeta tivesse fome, todo mundo ali, com a barriguinha cheia, acho que seria um superpoder fantástico.

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Foto: Antonio Azevedo - Martinhal Residences

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